O Islamismo.
Na verdade Muhammad-ibn-Abdallag-Mottalib (Maomé) não teve ou tinha a pretensão de criar uma nova religião, ele se apresentava como profeta de uma religião antiga ligada a Abraão que o cristianismo e o judaísmo haviam falsificado. Um profeta é um homem capaz de profetizar, ou seja, prever o futuro, e Maomé previa uma catástrofe iminente que nunca aconteceu.
Como eu gostaria de escrever como um Leon Tolstoi, para ser claro e resoluto no que tenho a vos dizer. Não tendo aquele dom, ofereço o que tenho.
Se formos atentos ao texto precedente a esse, vemos já uma diferença fundamental entre o Islamismo e o cristianismo. O cristianismo era uma religião de mártires, a começar pelo Martírio de Jesus Cristo, seguido pelo de Santo Estevão, martirizados pelos judeus, Pedro e Paulo, martirizado pelos Romanos, e um rosário infindável de mártires que eram lançados aos leões, cozidos em tachos de azeite, decapitados, presos e mortos. A mensagem era absolutamente contraria a proposição do Islam. Maomé se propunha a uma ação, mais ao tipo de Barrabás, o guerrilheiro judeu escolhido pela nação hebraica em detrimento de Cristo. Para Maomé, a espada era a chave do céu, e sua plêiade de seguidores acima de tudo guerreiros. Alguém poderá dizer esses cristãos eram uns fracos, o que não é verdade, é preciso muita coragem para morrer em nome da paz, do que matar em nome dela. Porém essa atitude, não desobrigava ao cristão a lutar seja para defender a própria vida, seja para defender seus ideais, como veremos a posterior ao estudarmos as Cruzadas. Se Maomé tivesse tido a oportunidade de ler os Evangelhos, outras seriam as suas conclusões, outras seriam as suas atitudes, e Jesus Cristo, para ele não seria um profeta menor, a serviço da falsificação das antigas tradições... Imaginem se Maomé tivesse lido o que vou transcrever: Lucas 24,35-48. “Ainda estavam falando, quando o próprio Jesus apareceu no meio deles e lhes disse:” A paz esteja convosco!”
Eles ficaram assustados e cheios de medo, pensando que estavam vendo um fantasma. Mas Jesus disse: Porque estais preocupados e porque tendes duvidas no coração?
Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Tocai em mim e vede! Um fantasma não tem carne, nem ossos, como estais vendo que eu tenho. E dizendo isso, Jesus mostrou-lhes as mãos e os pés. (...) Então Jesus disse: Tendes aqui alguma coisa para comer? Deram- lhe um pedaço de peixe assado.
Ele o tomou e comeu diante deles.
Depois disse-lhes: Foi dessas coisas que lhes falei quando ainda estava convosco: era preciso que se cumprissem tudo o que esta escrito sobre mim na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos. Então Jesus abriu a inteligência dos discípulos para entenderem as Escrituras, e lhes disse: Assim esta escrito: O Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia.
A Ressurreição e a segurança da existência da vida espiritual, único caminho para a paz diante das flagrantes injustiças humanas, fruto dos pecados dos homens, que tem gerado na história da humanidade tantas Guerras, sendo elas também grandes injustiças que exterminam vidas inocentes aos milhares.
O Islam. propunha a submissão pelas armas.
Depois da morte de Maomé, os sucessores (califas= lugar tenente) chefiaram expedições conquistadoras e predatórias a países vizinhos em primeiro lugar (coisa que Maomé não fizera) e depois a países distantes da Arábia.
Esse avanço bélico (vejam que o Cristianismo não se armou nos oito primeiros séculos, os Romanos, belicistas e militaristas é que vieram ao encontro do cristianismo, e a conversão de alguns imperadores, e através dele a conversão de seus povos, fez o nome de cristãos estarem ligados a missões militares imperiais agora ditas cristãs, mas não foi essa a mensagem do Senhor Jesus, por exemplo: Ao prenderem Jesus Cristo, Pedro saca da espada e corta a orelha a Malcolm, Jesus milagrosamente restituiu a orelha a Malcolm, e manda Pedro guardar a espada, nos deixando nas entrelinhas a seguinte e clara mensagem: não converteremos pela espada, mas pela palavra, Malcolm precisaria ouvir, ler as Sagradas Palavras do Mestre da Paz.
Mas os seguidores dos califas, já não pensavam assim: O Califa Abu Bekr (632 -34) e Omar (634-44) conquistaram a Palestina, a Siria, o Egito e a Pérsia. Assim os patriarcados de Antioquia (637), Jerusalém (638) e Alexandria Ficaram sob a dominação muçulmana. Tornou-se instável e impraticável a condição de cristãos e judeus que habitavam aquelas terras, e tal situação prolongada nos tempos explicará o surto das cruzadas na Idade Média. Deve-se assinalar que as divisões heréticas do cristianismo colaboraram conscientemente com a invasão muçulmana, pois no Egito, por exemplo, os monofisistas chegaram a saudar a chegada doas tropas islâmicas que os livrariam da autoridade de Bizâncio, e quiçá tenham algo a ver com o incêndio da Biblioteca de Alexandria queimada pelos muçulmanos. Já o califa Othman (644- 56) mandou invadir também a Armênia, o Chipre e também Cartago no Norte da África. Cartago grande centro cristão caiu nas mãos muçulmanas em 698 e assim as tropas foram avançando para o ocidente africano ate Marrocos, e dali invadiram atravessando este estreito do Mediterrâneo a Espanha de Sul a Norte chegando a Pointers na França; Por outro lado, no outro lado do Mediterrâneo, Constantinopla sofria intenso cerco nos anos 717-18, mas resistiu. Então em 750 ate 1258, o califado muçulmano estabeleceu sua sede do Império Califado em Bagdá.
Um autor nos diz: “O ideal de uma teocracia muçulmana (como também acontece no Sionismo) ate hoje é muito viva; preconizam um Império terrestre regido pelo poder religioso, tenha se em vista o que ocorre hoje no Irã e Paquistão. Este império terrestre para expandir-se ou defender-se conta com cidadãos belicosos, pois a Ben aventurança terrestre é prometida não aos pacíficos, mas aqueles que morrem na Guerra Santa. No passado como hoje, em tais condições torna-se instável a sobrevivência dos cristãos e, mais ainda, a expansão missionária dos cristãos.
Nos próximos textos, falaremos no mundo analfabeto: cristãos, judeus, muçulmanos e demais povos. Falaremos do Império do Islam.