sexta-feira, 15 de maio de 2009

As Universidades na Idade Média


Universidades na Idade Média
Texto base, muito interessante de Orlando F. levemente adaptado útil e didático para a propagação precisa da idéia do G23HI.

É incrível que professores universitários não saibam o que vou dizer:Se não fosse a Idade Média eles não seriam professores, e professores de Universidades!Pois quem fundou as Universidades foi a Igreja exatamente na Idade Média.Na Antiguidade nunca houve universidades, nem educação para todos. Foi Cristo que ordenou aos Apóstolos: "Ide e ensinai". E, por isso, a Igreja desde os primórdios, sempre ensinou a todos. Foi a Igreja que fundou as Universidades e guardou os livros ( Bíblia quer dizer coleção de Livros, no caso as Sagradas Escrituras).Em Salerno, no sul da Itália, surgiu a primeira faculdade de Medicina.Depois, surgiu a Universidade de Bolonha na qual se estudava inicialmente o Direito.Em Paris nasceu a Sorbonne, na qual ensinaram Santo Alberto, o Grande, São Tomás de Aquino e São Boaventura, entre outros. A Sorbonne ficou famosa como a principal Universidade em teologia e Filosofia. Em Orleans, a Faculdade se notabilizou no Direito Civil, enquanto em Toulouse se destacaram os estudos médicos. Em Montpellier os estudos de Medicina alcançaram alto nível, rivalizando com Salerno. Havia ainda, na França, Faculdades em Angers, Cahors, Gray e Avignon.No século XIII as universidades se espalharam por toda a Europa.Na Inglaterra, Oxford e Cambridge. Na Itália, fundaram-se universidades em Vicenza, Reggio, Arezzo, Padua, Nápoles, Treviso, Pavia, Piacenza, além de Bologna e Salerno, que já citei antes.Em Roma, Siena, e Piacenza tiveram as suas Faculdades. Peruggia se orgulhava de ter uma universidade com muitas Faculdades no século XIV.Havia universidades em Praga, em Colonia, Na Espanha, fundaram-se universidades em Lérida, Huesca, Salamanca, Palencia, Valladolid. Em Portugal, tivemos a nossa famosa Coimbra.No século XIV fundaram-se universidades em Heidelberg, Viena, Leipzig, Koppenhagen, Rostock, Crakow e Erfurt. Na Hungria nasceram as Universidades de Budapest e Pecz. Na Escócia, surgiram universidades em Glaskow e Aberdeen.Por toda a parte havia Universidades, e o número de estudantes era imenso, e, proporcionalmente maior do que em muitos países, hoje.Consta que em Oxford, no século XII, já havia por volta de 20.000 estudantes. Na Sorbonne, o número de estudantes no século XIII era maior do que no século XIX. (Cfr. James J. Walsh, The Thirteenth, Greates of Centuries, Catholic School Press, NewYork, 1929, p.59).E o nível dos estudos, naqueles tempos, era bem maior do que hoje. Na Idade Média, havia debates entre filósofos. Quando São Bernardo foi debater com o famoso Abelardo em Sens, multidões de estudantes se deslocaram para assistir a discussão.Assim como não surge um Everest numa planície amazônica, assim só pode nascer um gênio como Dante em um ambiente cultural elevado, onde haja muitos homens capazes de entendê-lo. Dante é a ponta de um iceberg de cultura. E no tempo de Dante até mesmo os carregadores de barcos no rio Arno, em Florença, repetiam de cor os seus versos.Quantos estudantes universitários de hoje são capazes de ler ( ter interesse) e entender Dante?Desde tempos imemoriais, nas Abadias e nas igrejas paroquiais, havia escolas para os monges e para o povo.( escolas monacais) Ainda no século XIII, em 1215, o IV Concílio de Latrão estabeleceu que em cada Catedral houvesse uma escola de gramática.( escolas Catedralicias) O Papa Honório III, sucessor de Inocêncio III determinou que o Bispo que não tivesse estudado a Gramática de Donato devia ser deposto (Cfr. James J. Walsh, The Thirteenth, Greates of Centuries, Catholic School Press, NewYork, 1929, p.30).É bem conhecido o impulso que Carlos Magno deu às escolas e aos estudos, desde o século VIII e IX. (primeira sistematização publica de ensino para todos).Nas Abadias, foram os monges que preservaram toda a cultura greco-romana, copiando página a página, linha a linha os autores clássicos. Se a cultura clássica chegou até nós, isso se deve à Igreja Católica através dos monges beneditinos. Além disso, os monges copiaram as obras patrísticas, acumulando um tesouro inestimável de cultura.Evidentemente, livros copiados à mão eram caros e raros. Não se conhecia o papel e a imprensa. Mas todas as Abadias, Mosteiros e conventos tinham as suas bibliotecas. Livros eram caros, e muitos eram copiados em letras de ouro e com ricas iluminuras.Estes livros mais caros eram, por vezes acorrentados nas estantes para evitar roubos. Daí a lenda das Bíblias acorrentadas que deviam ser lidas no local das bibliotecas sem poderem ser retirados delas. Mas havia um sistema de empréstimo de livros para consultas. Houve uma determinação de um Concílio de Paris, em 1212, sobre o empréstimo de livros como obra de caridade (cfr. Joan Evans, The Fowering of the Middle Ages, Thames and Hudson, London,1966 pp. 193-195). É falsa a alegação da ignorância da Idade Média. (como também é falso o domínio das letras na Antiguidade Clássica) Para esses (os que pensam assim) a cultura nasceu de repente, no Renascimento, (que era simplesmente uma volta aos textos da cultura Greco Romana, guardadas e traduzida pela Igreja). O Renascimento fugindo dos elevados ideais do Cristianismo,foi o responsável pela morte de muitas coisas boas, pois foi ele que trouxe de volta o paganismo com seus vícios e com a escravidão.. (principalmente a escravidão ao pecado)
Texto retirado de Blog Católico.
Em 1996, em Brasília, eu, Wallacereq@gmail.com, publiquei um texto titulado: “A Igreja e a Educação no Brasil". Logo que o reencontrar em nosso arquivo digital, o disponibilizarei. Haverei de retirar, no entanto, o capítulo que fala da Igreja e a Educação no Brasil, pois é assunto que diz respeito à Idade Moderna. Todavia, o histórico da Idade Média, base do que aconteceria no Brasil, ali contido, é preciso e esclarecedor aos detalhes no rico texto do original. O texto base daquela pesquisa, foi a História da Humanidade de F. Laurent,professor da Universidade de Gand, constituindo-se em ( O papado e o Império) ( O Oriente e O Ocidente) obra de 1869, em 18 volumes, publicada na França em Paris, por A. Lacroix Éditeurs.