terça-feira, 19 de maio de 2009

Levantando o véu.


Levantando a ponta do véu.

Dizia Hamlet: “Que obra prima é o homem. Quão nobre de inteligência! Quão versátil em poderes! Na ação é um anjo, na compreensão como um deus! Revestido, porém, de breve e diminuta autoridade (ascendência sobre seus semelhantes), homem, ó soberbo homem, ignorante ao Maximo daquilo que te gabas de saber melhor, a tua essência vítrea, ó macaco zangado, pratica diante do céu, atrocidades tamanhas que fazem os anjos chorar!”

Já disse alguém que o mito se exprime mais profundamente do que a ciência; e que a poesia conta melhor do que a história. Ou talvez a Ciência seja o mito do homem atual e a História a tentativa de poetizar a realidade ().
A fé é superior à Filosofia.

Existe realmente grande diferença entre a filosofia cristã e a sabedoria desse mundo. Guiada só pela luz da razão, pode essa desenvolver-se aos poucos, pelo conhecimento dos efeitos e pela experiência dos sentidos. Mas só depois de longos esforços é que chega afinal a contemplar, com dificuldade “As coisas invisíveis de Deus”; a reconhecer e compreender a Deus como causa primeira de todas as coisas.
A fé pelo contrario, aumenta de tal maneira a penetração natural do espírito, que este pode sem esforço elevar-se ate o céu, e, inundado de luz divina, contemplar primeiro o próprio foco de toda a luz, e de lá todas as coisas colocadas de baixo de seu clarão. Num transporte de jubilo, sentimos então que “das trevas, como diz o Príncipe dos apóstolos, fomos chamados para uma luz admirável” (1Petrus 2,9); e nessa fé exultamos de inefável alegria.
É, pois, com razão que os fiéis professam em primeiro lugar sua fé em Deus, cuja Majestade, numa expressão de Jeremias, dizemos ser incompreensível. Deus habita numa luz inacessível, como diz o apostolo, e nunca foi nem pode ser visto por homem algum (1Tm 6,16). Ele mesmo disse a Moisés: Não pode o homem ver-me e continuar com vida.
Com efeito, para chegar até Deus, o mais transcendente de todos os seres, é preciso que nossa alma se desfaça totalmente das faculdades sensitivas. Isto, porém, não nos é possível por lei da natureza, enquanto durar a vida presente.
Ainda assim, como diz o apóstolo (Act. 14,16) Deus não deixou de dar testemunho sobre Si mesmo, dispensando benefícios, mandando chuvas do céu, dando alimento, e enchendo de alegria o coração dos homens.
Assim o mais importante sucessor de Clóvis na dinastia dos Merovíngios foi Dagoberto, depois dele vieram uma sucessão de reis chamados indolentes, os indolentes reis francos ( francos povo germânico).
O poder nessa época era exercido pelo prefeito do Palácio, também chamado mordomos (mor= maior+ domo=cúpula) que eram os intendentes da casa real. Um prefeito do palácio real chamado Carlos Martel, venceu na batalha de Pointiers, em 732, os árabes que ocupavam a Espanha e haviam invadido a Gália. Seu filho Pepino o Breve, tornou-se tão poderoso que com a aprovação do sucessor do apóstolo Pedro, destronou Childerico III, rei merovíngio dos francos. (pelo menos é o que dizem os livros). Assim coroado rei dos francos, Pepino o Breve inaugurou a segunda dinastia dos francos, a dinastia Carolíngia.

Sob o ponto de vista da Igreja o acontecimento mais importante do governo de Pepino o Breve foi a doação da Lombardia ao sucessor de Pedro. Esses domínios tornaram-se o Patrimônio de São Pedro, e os sucessores de Pedro que já possuíam grande poder moral e espiritual junto ao povo, tornavam-se também chefes de Estado (poder temporal).

Carlos Magno, filho de Pepino, foi o maior soberano da Idade Média. Empreendeu guerra com quatro povos distintos: Sarracenos (árabes que invadiram a Espanha), os Lombardos, os saxões e os ávaros, povo do mesmo tronco racial dos hunos. Os Lombardos que tiveram suas terras, perdidas em guerra com Pepino e doadas aos Papas, ameaçavam tomá-las invadindo Roma. O Papa pede socorro a Carlos Magno, que desceu à Itália, venceu aos inimigos e apoderou-se da coroa de Ferro dos Lombardos (povo germano cristão) apoderando-se da famosa Coroa de Ferro, que dizem ter sido feita com um prego da cruz de Jesus.

Os saxões habitavam o norte da Germânia, região entre os rios Elba e Reno. Foram necessárias dezoito batalhas para vencê-los. Vencidos ,Carlos Magno mandou construir estradas, fortalezas, escolas e igrejas.

Na luta contra os sarracenos (árabes da Espanha), tiveram que recuar com a morte de Rolando. Para fechar a porta aos sarracenos fundou o Reino Cristão de Aquitânia. Que impediu os muçulmanos de tomarem toda a Europa.

Na guerra com os ávaros que moravam no território que seria hoje a Hungria, Carlos Magno apoderou-se do seu “ring” anel fortificado onde encontrou grandes riquezas, no domínio dos ávaros Carlos Magno criou um domínio militar chamado Marca de Este, que deu origem a Áustria. ( Borges Hermida). O militar que comandava a Marca era chamado marquês.
Carlos Magno administrava seu reino através de Condados, administrado pelos condes, e pela Marcas Militares, administradas pelos marqueses, certo numero de marcas e condados eram administrados por um Duque. Freqüentemente Carlos Magno enviava um mínimo de dois emissários de sua confiança para fiscalizar essas regiões, muitas bem afastadas.

Convencido e inspirado pelo seu tutor de que as Sagradas Escrituras não poderiam ser bem lidas e entendidas por analfabetos, Carlos Magno ordenou que fosse fundada em cada Convento de seu vasto Império uma escola onde o povo aprendesse religião, gramática e cálculo. Iniciou fundando em seu próprio palácio uma escola, que por isso chamou-se Escola Palatina. (= Palaciana).
Em 800, o sucessor de Pedro, lhe corou com a coroa Romana, desse modo era recriado o Sacro Império Romano dos Francos que houvera desaparecido em 476, quando Odoacro destronou o Imperador romano Rômulo Augústulo.

O sucessor de Carlos Magno, Luiz o Pio, morreu combatendo seus próprios filhos, com os quais havia dividido seus domínios. No tratado de Verdum em 843, foi feita a divisão definitiva do SacroImpério: França; Germânia (Alemanha) e a Lotaríngia, essa constituída pela Itália, Borgonha e um território do Vale do Reno. A França foi invadida pelos normandos escandinavos vindos de uma península onde hoje fica a Sécia e a Noruega. Posteriormente o rei Franco da dinastia dos Carolingios, sedeu a Rolão, chefe dos normandos um território que ainda hoje se chama Normandia.
O último rei carolíngio da França, foi Luis V.
Na Germânia, depois dos carolíngios, reinou Oto I, que como Carlos Magno foi coroado Imperador em Roma, fundando-se mais uma vez o ( Sacro) Império Romano do Ocidente, dessa vez constituido apenas pela Itália e Germânia (Alemanha) com o nome de Sacro Império Romano Germânico.

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