Uma hipótese que não pode ser desprezada.
Podemos ler em diversas passagens do Evangelho (sempre que falamos em Evangelho falamos do novo testamento os quatro Evangelhos, os outros livros fazem parte da tradição judaica) que Jesus lia nas sinagogas, mas nada nos escreveu. Portanto ele lia, e escrevia, como lemos no episodio da tentativa de lapidação da mulher adultera. Todavia de seus apóstolos, apenas Tiago, Matheus, Judas, Pedro e João escreveram. Porque tão poucos escritos, todos posteriores à morte e ressurreição do Senhor?
Os livros mais antigos eram impressos em pergaminho, mas foi o papel que deu impulso à tipografia. O papel como substituto do pergaminho começou a ser usado na Europa cerca de três séculos antes de se fundirem os primeiros tipos de metal. (de 1100 a 1438 com Gutenberg)
A primeira referência sobre a sua fabricação data do ano 105 da era cristã: o funcionário imperial T'sai Lun apresentou a novidade ao imperador chinês Ho Ti. ( Texto da Escola de Sociologia e política de São Paulo)
Os gregos e Romanos se utilizavam do linho e os chineses da seda.
A Invenção da imprensa ( texo de enciclopédia portuguesa)
A invenção da imprensa confere ao homem o seu primeiro grande meio de comunicação
, proporcionando a preservação e a divulgação em larga escala do conhecimento humano, até então limitado a um número restrito de privilegiados .
Os Chineses foram os precursores da invenção da imprensa ao criarem as primeiras formas de reprodução. O mais antigo livro conhecido é uma xilogravura Chinesa, o Sutra Diamante, datada de 868 d.C.
No entanto foi na Europa, em meados do século xv, e sem qualquer prova de que as descobertas Chinesas tivessem tido alguma influência, que se inventou a imprensa tipográfica.
Anteriormente, ao longo dos séculos, a comunicação entre os homens limitava-se ao poder da voz humana, às primeiras formas de escrita experimentadas em suportes diversificados, como a madeira, o papiro, a seda e o pergaminho.
É sobre o pergaminho que o Ocidente vai começar a ler, enquanto na China o papel irá substituir a seda e a casca de bambu.
Na Idade Média, o livro tornou-se uma obra de arte com as suas belas encadernações em couro, marfim, prata, bronze, tecidos bordados ou adamascados, etc. No texto a caligrafia e a pintura unem-se para produzir as iluminuras.
No entanto, a divulgação do livro era pequena, visto o trabalho do copista ser moroso, o que tornava o livro dispendioso. Além disso, era impossível evitar os erros, resultantes das falhas dos copistas.
Bibliotecas eram raras e geralmente pequenas, dificilmente contendo mais do que 500 volumes, muitas vezes acorrentados às estantes para não serem roubados.
A invenção da tipografia, cerca de 1438, caracterizou-se pela introdução de alguns factos que lhe justificam o carácter inovador: a adopção das matrizes metálicas que permitiram a fácil multiplicação dos caracteres tipográficos e do molde de fundição dos mesmos; a utilização da prensa, embora esta constituísse uma adaptação da então usada para o azeite e o vinho.
A invenção da tipografia é atribuída a Johann Gutenberg, alemão, de Mogúncia, que fez as suas primeiras experiências em Estrasburgo por volta de 1436.
Desse modo nos já temos duas dificuldades, ou alguns apóstolos não escreviam, ou a base, o suporte para a escrita eram insuficientes. Manuscritos, escritos em couro (pergaminho, linho, seda, ou papiro (folhas de uma palmeira), os setenta e dois livros Bíblicos haveriam de ocupar um bom espaço. Os manuscritos eram guardados em tubos de barro, osso, ou bambu, ou simplesmente enrolados, o que impedia que o cristão, raro cristão que soubesse ler, andasse com eles de um lado para outro. Não eram só um ”privilégio dos cristãos”, os judeus, por exemplo, nas sinagogas (palavra que nos fala de ensino) as leituras eram feitas, em assembléias, para que os que não sabiam ler ouvissem. A escrita esteve muito ligada magia, não no sentido, que hoje fazemos de magia, mas, por exemplo, na história da América houve um episodio, onde um espanhol mandou um bilhete a outro espanhol, e os índios, mensageiros, ficaram maravilhados com o papel que falava. Assim alfa-bet- wizard (alfabetizado) para alguns autores vem do nome das primeiras letras do alfabeto grego, mais o conceito que os bárbaros faziam dos magos (wizard= mago; das letras) Os alfabetizados (alpha-beht-wizard) eram pessoas de grande poder.
Posto isso a permanência do texto Bíblico é um milagre. Embora não podemos deixar de perceber, e avaliar, que pela raridade de textos originais do tempo dos apóstolos eles eram em numero reduzidos. Hoje conhecemos o Evangelho pelo cuidado que teve a Igreja em guardar aquilo que foi possível, e só havia uma Igreja Cristã, a igreja de Cristo em Pedro, depois, muito depois dividida em duas, e quatrocentos anos depois dessa divisão, aparecem os protestantes e com eles os que se dizem evangélicos, como se a primeira Igreja não a fosse, na verdade a primeira Igreja, foi a “inventora, ou redatora do Evangelho”, todavia, também vimos que diversas imperadores mandaram destruir os “Documentos Cristãos”. O judeu não converso como pode imaginar, não teriam o menor interesse em preservá-los; do mesmo modo os romanos pagãos. Os textos que nos chegaram, foram sobreviventes de uma aventura sem igual, venceram os inimigos da fé, o envelhecimento pelo tempo e manuseio, os erros e desatenções dos copistas. Na verdade o texto bíblico vai ser “vulgarizado” (Volgatur; Volk; + wizard) (vulgo=povo+ wizard+magia) a partir de 1450, o que, como conseqüência lógica, para aqueles que nunca o tinham visto, ficava a tentação de interpretá-lo como bem entendessem. Mas os mais antigos evangelhos, escritos, no caso, quase 1400 anos antes de Gutemberg , já estipulavam o magistério infalível, quando o Senhor entregava as chaves do reino do Céu e da Terra, dizendo a Pedro que o que ele abrisse, estaria aberto, o que ele fechasse, estaria fechado em termos de doutrina, e o que ele desligasse (perdoasse, estaria perdoado, e o que ele não perdoasse, não estaria perdoado). Eu não estou tentando convencer estou lembrando que a Escritura diz isso. Pedro é poder.