Heresias X.
Macedonismo.
Negada a divindade de Jesus Cristo (o que se faz ainda hoje) não tardou aparecer quem negasse a divindade do Espírito Santo. Macedônio, apegado a heresia ariana, já estudada, Bispo de Constantinopla concluiu que se o filho não é Deus, também o espírito santo que dele descende ( a palavra descende, embora encontrada em textos didaticos, esta errada), não é Deus, mas simples criatura, semelhante aos anjos (e há quem pense assim ainda hoje), embora, digamos, superior a eles. Santo Atanásio, imediatamente saiu denunciando os erros dessas levianas conclusões de Macedônio, em suas Cartas a Escrapião. O erro de Macedônio, que era Bispo, vejam vocês, ele era bispo, foi sucessivamente sendo condenado por concílios “particulares” (regionais ou promovido por igrejas chamadas de particulares, nacionais ou étnicas), porém foi solenemente condenado pelo Concilio de Constantinopla em 381 e pelo Concilio de Éfeso em 431.
Pelagianismo.
Não confundir Pelágio como os Papas Pelágio I e II.
Um monge bretão (natural da Bretanha) chamado Pelágio agitou toda a Igreja Universal com suas idéias no inicio do terceiro século. Ele dizia:
1) Não há pecado original; só há pecados pessoais; o pecado de Adão só prejudicou aos outros pelo mau exemplo; e concluía a morte não é castiço pelo pecado de Adão.
2) A graça não é necessária a salvação; ela apenas facilita a observância dos Mandamentos; Deus nos ajuda pela sua lei e sua doutrina (rigorismo); o batismo não é necessário para a Salvação; mas apenas para pertencermos a Igreja (muitas seitas cristãs defendem esses pontos de vista ainda hoje).
3) O Homem se salva por si (presunção de Israel); pelo bom uso de sua liberdade; pela vitoria sobre a concupiscência com que foi criado.
Desta maneira esse monge procurou destruir pelos fundamentos a Igreja logo, o Cristianismo; tais idéias destroem os sacramentos, a oração e a própria Redenção. Na África Santo Agostinho levanta-se contra os erros desse monge bretão, que pelos seus escritos contra Pelágio passou a ser chamado “Doutor da Graça”. Ensinou santo Agostinho:
1) Adão santificado pela graça podia sim pecar, embora estivesse isento da concupiscência rebelde, e podia morrer embora pudesse ter sido preservado da morte, tudo dependendo de sua fidelidade aos Mandamentos divinos; o pecado original passou aos descendentes de Adão com todas as suas conseqüências (para os que não crêem na criação do Primeiro Homem, como tolerância ao mal menor pode dizer o pecado dos primeiros homens, quando perderam a inocência saindo voluntariamente das leis de Deus, e conhecendo o Bem e o Mal, passou para todos os homens).
2) A Graça é necessária, tanto a Interior como a Exterior, ou seja, a preveni ente e a cooperante, para cada boa obra, inclusive para o inicio da fé e sobremodo para a perseverança na fé. Combatido na África por Santo Agostinho, Pelágio se retirou para a Palestina, onde foi enfrentado por são Jerônimo. Conseguiu isentar-se no sínodo particular de Dióspolis, isenção que São Jerônimo chamou “Synodus Miserabilis”. Mas o Papa Inocêncio confirmou a doutrina da Igreja e condenou Pelágio e seus seguidores como herege
3) Nem todos, todavia, como sempre e ate hoje, aceitaram a decisão infalível em fé e moral, papal. Dezoito bispos foram depostos, e um deles continuou a combater Santo Agostinho o africano ate a sua morte em 430. Porem a doutrina desse bispo deposto tomou outra forma o semi Pelagianismo, ou seja: para eles a Graça como defendida pela Igreja violava a liberdade humana. Aceitavam o pecado original, as suas conseqüências, e até a necessidade da graça, porem achava que a graça pode ser merecida pelo esforço do homem (mérito), essa novo erro partia dos monges de Marselha, erro denunciado por São Próspero e Santo Hilário a Santo Agostinho, que também o combateu. O Papa Celestino I no Concilio de Éfeso em 431 condenou o semipelagianismo de Juliano de Eclane.Wallacereq@gmail.com