Noto que tenho apenas dois seguidores ( leitores especiais) nesse Blog tão trabalhoso para mim. Tenho estudado um bocado, para escrever algo de util aos meus leitores. Quando você se torna um " seguidor", não quer dizer que você concorde como o que escrevo, nem que você se tornou meu discípulo, ( neófito) não, apenas, ser um seguidor, faz de você um leitor que será avisado automaticamente de cada novo texto disponibilizado. Eu não estou em busca de adeptos, não vendo nenhum produto, nem vou mandar cartinhas para você. Não sou pastor nem Padre. Eu estudo o assunto porque gosto, e por gostar, ofereço o que gosto, para você. Nada mais.
Além do que eu tenho curiosidade de ver o rosto de meus leitores, ora. Ou você tem vergonha de ler alguma coisa sobre religião? Lembre-se aquele que me negar, eu o negarei no dia do Juízo, disse Jesus Cristo. Onde estão os rostos dos 23 membros do G23?
wallacereq@gmail.com
domingo, 29 de março de 2009
Heresias XI ( texto I)
Heresias XI Pelagianismo.
Outro capitulo da história da Igreja bastante controverso.
A primeira coisa que se deve dizer, é que não podemos confundir Pelágio (360-420), oriundo da Gran Bretanha (Inglaterra de hoje) com dois Papas da Igreja, Pelágio I (556-561) e Pelágio II (579-590). Digo isso porque você encontrará afirmações como essa: “O Papa herético Pelágio”.
Pelágio não fazia parte da hierarquia da Igreja, era um monge leigo, um homem que se agregou a um monastério. Viveu em Roma no século terceiro e inicio do quarto século da era cristã. Gozava, portanto em Roma, como asceta leigo de grande prestígio, pois vivia vida rigorosa, numa Roma leiga de valores discutíveis aos olhos de hoje. Dizem alguns estudiosos, e eu não sei o suficiente nem para abonar, nem para contradizer, que ele sofreu a influencia, em Roma, de Orígenes, de Teodoro de Mopsuéstia, e de Rufino o Sírio, todos da Igreja chamada “Grega”, (não sei se aqui em oposição a Igreja Latina, pois estamos no terceiro século) esse ultimo, porém vindo da Palestina. Há comprovação de que Pelágio escreveu uma obra em Hebraico ( exposição das doutrinas de São Paulo). Sabe-se que Pelágio refugiou-se na Palestina.
Como vemos Pelágio, era periférico á Igreja, e não como se quer apresentá-lo, como legitimo teólogo da hierarquia cristã. Há também quem diga em defesa de Pelágio, que a Heresia que leva seu nome o pelagianismo é obra muito mais devida ao Juliano de Eclano e do advogado e monge leigo, Celéstio, amigo e companheiro de Pelágio, do que dele próprio.
Contra essa doutrina, bem pouco cristã, levantou-se Santo Agostinho, numa batalha literária, que lhe valeu o titulo de Doutor da Graça. Resultando nas diversas condenações a Pelágio, que foi condenado pelos sínodos africanos, pelo Concilio II de Orange e pelo Concilio de Éfeso em 431. Contra o Pelagianismo há documentos do Papa Zózimo (Epistola Tractoria de 418) e do Papa Inocêncio I.
No que consiste o Pelagianismo? O que defendia? Qual sua relação como Igrejas ditas Cristãs dos nossos dias?
Primeiro para eles não existia o pecado original. Sendo assim o homem não nasce inclinado para o mal. Portanto o homem, sem ajuda da graça, apenas por sua vontade, pode manter-se sem pecado, e praticar o Bem. Lembrem-se eles eram ascetas, rigorosos nos exercício do jejum, e outras penitências, praticavam o bem, mas caiam no pecado do orgulho (não precisavam de Deus). No seu livro em hebraico, diz que a Graça de que fala São Paulo é a lei, ou o exemplo imitável de Cristo, e quando muito uma iluminação do Espírito Santo a respeito dos Mandamentos de Deus; e não deveria ser entendida como um impulso interior dado por Deus necessariamente aos homens para que pratiquem o Bem.
Então, segundo alguns autores (nunca li um original dessa temática) Pelágio e Celestino diziam:
1)Adão não teria sido objeto de uma elevação especial da graça, portanto o pecado dos primeiros pais, não teria como conseqüência a perda da graça transmissível aos demais homens.
2)O pecado de Adão prejudicou a ele só e não a todo o gênero humano.
3) As crianças recém nascidas encontram-se nas condições em que se encontrava Adão antes do pecado, isto é nenhuma graça especial foi concedida aos primeiros pais.
4) a queda de Adão não acarretou a morte sobrenatural para todo o gênero humano, assim como a ressurreição de Cristo, não é causa da ressurreição dos demais homens.
5) a Lei de Moisés leva a salvação tanto quanto os evangelhos,
6) As crianças conseguem a vida eterna mesmo sem o Batismo,
7) Antes de Cristo houve homens sem pecado.
Ou seja, a “doutrina” de Pelágio era uma filosofia, dispensava qualquer intervenção de Deus na obra de salvação do homem, e Cristo, modelo de ascese reduzia-se ao exemplo e ao magistério, sem reforço ou socorro, ou intercessão para as capacidades naturais do Homem.
Nesse contesto, no Norte da África onde essas discussões ocorriam, levanta-se Santo Agostinho, africano do Hipona, empenhando-se a bem denunciar os erros nada cristãos do Pelagianismo.
Pelágio refugia-se na Palestina, então grega, e ali entre gnósticos e maniqueístas com concepções dualistas, que julgavam se ma a natureza humana, e por isso, contraditoriamente exaltavam a Vontade Humana como capaz de levar o homem a pratica do Bem.
Santo Agostinho se lhe opõe aos seguintes pontos:
1) Os primeiros pais, logo depois de criados foram elevados a justiça ( santidade ) original.
2) Este estado ultrapassa as exigências da natureza , e por pecarem por soberba e desobediência, perderam a riqueza interior original.
3) Conseqüentemente só puderam transmitir a natureza humana despojada da graça; assim toda criança que nasce, nasce carente dos dons gratuitos que ele deveria ter herdado dos primeiros pais; Essa carência é chamada pecado original.
4) Donde se conclui que o pecado dos primeiros pais transmite suas conseqüências pelo ato de gerar, e não pelo exemplo.
5) Este fato nos mostra que todos os homens nascem marcados pelo pecado e tendentes a pecar, e não há quem possa escapar dessa tendência sem um especial auxilio da graça de Deus para combater o mal em si e praticar o Bem verdadeiro.
6) Essa graça é o fortalecimento da vontade para optar pela virtude; ela não pode ser merecida, mas é gratuita, recebida pelo sacramento, e anterior a qualquer mérito.
Da Palestina, Pelágio criava adeptos, na sua religião natural, se assim podemos chamar. Foi preciso então que a Se Romana se manifestasse. Sua primeira condenação veio de Cartago, a segunda de Milevo, ambas no Norte da África e essas condenações foram confirmadas pelo Papa Inocêncio I. A expressão usada por Santo Agostinho (Roma Falou “causa finita est”) mais uma vez do testemunho, do respeito que se tinha também na África a cátedra do Apostolo Pedro em Roma. O papa Zózimo publicou longa encíclica condenando o Pelagianismo, documento bem acolhido por toda a Igreja Universal, todavia ou poucos aderentes ao pelagianismo foram se juntar a Nestório e Teodoro de Mopsuéstia, para serem condenados em conjunto pelo Concilio de Éfeso (431).
Outro capitulo da história da Igreja bastante controverso.
A primeira coisa que se deve dizer, é que não podemos confundir Pelágio (360-420), oriundo da Gran Bretanha (Inglaterra de hoje) com dois Papas da Igreja, Pelágio I (556-561) e Pelágio II (579-590). Digo isso porque você encontrará afirmações como essa: “O Papa herético Pelágio”.
Pelágio não fazia parte da hierarquia da Igreja, era um monge leigo, um homem que se agregou a um monastério. Viveu em Roma no século terceiro e inicio do quarto século da era cristã. Gozava, portanto em Roma, como asceta leigo de grande prestígio, pois vivia vida rigorosa, numa Roma leiga de valores discutíveis aos olhos de hoje. Dizem alguns estudiosos, e eu não sei o suficiente nem para abonar, nem para contradizer, que ele sofreu a influencia, em Roma, de Orígenes, de Teodoro de Mopsuéstia, e de Rufino o Sírio, todos da Igreja chamada “Grega”, (não sei se aqui em oposição a Igreja Latina, pois estamos no terceiro século) esse ultimo, porém vindo da Palestina. Há comprovação de que Pelágio escreveu uma obra em Hebraico ( exposição das doutrinas de São Paulo). Sabe-se que Pelágio refugiou-se na Palestina.
Como vemos Pelágio, era periférico á Igreja, e não como se quer apresentá-lo, como legitimo teólogo da hierarquia cristã. Há também quem diga em defesa de Pelágio, que a Heresia que leva seu nome o pelagianismo é obra muito mais devida ao Juliano de Eclano e do advogado e monge leigo, Celéstio, amigo e companheiro de Pelágio, do que dele próprio.
Contra essa doutrina, bem pouco cristã, levantou-se Santo Agostinho, numa batalha literária, que lhe valeu o titulo de Doutor da Graça. Resultando nas diversas condenações a Pelágio, que foi condenado pelos sínodos africanos, pelo Concilio II de Orange e pelo Concilio de Éfeso em 431. Contra o Pelagianismo há documentos do Papa Zózimo (Epistola Tractoria de 418) e do Papa Inocêncio I.
No que consiste o Pelagianismo? O que defendia? Qual sua relação como Igrejas ditas Cristãs dos nossos dias?
Primeiro para eles não existia o pecado original. Sendo assim o homem não nasce inclinado para o mal. Portanto o homem, sem ajuda da graça, apenas por sua vontade, pode manter-se sem pecado, e praticar o Bem. Lembrem-se eles eram ascetas, rigorosos nos exercício do jejum, e outras penitências, praticavam o bem, mas caiam no pecado do orgulho (não precisavam de Deus). No seu livro em hebraico, diz que a Graça de que fala São Paulo é a lei, ou o exemplo imitável de Cristo, e quando muito uma iluminação do Espírito Santo a respeito dos Mandamentos de Deus; e não deveria ser entendida como um impulso interior dado por Deus necessariamente aos homens para que pratiquem o Bem.
Então, segundo alguns autores (nunca li um original dessa temática) Pelágio e Celestino diziam:
1)Adão não teria sido objeto de uma elevação especial da graça, portanto o pecado dos primeiros pais, não teria como conseqüência a perda da graça transmissível aos demais homens.
2)O pecado de Adão prejudicou a ele só e não a todo o gênero humano.
3) As crianças recém nascidas encontram-se nas condições em que se encontrava Adão antes do pecado, isto é nenhuma graça especial foi concedida aos primeiros pais.
4) a queda de Adão não acarretou a morte sobrenatural para todo o gênero humano, assim como a ressurreição de Cristo, não é causa da ressurreição dos demais homens.
5) a Lei de Moisés leva a salvação tanto quanto os evangelhos,
6) As crianças conseguem a vida eterna mesmo sem o Batismo,
7) Antes de Cristo houve homens sem pecado.
Ou seja, a “doutrina” de Pelágio era uma filosofia, dispensava qualquer intervenção de Deus na obra de salvação do homem, e Cristo, modelo de ascese reduzia-se ao exemplo e ao magistério, sem reforço ou socorro, ou intercessão para as capacidades naturais do Homem.
Nesse contesto, no Norte da África onde essas discussões ocorriam, levanta-se Santo Agostinho, africano do Hipona, empenhando-se a bem denunciar os erros nada cristãos do Pelagianismo.
Pelágio refugia-se na Palestina, então grega, e ali entre gnósticos e maniqueístas com concepções dualistas, que julgavam se ma a natureza humana, e por isso, contraditoriamente exaltavam a Vontade Humana como capaz de levar o homem a pratica do Bem.
Santo Agostinho se lhe opõe aos seguintes pontos:
1) Os primeiros pais, logo depois de criados foram elevados a justiça ( santidade ) original.
2) Este estado ultrapassa as exigências da natureza , e por pecarem por soberba e desobediência, perderam a riqueza interior original.
3) Conseqüentemente só puderam transmitir a natureza humana despojada da graça; assim toda criança que nasce, nasce carente dos dons gratuitos que ele deveria ter herdado dos primeiros pais; Essa carência é chamada pecado original.
4) Donde se conclui que o pecado dos primeiros pais transmite suas conseqüências pelo ato de gerar, e não pelo exemplo.
5) Este fato nos mostra que todos os homens nascem marcados pelo pecado e tendentes a pecar, e não há quem possa escapar dessa tendência sem um especial auxilio da graça de Deus para combater o mal em si e praticar o Bem verdadeiro.
6) Essa graça é o fortalecimento da vontade para optar pela virtude; ela não pode ser merecida, mas é gratuita, recebida pelo sacramento, e anterior a qualquer mérito.
Da Palestina, Pelágio criava adeptos, na sua religião natural, se assim podemos chamar. Foi preciso então que a Se Romana se manifestasse. Sua primeira condenação veio de Cartago, a segunda de Milevo, ambas no Norte da África e essas condenações foram confirmadas pelo Papa Inocêncio I. A expressão usada por Santo Agostinho (Roma Falou “causa finita est”) mais uma vez do testemunho, do respeito que se tinha também na África a cátedra do Apostolo Pedro em Roma. O papa Zózimo publicou longa encíclica condenando o Pelagianismo, documento bem acolhido por toda a Igreja Universal, todavia ou poucos aderentes ao pelagianismo foram se juntar a Nestório e Teodoro de Mopsuéstia, para serem condenados em conjunto pelo Concilio de Éfeso (431).
sábado, 28 de março de 2009
As controvércias penitenciais de ontem e de hoje.
As controvérsias penitenciais.
Você tem acompanhado meu esforço em fazer um Blog sobre a história da Igreja, todavia você não poderá dizer que eu sou um conhecedor da história eclesial. Muito menos poderá dizer que sou um historiador. No que tenho visto, nos textos que leio, é que podem ser classificados de duas maneiras básicas, os redigidos por amigos da Igreja, e os redigidos pelos inimigos da Igreja, ainda que no seio da Igreja. Uma segunda classificação dirá respeito à qualidade e densidade histórica dos textos, pois a grande maioria deles, como eu, repete por ouvir falar, não nos preocupamos de ir à busca de textos originais, cotejados entre os seus contemporâneos, para entender o uso correto dos termos e a pureza da mensagem registrada. Quase todos nos dizemos doutos num assunto que percorremos superficialmente.
Anos atrás montei em uma motocicleta e saindo de Curitiba foi parar no Canadá. É óbvio que vi e experimentei muita coisa nova, todavia quando digo: Conheço os países pelos quais passei, é possível que conheça mais do que aqueles que lá chegaram por avião, mas se for sincero falta muito, mas muito mesmo, para poder usar a palavra “Conheço”. O Paraná, onde nasci, ainda hoje me surpreendo, imaginem o resto desse imenso planeta.
Assim tem sido essa viagem que me propus a fazer nos caminhos da História da Igreja, de modo a ir relatando para vocês o que vou encontrando, sempre lembrando que duvidas maiores, por favor, recorram a quem entende da fé cristã, a Igreja de Pedro, guardiã inequívoca da verdade.
Livros ditos cristãos pretendem ao discutir a questão das discutições sobre a Penitência, nos induzir a acreditar que a Igreja divorciou-se do evangelho, e que o evangelho divorciou-se da Igreja, ambas as proposições são falsas.
Por exemplo, o autor diz: “Ate o século VI era concedido uma vez na vida o sacramento”, mais adiante o mesmo autor dirá: Tertuliano morto em 220; “ parece ter sido o primeiro” , a falar em pecados irremissíveis... E continua, porém, o Papa Calixto I (217-220) concedia a reconciliação a todo pecador que fizesse penitencia.
Algo de errado vai ai. Nós leremos em Mateus 18, 22 que Pedro perguntando a Senhor quantas vezes deveria perdoar o irmão arrependido, recebe do Senhor a resposta, setenta vezes sete (ou seja, muitas vezes). Ora os evangelhos foram escritos depois da morte de Jesus Cristo, portanto era pratica da comunidade cristã (Eclésia) o perdão, todavia não por todos os cristãos, mas por aqueles escolhidos como apóstolos por Jesus Cristo para ministrar os sacramentos, como lemos em João 20,22 e seguintes, momento histórico, pois estando os apóstolos reunidos, depois da ressurreição, num mesmo lugar, Jesus Cristo bafejou-o com seu hálito e disse-lhes “recebei o Espírito Santo a quem perdoareis os pecados estarão perdoados; e a quem o retiver, ser-lhes-ão retidos”. Ora estava instituído o Sacramento da Penitência, e um sacramento é o que santifica, torna sacro, santo, purifica. Mais adiante leremos algo que nos impressiona: desde que o Senhor conferiu aos sacerdotes o poder de reterem ou perdoarem os pecados, torna-se evidente que também os instituiu juízes dessa matéria.
O Senhor parece ter dado isso mesmo a entender, quando incumbiu os apóstolos de desprenderem das ataduras a que estava ainda ligado Lazaro ressuscitado dentre os mortos, como lemos João 11, 44. Santo Agostinho comentando essa passagem faz o seguinte comentário (o que não significa que a Igreja assim não procedesse como se deduz do Evangelho): “Os sacerdotes já podem prestar melhores serviços. Podem também usar de maior clemência com os confessados, a quem conferem o perdão das culpas. Sem duvida quando o Senhor pelos próprios apóstolos entregou Lazaro ressuscitado aos discípulos o desatassem queria demonstrar que o poder de desligar fora entregue aos sacerdotes, e foi nesse sentido que mandou aos leprosos se mostrarem aos sacerdotes e se submetessem ao seu julgamento em Lucas 17,14. Assim me parece imprudente pensar que um sacramento instituído pelo próprio Cristo não seja seguido de obrigatoriedade, portanto devem os fiéis estarem certos da necessidade de se penitenciarem através da Confissão, sem o que não podem recuperar a vida sobrenatural. Disso temos provas evidentes na belíssima metáfora usada por Nosso Senhor quando deu o nome de CHAVE DOS CÉUS, ao poder de administrar os sacramentos (Mateus 16,19). Ora como ninguém pode entrar num recinto de porta fechada, sem a intervenção de quem guarda as chaves: assim também não será admitida pessoa nenhuma no céu se as portas não lhe forem abertas pelos sacerdotes, a cuja discrição o senhor entregou as chaves. Tudo isso é Bíblico, embora os inimigos digam que foram truques para preservar o "poder da igreja", se foi um truque, foi um truque instituído pelo próprio Cristo para preservar o poder de seus apóstolos e discípulos reunidos em torno de Pedro. Nesse sentido, quando Santo Agostinho combate as heresias, e não define para a Igreja, ele dirá como muita propriedade:” Ninguém diga a si mesmo, de si para consigo: Faço penitência às ocultas, na presença do Senhor. Deus sabe o que me vai na alma, e dar-me-á o perdão. Seriam então infundadas aquelas palavras: O que desligares na terra será desligado também no céu? Será que as Chaves foram confiadas inutilmente, à Igreja de Deus?”(Agostinho Homilia 49, sermão 392).
Em 250, mais ou menos, surgia um Bispo chamado Novaciano, que não só queria que os apóstatas (num tempo de muitas perseguições e heresias, não voltassem a Igreja, como alguns pecados não lhes fossem perdoados como o homicídio e o adultério que o Papa Cornélio (251-253) havia regulamentado. Novaciano queria uma igreja diferente, e por isso rebatizava os cristãos que aderissem as suas teses. Foi condenado pela Igreja e excomungado, assim como também foi duramente combatido por São Cipriano de Cartago (África) e Dionísio de Alexandria (Egito). Se esse movimento era rigorista, em Cartago, surge outro laxista, isto frouxo, que queria o oposto, a reconciliação dos apóstatas sem a penitência sacramental, desde que fossem recomendados pelos célebres: “confessores da fé”, leigos com mérito, como querem hoje.
Você tem acompanhado meu esforço em fazer um Blog sobre a história da Igreja, todavia você não poderá dizer que eu sou um conhecedor da história eclesial. Muito menos poderá dizer que sou um historiador. No que tenho visto, nos textos que leio, é que podem ser classificados de duas maneiras básicas, os redigidos por amigos da Igreja, e os redigidos pelos inimigos da Igreja, ainda que no seio da Igreja. Uma segunda classificação dirá respeito à qualidade e densidade histórica dos textos, pois a grande maioria deles, como eu, repete por ouvir falar, não nos preocupamos de ir à busca de textos originais, cotejados entre os seus contemporâneos, para entender o uso correto dos termos e a pureza da mensagem registrada. Quase todos nos dizemos doutos num assunto que percorremos superficialmente.
Anos atrás montei em uma motocicleta e saindo de Curitiba foi parar no Canadá. É óbvio que vi e experimentei muita coisa nova, todavia quando digo: Conheço os países pelos quais passei, é possível que conheça mais do que aqueles que lá chegaram por avião, mas se for sincero falta muito, mas muito mesmo, para poder usar a palavra “Conheço”. O Paraná, onde nasci, ainda hoje me surpreendo, imaginem o resto desse imenso planeta.
Assim tem sido essa viagem que me propus a fazer nos caminhos da História da Igreja, de modo a ir relatando para vocês o que vou encontrando, sempre lembrando que duvidas maiores, por favor, recorram a quem entende da fé cristã, a Igreja de Pedro, guardiã inequívoca da verdade.
Livros ditos cristãos pretendem ao discutir a questão das discutições sobre a Penitência, nos induzir a acreditar que a Igreja divorciou-se do evangelho, e que o evangelho divorciou-se da Igreja, ambas as proposições são falsas.
Por exemplo, o autor diz: “Ate o século VI era concedido uma vez na vida o sacramento”, mais adiante o mesmo autor dirá: Tertuliano morto em 220; “ parece ter sido o primeiro” , a falar em pecados irremissíveis... E continua, porém, o Papa Calixto I (217-220) concedia a reconciliação a todo pecador que fizesse penitencia.
Algo de errado vai ai. Nós leremos em Mateus 18, 22 que Pedro perguntando a Senhor quantas vezes deveria perdoar o irmão arrependido, recebe do Senhor a resposta, setenta vezes sete (ou seja, muitas vezes). Ora os evangelhos foram escritos depois da morte de Jesus Cristo, portanto era pratica da comunidade cristã (Eclésia) o perdão, todavia não por todos os cristãos, mas por aqueles escolhidos como apóstolos por Jesus Cristo para ministrar os sacramentos, como lemos em João 20,22 e seguintes, momento histórico, pois estando os apóstolos reunidos, depois da ressurreição, num mesmo lugar, Jesus Cristo bafejou-o com seu hálito e disse-lhes “recebei o Espírito Santo a quem perdoareis os pecados estarão perdoados; e a quem o retiver, ser-lhes-ão retidos”. Ora estava instituído o Sacramento da Penitência, e um sacramento é o que santifica, torna sacro, santo, purifica. Mais adiante leremos algo que nos impressiona: desde que o Senhor conferiu aos sacerdotes o poder de reterem ou perdoarem os pecados, torna-se evidente que também os instituiu juízes dessa matéria.
O Senhor parece ter dado isso mesmo a entender, quando incumbiu os apóstolos de desprenderem das ataduras a que estava ainda ligado Lazaro ressuscitado dentre os mortos, como lemos João 11, 44. Santo Agostinho comentando essa passagem faz o seguinte comentário (o que não significa que a Igreja assim não procedesse como se deduz do Evangelho): “Os sacerdotes já podem prestar melhores serviços. Podem também usar de maior clemência com os confessados, a quem conferem o perdão das culpas. Sem duvida quando o Senhor pelos próprios apóstolos entregou Lazaro ressuscitado aos discípulos o desatassem queria demonstrar que o poder de desligar fora entregue aos sacerdotes, e foi nesse sentido que mandou aos leprosos se mostrarem aos sacerdotes e se submetessem ao seu julgamento em Lucas 17,14. Assim me parece imprudente pensar que um sacramento instituído pelo próprio Cristo não seja seguido de obrigatoriedade, portanto devem os fiéis estarem certos da necessidade de se penitenciarem através da Confissão, sem o que não podem recuperar a vida sobrenatural. Disso temos provas evidentes na belíssima metáfora usada por Nosso Senhor quando deu o nome de CHAVE DOS CÉUS, ao poder de administrar os sacramentos (Mateus 16,19). Ora como ninguém pode entrar num recinto de porta fechada, sem a intervenção de quem guarda as chaves: assim também não será admitida pessoa nenhuma no céu se as portas não lhe forem abertas pelos sacerdotes, a cuja discrição o senhor entregou as chaves. Tudo isso é Bíblico, embora os inimigos digam que foram truques para preservar o "poder da igreja", se foi um truque, foi um truque instituído pelo próprio Cristo para preservar o poder de seus apóstolos e discípulos reunidos em torno de Pedro. Nesse sentido, quando Santo Agostinho combate as heresias, e não define para a Igreja, ele dirá como muita propriedade:” Ninguém diga a si mesmo, de si para consigo: Faço penitência às ocultas, na presença do Senhor. Deus sabe o que me vai na alma, e dar-me-á o perdão. Seriam então infundadas aquelas palavras: O que desligares na terra será desligado também no céu? Será que as Chaves foram confiadas inutilmente, à Igreja de Deus?”(Agostinho Homilia 49, sermão 392).
Em 250, mais ou menos, surgia um Bispo chamado Novaciano, que não só queria que os apóstatas (num tempo de muitas perseguições e heresias, não voltassem a Igreja, como alguns pecados não lhes fossem perdoados como o homicídio e o adultério que o Papa Cornélio (251-253) havia regulamentado. Novaciano queria uma igreja diferente, e por isso rebatizava os cristãos que aderissem as suas teses. Foi condenado pela Igreja e excomungado, assim como também foi duramente combatido por São Cipriano de Cartago (África) e Dionísio de Alexandria (Egito). Se esse movimento era rigorista, em Cartago, surge outro laxista, isto frouxo, que queria o oposto, a reconciliação dos apóstatas sem a penitência sacramental, desde que fossem recomendados pelos célebres: “confessores da fé”, leigos com mérito, como querem hoje.
domingo, 22 de março de 2009
O Donatismo.
O Donatismo.
Eis aí outro capitulo da história da Igreja dos mais controvertidos. Aconselho os interessados a estudarem com mais profundidade do que fiz eu nestas linhas. Livros da mais alta qualidade entram em contradição sobre o tema, e induzem a muitos erros e interpretações, portanto é outro campo minado, outro período nebuloso. ( portanto não comprem o texto, estudem, em outras fontes o texto, aprimorem a questão).
Em primeiro lugar, antes de entráramos no tema, é preciso que se diga que houveram dois bispos de Cartago (norte da África) chamados Donato, um morto em 207 e outro morto em 344. O primeiro bispo da Igreja, o segundo anti-bispo, (como explicaremos) do qual vem o movimento cismático conhecido como Donatismo, uma seita cristã, do século IV, que se opunha a Sé Romana no norte da África ate sua extinção ao tempo da invasão dos vândalos na África.
Vamos por partes: Movimento cismático nascido no norte da África após a perseguição aos cristãos pelo Imperador Diocleciano (285-305). Deve seu nome a um de seus primeiros representantes o anti-bispo de Cartago chamado Donato, varias vezes condenado pelos sínodos regionais, favorecido pelo sucessor de Diocleciano, o imperador apostata Juliano, o donatismo cresceu na África sobre tudo na Numídia ate que Santo Agostinho o combatesse valentemente.
A seita afirmava que nenhum sacerdote poderia administrar os sacramentos estando em pecado mortal, na verdade, o que não se diz, é que eles contestavam a sucessão apostólica, atribuindo aos “confessores da Fé”, estatus de sacerdócio. O que isso significa? O que é um confessor da fé.
Vejam que a seita queria quebrar a antiga tradição dos apóstolos, a partir de Pedro, de impor as mãos e sagrar a hierarquia da Igreja. Assim um confessor da fé, homem reto, leigo,que mesmo perseguido deu testemunho da fé, embora não tenha perdido a vida, como os mártires da fé, teriam “méritos” que lhes daria estatus de sacerdócio e conseqüentemente de administrar sacramentos, e por outro lado, o sacerdote legitimamente sagrado pela sucessão apostólica, se estivesse em pecado, ou abraçado heresia, estaria impedido de administrar sacramentos, o que também não é verdade. No centro da questão estava o batismo, e sua validade, se o sacerdote legitimamente consagrado estivesse em estado de pecado.
Então a problemática donatista começa, e será mais bem explicada por santo Agostinho, pois teve origem com a morte do Bispo Mensurio de Cartago, em 311 (o que nos mostra que o caso nada tem como o legitimo Bispo Donato, morto em Cartago em 207). Foi eleito apostolicamente em seu lugar Ceciliano, mas este tinha se oposto a dar méritos sacerdotais aos cristãos perseguidos por Diocleciano. Estes para prejudicá-lo espalharam que os Bispos apostólicos (dentro da hierarquia) Felix de Aptunga, Fausto de Tuburbo e Novelo de Tyzica, todos africanos haviam sido traidores ao tempo de Diocleciano, pois teriam entregado os livros sagrados (bíblia) ao imperador perseguidor, e por esse fato, já não teriam autoridade para sagrar Ceciliano bispo de Cartago, e sim teriam essa autoridade, os leigos, ditos “confessores da Fé”. Coloquem atenção aos fatos. Convocaram um sínodo regional com 70 bispos da Numídia, que se reuniram em Cartago, e favoráveis aos rumores, elegeram um anti-bispo contra Ceciliano, chamado Majorino... E a esse foi que sucedeu Donato, chamado o Grande, portanto Donato era também um anti- bispo. Em Roma se reuniu um sínodo sob a 'presidência " do Papa Milciades (313) que reconheceu a autoridade episcopal de Ceciliano e condenou os donatistas e suas teses. Porém os donatistas, já bem númerosos no norte da África, não se davam por vencidos, criando mais um querela interna capaz de mais uma vez dividir a unidade do Império Romano, assim Constantino convocou o Sínodo Geral do Ocidente, que reunido em Arles na França definiu que a ordenação conferida a um bispo, é valida, seja ele um traidor ou herege (salvo se excomungado) e proibiu o habito de rebatizar, muito comum na África, a quem tivesse sido batizado por um bispo herege. Constantino mandou para o exílio os chefes do donatismo, e confiscou suas igrejas. Os donatistas, porém reagiram contra o direito do Imperador de interferir em questões religiosas, e romperam definitivamente com a Igreja. Cresciam muito, como o rigorismo e a liberdade de consagrar bispos “confessores da Fé”, de tal modo que em 336 reuniram um sínodo em Cartago com 270 donatistas.
O imperador Juliano, o apostata, servindo-se dessas divisões que enfraqueciam a Igreja, apoiou aos donatistas, pois sua intenção era a restauração do antigo culto pagão. Todavia uma sucessão de fatos curiosos que podem ser atribuídos a Divina Providência, vão acabar por destruir os donatistas: em primeiro surgem no campo doutrinal, dois geniais contendores; Optato de Milevo que na obra De schismate Donastitarum, expõem a origem e a história da cisma; e Agostinho de Hipona, que a partir de 395 foi escrevendo seu tratado teológico contra o donatismo e definindo segundo a historia apostólica o respeito e a eficácia dos consagrados na hierarquia apostólica. Em 404 os bispos católicos exigiram do imperador uma atitude protetora, que não adiantou. Em 411, sob comando de Santo Agostinho (pelo menos essa a impressão que me ficou) reuniu-se em Cartago (África) um grande Sínodo com 286 bispos ordenados pela hierarquia apostólica e 279 cismático donatistas, mas também após três dias de debates, nada adiantou, os donatistas continuavam como seus bispos “inventados” e seu ódio de morte, que como tal merecia a coerção imperial. O poder imperial aplicou leis repressivas, o que também nada adiantou. Ai veio uma intervenção triste, dolorida e cruenta, e providencial, os vândalos invadiram o norte da África destruindo tudo; e foram seqüenciados pelos muçulmanos que no século VII, pois termo definitivo aos seguidores de Donato. De positivo temos a definição de catolicidade da Igreja, que sendo universal, deve compreender e estar aberta a todos (mas não ao pecado), o senhor fará a triagem no final dos tempos. A seita excludente, nascida de si, sectária não poderia ser católica, menos apostólica, muito menos romana, edificada sobre a tradição apostólica a partir do martírio de Pedro e Paulo em Roma. A Seita dos donatistas separada de Pedro em Roma, acéfala, dividiu-se. Perdeu-se para morrer.
Eis aí outro capitulo da história da Igreja dos mais controvertidos. Aconselho os interessados a estudarem com mais profundidade do que fiz eu nestas linhas. Livros da mais alta qualidade entram em contradição sobre o tema, e induzem a muitos erros e interpretações, portanto é outro campo minado, outro período nebuloso. ( portanto não comprem o texto, estudem, em outras fontes o texto, aprimorem a questão).
Em primeiro lugar, antes de entráramos no tema, é preciso que se diga que houveram dois bispos de Cartago (norte da África) chamados Donato, um morto em 207 e outro morto em 344. O primeiro bispo da Igreja, o segundo anti-bispo, (como explicaremos) do qual vem o movimento cismático conhecido como Donatismo, uma seita cristã, do século IV, que se opunha a Sé Romana no norte da África ate sua extinção ao tempo da invasão dos vândalos na África.
Vamos por partes: Movimento cismático nascido no norte da África após a perseguição aos cristãos pelo Imperador Diocleciano (285-305). Deve seu nome a um de seus primeiros representantes o anti-bispo de Cartago chamado Donato, varias vezes condenado pelos sínodos regionais, favorecido pelo sucessor de Diocleciano, o imperador apostata Juliano, o donatismo cresceu na África sobre tudo na Numídia ate que Santo Agostinho o combatesse valentemente.
A seita afirmava que nenhum sacerdote poderia administrar os sacramentos estando em pecado mortal, na verdade, o que não se diz, é que eles contestavam a sucessão apostólica, atribuindo aos “confessores da Fé”, estatus de sacerdócio. O que isso significa? O que é um confessor da fé.
Vejam que a seita queria quebrar a antiga tradição dos apóstolos, a partir de Pedro, de impor as mãos e sagrar a hierarquia da Igreja. Assim um confessor da fé, homem reto, leigo,que mesmo perseguido deu testemunho da fé, embora não tenha perdido a vida, como os mártires da fé, teriam “méritos” que lhes daria estatus de sacerdócio e conseqüentemente de administrar sacramentos, e por outro lado, o sacerdote legitimamente sagrado pela sucessão apostólica, se estivesse em pecado, ou abraçado heresia, estaria impedido de administrar sacramentos, o que também não é verdade. No centro da questão estava o batismo, e sua validade, se o sacerdote legitimamente consagrado estivesse em estado de pecado.
Então a problemática donatista começa, e será mais bem explicada por santo Agostinho, pois teve origem com a morte do Bispo Mensurio de Cartago, em 311 (o que nos mostra que o caso nada tem como o legitimo Bispo Donato, morto em Cartago em 207). Foi eleito apostolicamente em seu lugar Ceciliano, mas este tinha se oposto a dar méritos sacerdotais aos cristãos perseguidos por Diocleciano. Estes para prejudicá-lo espalharam que os Bispos apostólicos (dentro da hierarquia) Felix de Aptunga, Fausto de Tuburbo e Novelo de Tyzica, todos africanos haviam sido traidores ao tempo de Diocleciano, pois teriam entregado os livros sagrados (bíblia) ao imperador perseguidor, e por esse fato, já não teriam autoridade para sagrar Ceciliano bispo de Cartago, e sim teriam essa autoridade, os leigos, ditos “confessores da Fé”. Coloquem atenção aos fatos. Convocaram um sínodo regional com 70 bispos da Numídia, que se reuniram em Cartago, e favoráveis aos rumores, elegeram um anti-bispo contra Ceciliano, chamado Majorino... E a esse foi que sucedeu Donato, chamado o Grande, portanto Donato era também um anti- bispo. Em Roma se reuniu um sínodo sob a 'presidência " do Papa Milciades (313) que reconheceu a autoridade episcopal de Ceciliano e condenou os donatistas e suas teses. Porém os donatistas, já bem númerosos no norte da África, não se davam por vencidos, criando mais um querela interna capaz de mais uma vez dividir a unidade do Império Romano, assim Constantino convocou o Sínodo Geral do Ocidente, que reunido em Arles na França definiu que a ordenação conferida a um bispo, é valida, seja ele um traidor ou herege (salvo se excomungado) e proibiu o habito de rebatizar, muito comum na África, a quem tivesse sido batizado por um bispo herege. Constantino mandou para o exílio os chefes do donatismo, e confiscou suas igrejas. Os donatistas, porém reagiram contra o direito do Imperador de interferir em questões religiosas, e romperam definitivamente com a Igreja. Cresciam muito, como o rigorismo e a liberdade de consagrar bispos “confessores da Fé”, de tal modo que em 336 reuniram um sínodo em Cartago com 270 donatistas.
O imperador Juliano, o apostata, servindo-se dessas divisões que enfraqueciam a Igreja, apoiou aos donatistas, pois sua intenção era a restauração do antigo culto pagão. Todavia uma sucessão de fatos curiosos que podem ser atribuídos a Divina Providência, vão acabar por destruir os donatistas: em primeiro surgem no campo doutrinal, dois geniais contendores; Optato de Milevo que na obra De schismate Donastitarum, expõem a origem e a história da cisma; e Agostinho de Hipona, que a partir de 395 foi escrevendo seu tratado teológico contra o donatismo e definindo segundo a historia apostólica o respeito e a eficácia dos consagrados na hierarquia apostólica. Em 404 os bispos católicos exigiram do imperador uma atitude protetora, que não adiantou. Em 411, sob comando de Santo Agostinho (pelo menos essa a impressão que me ficou) reuniu-se em Cartago (África) um grande Sínodo com 286 bispos ordenados pela hierarquia apostólica e 279 cismático donatistas, mas também após três dias de debates, nada adiantou, os donatistas continuavam como seus bispos “inventados” e seu ódio de morte, que como tal merecia a coerção imperial. O poder imperial aplicou leis repressivas, o que também nada adiantou. Ai veio uma intervenção triste, dolorida e cruenta, e providencial, os vândalos invadiram o norte da África destruindo tudo; e foram seqüenciados pelos muçulmanos que no século VII, pois termo definitivo aos seguidores de Donato. De positivo temos a definição de catolicidade da Igreja, que sendo universal, deve compreender e estar aberta a todos (mas não ao pecado), o senhor fará a triagem no final dos tempos. A seita excludente, nascida de si, sectária não poderia ser católica, menos apostólica, muito menos romana, edificada sobre a tradição apostólica a partir do martírio de Pedro e Paulo em Roma. A Seita dos donatistas separada de Pedro em Roma, acéfala, dividiu-se. Perdeu-se para morrer.
Re-batismo?
O re-batismo, o que é?.
Lemos em Matheus 13,24-30 uma frase que pode ser entendida como dizendo que os bons e maus devem permanecer na Igreja ate o final dos tempos, pois o senhor insinuou que nela o joio e o trigo devem nela permanecer ate o fim dos tempos (discutível pois o pecado mortal separa da Igreja, pois o pecado não pode fazer parte do corpo Mistico de Cristo). Na verdade para a Sé Romana, quem administra os sacramentos é o próprio Cristo que se utiliza de sacerdotes, santos ou não ( em caso de perigo de vida o batismo pode ser ministrado por qualquer pessoa). ( ver Catecismo de São Pio V).
Todavia houve um tempo, que os bispos, principalmente os africanos queriam restringir a Igreja aos santos, ou seja, aos homens sem pecados mortais, pois como o nome diz, o pecado mortal mata a graça, separa da graça do Corpo Místico de Cristo o pecador. Daí se pretendia que só poderia administrar os sacramentos o homem reto, santo, ortodoxo na fé. Assim, na medida em que as heresias iam sendo combatidas, surgiam novas questões levadas a Roma: o batismo ministrado por um herege era valido? Se um herege quer voltar ao seio da Igreja deveria ser batizado novamente?
Essas perguntas levavam a Sé Romana definir pela validade do batismo dos hereges, pois se dizia que Cristo é quem batiza, servindo-se do ministério dos homens. Todavia Tertuliano, ele próprio seria um herege, escreveu no norte da África, um opúsculo que rejeitava o batismo dos hereges. Três sínodos menores, em desobediência a Roma, adotaram essa sentença de Tertuliano, Cartago em 220, e dois da Ásia Menor por volta de 230. Era o Re-batismo. São Cipriano, dizem, apoiou o re-batismo, mas por motivo bem diverso, pois os Montanistas tinham chagado a extremos, pois batizavam em nome do Pai, do Filho e de Montano (em lugar do Espírito Santo), assim São Cipriano, não apoiou o "re-batismo", mas a nulidade do batismo dos Montanistas, que deveriam se batizados, pois aquele batismo não tinha validade. A forma validada do Batismo é ensinada em Mt. 28, 18-20). Todavia, naquela época como hoje, com a questão dos preservativos, por exemplo, o povo não estudava as questões, nem queria ouvir quem estudava ( a Igreja), e lhes pareceu que se o batismo dos seguidores de Montano era invalido, todos os outros ministrados por hereges também seriam inválidos.
Em Roma o Papa Santo Estevão definiu-se contra o re-batismo, ameaçando de excomunhão aos bispos do Norte da África, caso insistissem em batizar os hereges batizados fora da fé, mas batizados segundo a fórmula de MT. 28, 18-20. Sua frase ficou celebre: “Se o herege vem a nós, qualquer que seja a sua seita (cristã), nada se inove, mas siga-se a tradição, impondo lhes a mão para que façam penitência”.
O Papa enviou semelhante disciplina aos bispos da Ásia Menor onde ainda re-batizavam em 256, excomungando 87 bispos que haviam se reunido em um sínodo particular.
O Papa Santo Estevão morreu mártir em 257 e São Cipriano em 258. O Papa Sucessor, Sixto II já encontra os Bispos do Norte da África em comunhão com a Sé Romana, embora alguns, dispersos aqui e ali (lembrem-se que a comunicação no segundo século, não era fácil como a de hoje), pois a historia eclesial registra casos de re-batismo ate o século IV como atesta o Concílio de Arles em 314.
Esta questão seria resolvida ao tempo do genial africano Santo Agostinho o "Doutor da Graça" o que veremos mais adiante.
wallacereq@gmail.com
Lemos em Matheus 13,24-30 uma frase que pode ser entendida como dizendo que os bons e maus devem permanecer na Igreja ate o final dos tempos, pois o senhor insinuou que nela o joio e o trigo devem nela permanecer ate o fim dos tempos (discutível pois o pecado mortal separa da Igreja, pois o pecado não pode fazer parte do corpo Mistico de Cristo). Na verdade para a Sé Romana, quem administra os sacramentos é o próprio Cristo que se utiliza de sacerdotes, santos ou não ( em caso de perigo de vida o batismo pode ser ministrado por qualquer pessoa). ( ver Catecismo de São Pio V).
Todavia houve um tempo, que os bispos, principalmente os africanos queriam restringir a Igreja aos santos, ou seja, aos homens sem pecados mortais, pois como o nome diz, o pecado mortal mata a graça, separa da graça do Corpo Místico de Cristo o pecador. Daí se pretendia que só poderia administrar os sacramentos o homem reto, santo, ortodoxo na fé. Assim, na medida em que as heresias iam sendo combatidas, surgiam novas questões levadas a Roma: o batismo ministrado por um herege era valido? Se um herege quer voltar ao seio da Igreja deveria ser batizado novamente?
Essas perguntas levavam a Sé Romana definir pela validade do batismo dos hereges, pois se dizia que Cristo é quem batiza, servindo-se do ministério dos homens. Todavia Tertuliano, ele próprio seria um herege, escreveu no norte da África, um opúsculo que rejeitava o batismo dos hereges. Três sínodos menores, em desobediência a Roma, adotaram essa sentença de Tertuliano, Cartago em 220, e dois da Ásia Menor por volta de 230. Era o Re-batismo. São Cipriano, dizem, apoiou o re-batismo, mas por motivo bem diverso, pois os Montanistas tinham chagado a extremos, pois batizavam em nome do Pai, do Filho e de Montano (em lugar do Espírito Santo), assim São Cipriano, não apoiou o "re-batismo", mas a nulidade do batismo dos Montanistas, que deveriam se batizados, pois aquele batismo não tinha validade. A forma validada do Batismo é ensinada em Mt. 28, 18-20). Todavia, naquela época como hoje, com a questão dos preservativos, por exemplo, o povo não estudava as questões, nem queria ouvir quem estudava ( a Igreja), e lhes pareceu que se o batismo dos seguidores de Montano era invalido, todos os outros ministrados por hereges também seriam inválidos.
Em Roma o Papa Santo Estevão definiu-se contra o re-batismo, ameaçando de excomunhão aos bispos do Norte da África, caso insistissem em batizar os hereges batizados fora da fé, mas batizados segundo a fórmula de MT. 28, 18-20. Sua frase ficou celebre: “Se o herege vem a nós, qualquer que seja a sua seita (cristã), nada se inove, mas siga-se a tradição, impondo lhes a mão para que façam penitência”.
O Papa enviou semelhante disciplina aos bispos da Ásia Menor onde ainda re-batizavam em 256, excomungando 87 bispos que haviam se reunido em um sínodo particular.
O Papa Santo Estevão morreu mártir em 257 e São Cipriano em 258. O Papa Sucessor, Sixto II já encontra os Bispos do Norte da África em comunhão com a Sé Romana, embora alguns, dispersos aqui e ali (lembrem-se que a comunicação no segundo século, não era fácil como a de hoje), pois a historia eclesial registra casos de re-batismo ate o século IV como atesta o Concílio de Arles em 314.
Esta questão seria resolvida ao tempo do genial africano Santo Agostinho o "Doutor da Graça" o que veremos mais adiante.
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domingo, 15 de março de 2009
Erros de grafia, concordância e sintáxe.
É verdade. Alguem reclamou e é verdade. Costumo publicar no Blog, muitas vezes a forma primeira, sem revisão, ou escrevo diretamente na janela do Blog, depois vou corrigindo. Teria outras desculpas para dar, mas não darei, aceito as criticas, e reforço, se o texto for perfeito, na primeira postagem, não fui eu que escrevi... fica combinado.
Agora elogio.... eu ....
wallacereq@gmail.com
Agora elogio.... eu ....
wallacereq@gmail.com
Heresias X
Heresias X.
Macedonismo.
Negada a divindade de Jesus Cristo (o que se faz ainda hoje) não tardou aparecer quem negasse a divindade do Espírito Santo. Macedônio, apegado a heresia ariana, já estudada, Bispo de Constantinopla concluiu que se o filho não é Deus, também o espírito santo que dele descende ( a palavra descende, embora encontrada em textos didaticos, esta errada), não é Deus, mas simples criatura, semelhante aos anjos (e há quem pense assim ainda hoje), embora, digamos, superior a eles. Santo Atanásio, imediatamente saiu denunciando os erros dessas levianas conclusões de Macedônio, em suas Cartas a Escrapião. O erro de Macedônio, que era Bispo, vejam vocês, ele era bispo, foi sucessivamente sendo condenado por concílios “particulares” (regionais ou promovido por igrejas chamadas de particulares, nacionais ou étnicas), porém foi solenemente condenado pelo Concilio de Constantinopla em 381 e pelo Concilio de Éfeso em 431.
Pelagianismo.
Não confundir Pelágio como os Papas Pelágio I e II.
Um monge bretão (natural da Bretanha) chamado Pelágio agitou toda a Igreja Universal com suas idéias no inicio do terceiro século. Ele dizia:
1) Não há pecado original; só há pecados pessoais; o pecado de Adão só prejudicou aos outros pelo mau exemplo; e concluía a morte não é castiço pelo pecado de Adão.
2) A graça não é necessária a salvação; ela apenas facilita a observância dos Mandamentos; Deus nos ajuda pela sua lei e sua doutrina (rigorismo); o batismo não é necessário para a Salvação; mas apenas para pertencermos a Igreja (muitas seitas cristãs defendem esses pontos de vista ainda hoje).
3) O Homem se salva por si (presunção de Israel); pelo bom uso de sua liberdade; pela vitoria sobre a concupiscência com que foi criado.
Desta maneira esse monge procurou destruir pelos fundamentos a Igreja logo, o Cristianismo; tais idéias destroem os sacramentos, a oração e a própria Redenção. Na África Santo Agostinho levanta-se contra os erros desse monge bretão, que pelos seus escritos contra Pelágio passou a ser chamado “Doutor da Graça”. Ensinou santo Agostinho:
1) Adão santificado pela graça podia sim pecar, embora estivesse isento da concupiscência rebelde, e podia morrer embora pudesse ter sido preservado da morte, tudo dependendo de sua fidelidade aos Mandamentos divinos; o pecado original passou aos descendentes de Adão com todas as suas conseqüências (para os que não crêem na criação do Primeiro Homem, como tolerância ao mal menor pode dizer o pecado dos primeiros homens, quando perderam a inocência saindo voluntariamente das leis de Deus, e conhecendo o Bem e o Mal, passou para todos os homens).
2) A Graça é necessária, tanto a Interior como a Exterior, ou seja, a preveni ente e a cooperante, para cada boa obra, inclusive para o inicio da fé e sobremodo para a perseverança na fé. Combatido na África por Santo Agostinho, Pelágio se retirou para a Palestina, onde foi enfrentado por são Jerônimo. Conseguiu isentar-se no sínodo particular de Dióspolis, isenção que São Jerônimo chamou “Synodus Miserabilis”. Mas o Papa Inocêncio confirmou a doutrina da Igreja e condenou Pelágio e seus seguidores como herege
3) Nem todos, todavia, como sempre e ate hoje, aceitaram a decisão infalível em fé e moral, papal. Dezoito bispos foram depostos, e um deles continuou a combater Santo Agostinho o africano ate a sua morte em 430. Porem a doutrina desse bispo deposto tomou outra forma o semi Pelagianismo, ou seja: para eles a Graça como defendida pela Igreja violava a liberdade humana. Aceitavam o pecado original, as suas conseqüências, e até a necessidade da graça, porem achava que a graça pode ser merecida pelo esforço do homem (mérito), essa novo erro partia dos monges de Marselha, erro denunciado por São Próspero e Santo Hilário a Santo Agostinho, que também o combateu. O Papa Celestino I no Concilio de Éfeso em 431 condenou o semipelagianismo de Juliano de Eclane.Wallacereq@gmail.com
Macedonismo.
Negada a divindade de Jesus Cristo (o que se faz ainda hoje) não tardou aparecer quem negasse a divindade do Espírito Santo. Macedônio, apegado a heresia ariana, já estudada, Bispo de Constantinopla concluiu que se o filho não é Deus, também o espírito santo que dele descende ( a palavra descende, embora encontrada em textos didaticos, esta errada), não é Deus, mas simples criatura, semelhante aos anjos (e há quem pense assim ainda hoje), embora, digamos, superior a eles. Santo Atanásio, imediatamente saiu denunciando os erros dessas levianas conclusões de Macedônio, em suas Cartas a Escrapião. O erro de Macedônio, que era Bispo, vejam vocês, ele era bispo, foi sucessivamente sendo condenado por concílios “particulares” (regionais ou promovido por igrejas chamadas de particulares, nacionais ou étnicas), porém foi solenemente condenado pelo Concilio de Constantinopla em 381 e pelo Concilio de Éfeso em 431.
Pelagianismo.
Não confundir Pelágio como os Papas Pelágio I e II.
Um monge bretão (natural da Bretanha) chamado Pelágio agitou toda a Igreja Universal com suas idéias no inicio do terceiro século. Ele dizia:
1) Não há pecado original; só há pecados pessoais; o pecado de Adão só prejudicou aos outros pelo mau exemplo; e concluía a morte não é castiço pelo pecado de Adão.
2) A graça não é necessária a salvação; ela apenas facilita a observância dos Mandamentos; Deus nos ajuda pela sua lei e sua doutrina (rigorismo); o batismo não é necessário para a Salvação; mas apenas para pertencermos a Igreja (muitas seitas cristãs defendem esses pontos de vista ainda hoje).
3) O Homem se salva por si (presunção de Israel); pelo bom uso de sua liberdade; pela vitoria sobre a concupiscência com que foi criado.
Desta maneira esse monge procurou destruir pelos fundamentos a Igreja logo, o Cristianismo; tais idéias destroem os sacramentos, a oração e a própria Redenção. Na África Santo Agostinho levanta-se contra os erros desse monge bretão, que pelos seus escritos contra Pelágio passou a ser chamado “Doutor da Graça”. Ensinou santo Agostinho:
1) Adão santificado pela graça podia sim pecar, embora estivesse isento da concupiscência rebelde, e podia morrer embora pudesse ter sido preservado da morte, tudo dependendo de sua fidelidade aos Mandamentos divinos; o pecado original passou aos descendentes de Adão com todas as suas conseqüências (para os que não crêem na criação do Primeiro Homem, como tolerância ao mal menor pode dizer o pecado dos primeiros homens, quando perderam a inocência saindo voluntariamente das leis de Deus, e conhecendo o Bem e o Mal, passou para todos os homens).
2) A Graça é necessária, tanto a Interior como a Exterior, ou seja, a preveni ente e a cooperante, para cada boa obra, inclusive para o inicio da fé e sobremodo para a perseverança na fé. Combatido na África por Santo Agostinho, Pelágio se retirou para a Palestina, onde foi enfrentado por são Jerônimo. Conseguiu isentar-se no sínodo particular de Dióspolis, isenção que São Jerônimo chamou “Synodus Miserabilis”. Mas o Papa Inocêncio confirmou a doutrina da Igreja e condenou Pelágio e seus seguidores como herege
3) Nem todos, todavia, como sempre e ate hoje, aceitaram a decisão infalível em fé e moral, papal. Dezoito bispos foram depostos, e um deles continuou a combater Santo Agostinho o africano ate a sua morte em 430. Porem a doutrina desse bispo deposto tomou outra forma o semi Pelagianismo, ou seja: para eles a Graça como defendida pela Igreja violava a liberdade humana. Aceitavam o pecado original, as suas conseqüências, e até a necessidade da graça, porem achava que a graça pode ser merecida pelo esforço do homem (mérito), essa novo erro partia dos monges de Marselha, erro denunciado por São Próspero e Santo Hilário a Santo Agostinho, que também o combateu. O Papa Celestino I no Concilio de Éfeso em 431 condenou o semipelagianismo de Juliano de Eclane.Wallacereq@gmail.com
sexta-feira, 13 de março de 2009
Orígenes, personalidade manipulada.
Orígenes.
Eu estranhei, posto que, sendo esse homem nascido entre 183 e 186, apareça na maioria dos compêndios, ao se discutir heresias do século IV e V. Pareceu-me a principio estranho, esse imiscuir-se em fase histórica que não era a sua. Passei algumas horas, pesquisando no material que possuo: Enciclopédia das Religiões, Curso de História da Igreja, e livros mais antigos como a História Universal de F. Laurent. Não me senti seguro. É puro pântano sua historia pessoal. Alguns lhe atribuem seiscentas obras, mas encontrei referências a apenas três títulos.
Todavia pesquisei na internet e imediatamente descobri o porquê de tanto incenso ao homem. Espíritas, gnósticos e maçons se utilizam desse controvertido autor, certamente pouco lido, pois são poucos os textos originais que sobreviveram, para atacar a Igreja.
Ora, se nesse pântano, eu terei de usar de muita fé, para crer no que dizem os inimigos da Igreja, e também o que diz a Igreja, preferi ficar com o que diz a Igreja:
1) O homem se auto castrou (curioso, pois tendo usado o método alegórico (simbólico de interpretação bíblica, usou ao pé da letra duas passagens bíblicas, para se mutilar, se fazendo um eunuco. (se um olho te escandaliza, arranca-o etc. e ele se castrou)
2) A Igreja condenou sua doutrina.
3) Seus textos originais são pouco conhecidos, e a maioria se perdeu. ( portanto seu pensamento não é autografado mas atribuído por outros autores)
4) Atribuem a ele a teoria do resgate das almas dos condenados no Inferno.
5) Atribui-se a ele uma tese sobre a reencarnação.
6) Atribui-se a ele a pré-existência das almas, como seres puramente espirituais, que seriam condenados a materialidade.
7) E artibui-se a ele uma exegese e uma apologia Mariana, ora, justamente aí esta o motivo de tanta propaganda, como um Mariano, seria condenado como herético? Nesse contexto é que se aproveitam os inimigos da Igreja para tripudiar, fazendo de um escritor “cristão”, um espírita, gnóstico... E outras coisas mais.
Eu não vou discutir, pois minha documentação é insuficiente, tomo a posição sempre prudente e histórica da Igreja, Orígenes, foi herege, homem que teve sua integridade física e virilidade violada, o que por si só o desautoriza a ser auto titulado “legitimo autor cristão”. No entanto algumas obras atribuídas a ele serviram, ou foram úteis, como fontes documentais de um período da história universal.
Sendo isso o que tenho a dizer com alguma segurança, termino aqui.
wallacereq@gmail.com.
Eu estranhei, posto que, sendo esse homem nascido entre 183 e 186, apareça na maioria dos compêndios, ao se discutir heresias do século IV e V. Pareceu-me a principio estranho, esse imiscuir-se em fase histórica que não era a sua. Passei algumas horas, pesquisando no material que possuo: Enciclopédia das Religiões, Curso de História da Igreja, e livros mais antigos como a História Universal de F. Laurent. Não me senti seguro. É puro pântano sua historia pessoal. Alguns lhe atribuem seiscentas obras, mas encontrei referências a apenas três títulos.
Todavia pesquisei na internet e imediatamente descobri o porquê de tanto incenso ao homem. Espíritas, gnósticos e maçons se utilizam desse controvertido autor, certamente pouco lido, pois são poucos os textos originais que sobreviveram, para atacar a Igreja.
Ora, se nesse pântano, eu terei de usar de muita fé, para crer no que dizem os inimigos da Igreja, e também o que diz a Igreja, preferi ficar com o que diz a Igreja:
1) O homem se auto castrou (curioso, pois tendo usado o método alegórico (simbólico de interpretação bíblica, usou ao pé da letra duas passagens bíblicas, para se mutilar, se fazendo um eunuco. (se um olho te escandaliza, arranca-o etc. e ele se castrou)
2) A Igreja condenou sua doutrina.
3) Seus textos originais são pouco conhecidos, e a maioria se perdeu. ( portanto seu pensamento não é autografado mas atribuído por outros autores)
4) Atribuem a ele a teoria do resgate das almas dos condenados no Inferno.
5) Atribui-se a ele uma tese sobre a reencarnação.
6) Atribui-se a ele a pré-existência das almas, como seres puramente espirituais, que seriam condenados a materialidade.
7) E artibui-se a ele uma exegese e uma apologia Mariana, ora, justamente aí esta o motivo de tanta propaganda, como um Mariano, seria condenado como herético? Nesse contexto é que se aproveitam os inimigos da Igreja para tripudiar, fazendo de um escritor “cristão”, um espírita, gnóstico... E outras coisas mais.
Eu não vou discutir, pois minha documentação é insuficiente, tomo a posição sempre prudente e histórica da Igreja, Orígenes, foi herege, homem que teve sua integridade física e virilidade violada, o que por si só o desautoriza a ser auto titulado “legitimo autor cristão”. No entanto algumas obras atribuídas a ele serviram, ou foram úteis, como fontes documentais de um período da história universal.
Sendo isso o que tenho a dizer com alguma segurança, termino aqui.
wallacereq@gmail.com.
quarta-feira, 11 de março de 2009
Ordenando fatos positivamente.
4.000
Sumérios anteriores aos
3.500
3.200 - Unificação do Egito (Menés)
3.000
2.600 - Fundação da Babilônia - Início do Império Caldeu
2.500
Arianos invadem a região dos rios Indoe Ganges
1.850 - Abraão sai de Ur (Caldéia)
Hamurabi (Código de Leis)
2.000
Poderosa esquadra cretense domina o Mar Egeu
1.500
Aqueus vencem os cretenses
1.250 - Passagem do Mar Vermelho (Moisés)
Egito - Ramsés II
1.200 - Josué (Tomada de Jericó)
1.200 - Homero (Guerra de Tróia) Agamenon
1.100 - Sidon foi tomada e destruída (pelos filisteus)
Saul 1º rei - David
1.000
Tomada de Jerusalém dos jabuseus por David
932 - Salomão
930 - Divisão do Reino (Roboão)
976
753 - Fundação de Roma
721 - Deportação dos judeus para Assíria
612 - Cirxeres (medos conquistaram os assírios
587 - Deportação para Babilônia
Túcida (Batalha do Peloponeso
538 - Ciro persa ariano toma Babilônia
Heródoto
525 - Psamético III
500
490 - Dário (Batalha de Maratona)
480 - Temístocles (Batalha de Salamina)
479 - Parsenias (Batalha Platéia)
428/348 - (Platão)
Século de
384/322 - Aristóteles
Péricles
Otávio Augusto - 30 a.C./14 d.C.
CRISTO
63 - Pompeu toma Jerusalém
Sumérios anteriores aos
3.500
3.200 - Unificação do Egito (Menés)
3.000
2.600 - Fundação da Babilônia - Início do Império Caldeu
2.500
Arianos invadem a região dos rios Indoe Ganges
1.850 - Abraão sai de Ur (Caldéia)
Hamurabi (Código de Leis)
2.000
Poderosa esquadra cretense domina o Mar Egeu
1.500
Aqueus vencem os cretenses
1.250 - Passagem do Mar Vermelho (Moisés)
Egito - Ramsés II
1.200 - Josué (Tomada de Jericó)
1.200 - Homero (Guerra de Tróia) Agamenon
1.100 - Sidon foi tomada e destruída (pelos filisteus)
Saul 1º rei - David
1.000
Tomada de Jerusalém dos jabuseus por David
932 - Salomão
930 - Divisão do Reino (Roboão)
976
753 - Fundação de Roma
721 - Deportação dos judeus para Assíria
612 - Cirxeres (medos conquistaram os assírios
587 - Deportação para Babilônia
Túcida (Batalha do Peloponeso
538 - Ciro persa ariano toma Babilônia
Heródoto
525 - Psamético III
500
490 - Dário (Batalha de Maratona)
480 - Temístocles (Batalha de Salamina)
479 - Parsenias (Batalha Platéia)
428/348 - (Platão)
Século de
384/322 - Aristóteles
Péricles
Otávio Augusto - 30 a.C./14 d.C.
CRISTO
63 - Pompeu toma Jerusalém
sexta-feira, 6 de março de 2009
Heresias IX
Heresias IX
Monergetismo e Monotelitismo (as novas faces da mesma moeda).
Os monofisistas, já estudados, insistiam em se auto afirmar, heresia ainda existente nos dias atuais. Assim o monofisismo reaparece no século VII sob nova forma. Sergio de Constantinopla, desde 619, ensinava que em Jesus havia uma só energéia (energia), ou uma só capacidade de agir. Isso era o Monergetismo; a capacidade humana estaria absorvida pela divina, e, portanto não haveria as suas expressões naturais. O imperador Heráclio (610-641) por motivos políticos, procurando a união do Império, resolveu aceitar a nova fórmula do patriarca de Constantinopla, a fim de se reconciliar com os monofisistas.
Todavia o monge palestinense Sofrônio resolveu denunciar a nova doutrina como monofisismo velado. Em reação o Patriarca Sergio mudou a formula deixando de falar de uma só faculdade operativa (energéia), para afirmar uma só vontade (a divina tendo absorvido a humana) em Jesus, o que caracterizou como Monotelitismo. Sergio então procurou o apoio do Papa Honório (625-638).
Por outro lado o imperador levava adiante a causa de Sergio de Constantinopla, e em 638, ano da morte do Papa Honório, Heráclio, o imperador promulgou uma profissão de fé dita Ectese, e aconselhado pelo Patriarca Sergio, publicou também novo edito dogmático, chamado Typos, em 648, que proibia falar em uma ou duas vontades de Cristo. O imperador tencionava, aparentemente por fim ao conflito. Ora no Ocidente o Papa Martinho I (649-653), percebendo a sutileza dos bizantinos, reuniu o Concilio de Latrão (Roma) em 649 que declarou que em cristo havia dois modos de operar e duas naturezas distintas, duas vontades naturais, e punia com a excomunhão os fautores das novas idéias. O Imperador indignado mandou prender o Papa, levá-lo para Constantinopla, onde foi humilhado como traidor, foi exilado para a Criméia, onde morreu sob maus tratos. Vários Cristãos orientais foram tratados da mesma forma por resistirem aos interesses do imperador, merecendo destaque o abade São Maximo o Confessor que foi cruelmente martirizado.
O imperador Constantino IV Pogonato (668-685), filho de Constante II, decidiu convocar um Concilio Ecumênico (Terra habitada por cristãos) e a idéia foi referendada pelo Papa Atagão. Esse foi o sexto concilio Ecumênico, o de Constantinopla III celebrado de novembro de 680 a setembro de 681. Com a presença de 170 participantes o Concilio elaborou uma profissão de fé que completava a de Calcedônia, já estudada.
“Professamos-nos, segundo a doutrina dos santos padres, duas vontades naturais e dois modos naturais de operar, indivisos e inalterados, inseparados e não misturados, duas vontades diversas, não, porém, no sentido de que uma esteja em oposição a outra, mas no sentido de que a vontade humana segue e se subordinada divina”.
Essa definição se ajusta á carta dogmática do Papa São Leão a Flaviano que diz: “ambas as naturezas operam na única pessoa de Cristo, não misturadas, não separadas e não confusas naquilo que é próprio de cada uma delas”
Isso quer dizer que em Jesus havia duas faculdades de querer, a divina e a humana, de tal modo, porém, que a vontade humana se sujeitava à divina como atesta a Oração do horto das Oliveiras, conforme Mc. 14,36. “Abba! Ó Pai! Suplicava ele, tudo te é possível; aparta de mim esse cálice! Contudo não se faça o que eu quero, senão o que tu queres”.
Diversos historiadores querem atribuir ao Papa Honório, erro em fé e moral, todavia não é isso que diz a Sé Romana, posto que a carta que aconselhava o Patriarca Sergio de Constantinopla, não era dogmática, não definia fé, e moral, e não se destinava a toda a “Urbe et Orbe”, condições de infalibilidade papal.
Por isso a condenação do Concilio de Constantinopla III ao Papa Honório, em 681, foi severo de mais, e sob o signo do Cesaropapismo. Para que você entenda, Honório é o Papa numero 70 na hierarquia, e Agatão, o numero 79, ou seja, entre Honório e o Papa São Martinho I, preso exilado e morto pelo Império, houve os seguintes papas: Severino, João IV, Teodoro I, e finalmente São Martinho (enquanto Martinho estava no exílio em Criméia Santo Eugenio o substituiu, e desse para o Papa que aceitou a convocação pelo Imperador Oriental de outro Concilio, houve os papas: Eugenio (santo); Vitaliano; Adeodato; Donus I e Santo Agatão Papa. Ou seja, muita água rolou, alguns imperadores foram empossados, e a reta Fé permaneceu apesar das pressões políticas dos bizantinos para submeter Roma. Portanto da morte de Honório em 638 a posse de Santo Agatão em 678 passaram-se 50 anos e nove papas. Ágato, ou Agatão exerceu o papado ate 681, ano em que se encerrou o Concilio de Constantinopla III e ano de sua morte. Sendo substituído por São Leão II em 682. Tanto santo Agatão como São Leão II não estiveram no Concilio de Constantinopla III, mas o primeiro enviou legados, e o segundo confirmou as decisões do Concilio, o Monotelitismo foi então condenado. (texto base M.E)
Papa Honório I nasceu em Capua. Eleito em 27 de outubro de 625, tinha sido discípulo de S. Gregório Magno. Durante o seu pontificado impulsou a evangelização de Inglaterra, procurando a integração dos monotelitas na Igreja - heresia sobre a vontade de Cristo, que ele não lutou. Isso fê-lo ser condenado por Leão II (682).
Instituiu a Festa da "Exaltação da Santa Cruz", no dia 14 de Setembro. Sanou as questões da Igreja no Oriente e o cisma de Aquiléia.
Preocupou-se com a restauração das igrejas e mandou reparar o antigo aqueduto de Trajano, que levava água à cidade de Roma. Morreu em 12 de outubro de 638.
Na internet, em latim, podemos encontrar textos de Honório, no site alemão: Kompendium der Glabensbekenntinisse und Kirchlichen.
wallacereq@gmail.com
Monergetismo e Monotelitismo (as novas faces da mesma moeda).
Os monofisistas, já estudados, insistiam em se auto afirmar, heresia ainda existente nos dias atuais. Assim o monofisismo reaparece no século VII sob nova forma. Sergio de Constantinopla, desde 619, ensinava que em Jesus havia uma só energéia (energia), ou uma só capacidade de agir. Isso era o Monergetismo; a capacidade humana estaria absorvida pela divina, e, portanto não haveria as suas expressões naturais. O imperador Heráclio (610-641) por motivos políticos, procurando a união do Império, resolveu aceitar a nova fórmula do patriarca de Constantinopla, a fim de se reconciliar com os monofisistas.
Todavia o monge palestinense Sofrônio resolveu denunciar a nova doutrina como monofisismo velado. Em reação o Patriarca Sergio mudou a formula deixando de falar de uma só faculdade operativa (energéia), para afirmar uma só vontade (a divina tendo absorvido a humana) em Jesus, o que caracterizou como Monotelitismo. Sergio então procurou o apoio do Papa Honório (625-638).
Por outro lado o imperador levava adiante a causa de Sergio de Constantinopla, e em 638, ano da morte do Papa Honório, Heráclio, o imperador promulgou uma profissão de fé dita Ectese, e aconselhado pelo Patriarca Sergio, publicou também novo edito dogmático, chamado Typos, em 648, que proibia falar em uma ou duas vontades de Cristo. O imperador tencionava, aparentemente por fim ao conflito. Ora no Ocidente o Papa Martinho I (649-653), percebendo a sutileza dos bizantinos, reuniu o Concilio de Latrão (Roma) em 649 que declarou que em cristo havia dois modos de operar e duas naturezas distintas, duas vontades naturais, e punia com a excomunhão os fautores das novas idéias. O Imperador indignado mandou prender o Papa, levá-lo para Constantinopla, onde foi humilhado como traidor, foi exilado para a Criméia, onde morreu sob maus tratos. Vários Cristãos orientais foram tratados da mesma forma por resistirem aos interesses do imperador, merecendo destaque o abade São Maximo o Confessor que foi cruelmente martirizado.
O imperador Constantino IV Pogonato (668-685), filho de Constante II, decidiu convocar um Concilio Ecumênico (Terra habitada por cristãos) e a idéia foi referendada pelo Papa Atagão. Esse foi o sexto concilio Ecumênico, o de Constantinopla III celebrado de novembro de 680 a setembro de 681. Com a presença de 170 participantes o Concilio elaborou uma profissão de fé que completava a de Calcedônia, já estudada.
“Professamos-nos, segundo a doutrina dos santos padres, duas vontades naturais e dois modos naturais de operar, indivisos e inalterados, inseparados e não misturados, duas vontades diversas, não, porém, no sentido de que uma esteja em oposição a outra, mas no sentido de que a vontade humana segue e se subordinada divina”.
Essa definição se ajusta á carta dogmática do Papa São Leão a Flaviano que diz: “ambas as naturezas operam na única pessoa de Cristo, não misturadas, não separadas e não confusas naquilo que é próprio de cada uma delas”
Isso quer dizer que em Jesus havia duas faculdades de querer, a divina e a humana, de tal modo, porém, que a vontade humana se sujeitava à divina como atesta a Oração do horto das Oliveiras, conforme Mc. 14,36. “Abba! Ó Pai! Suplicava ele, tudo te é possível; aparta de mim esse cálice! Contudo não se faça o que eu quero, senão o que tu queres”.
Diversos historiadores querem atribuir ao Papa Honório, erro em fé e moral, todavia não é isso que diz a Sé Romana, posto que a carta que aconselhava o Patriarca Sergio de Constantinopla, não era dogmática, não definia fé, e moral, e não se destinava a toda a “Urbe et Orbe”, condições de infalibilidade papal.
Por isso a condenação do Concilio de Constantinopla III ao Papa Honório, em 681, foi severo de mais, e sob o signo do Cesaropapismo. Para que você entenda, Honório é o Papa numero 70 na hierarquia, e Agatão, o numero 79, ou seja, entre Honório e o Papa São Martinho I, preso exilado e morto pelo Império, houve os seguintes papas: Severino, João IV, Teodoro I, e finalmente São Martinho (enquanto Martinho estava no exílio em Criméia Santo Eugenio o substituiu, e desse para o Papa que aceitou a convocação pelo Imperador Oriental de outro Concilio, houve os papas: Eugenio (santo); Vitaliano; Adeodato; Donus I e Santo Agatão Papa. Ou seja, muita água rolou, alguns imperadores foram empossados, e a reta Fé permaneceu apesar das pressões políticas dos bizantinos para submeter Roma. Portanto da morte de Honório em 638 a posse de Santo Agatão em 678 passaram-se 50 anos e nove papas. Ágato, ou Agatão exerceu o papado ate 681, ano em que se encerrou o Concilio de Constantinopla III e ano de sua morte. Sendo substituído por São Leão II em 682. Tanto santo Agatão como São Leão II não estiveram no Concilio de Constantinopla III, mas o primeiro enviou legados, e o segundo confirmou as decisões do Concilio, o Monotelitismo foi então condenado. (texto base M.E)
Papa Honório I nasceu em Capua. Eleito em 27 de outubro de 625, tinha sido discípulo de S. Gregório Magno. Durante o seu pontificado impulsou a evangelização de Inglaterra, procurando a integração dos monotelitas na Igreja - heresia sobre a vontade de Cristo, que ele não lutou. Isso fê-lo ser condenado por Leão II (682).
Instituiu a Festa da "Exaltação da Santa Cruz", no dia 14 de Setembro. Sanou as questões da Igreja no Oriente e o cisma de Aquiléia.
Preocupou-se com a restauração das igrejas e mandou reparar o antigo aqueduto de Trajano, que levava água à cidade de Roma. Morreu em 12 de outubro de 638.
Na internet, em latim, podemos encontrar textos de Honório, no site alemão: Kompendium der Glabensbekenntinisse und Kirchlichen.
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