domingo, 1 de fevereiro de 2009

O Cáucaso e sua montanhas.

O Cáucaso.
Não quero que você leia esse texto como uma verdade histórica ou antropológica. Quero que você leia e deixe sua imaginação navegar.
É interessante como os homens procuram suas origens comuns, todavia e ao mesmo tempo, estão paralelamente procurando diferenças de origem, de modo a encontrara um identidade, familiar, grupal, racial.
Todavia se você faz notar que a História de um Dilúvio Universal faz parte das tradições de povos nos cinco continentes, você imediatamente emburra, e diz: é mito. Meia hora depois você discute e briga pela origem semita de tal e tal (origem no dilúvio). No final da tarde, você discute se os romanos eram ou não indo-europeus, tudo isso para que? O homem teve diversas origens sobre o planeta? Teve apenas uma que se expandiu? O que queremos com essas explicações e questões? Determinar quais de nós são os melhores? Quais devem dominar sobre os outros? Que origem é superior a qual?
Na minha infância foi Monteiro Lobato o primeiro a me fazer ver, que se você voltasse ao passado, em Atenas, por exemplo, e chamasse alguém de grego, ele não saberia do que você estava falando. Ou se você tivesse estudado o grego, e voltasse ao passado, para ensinar grego, ninguém saberia do que você estava falando, posto que grego fosse o nome que os Romanos deram ao povo Heleno, e a sua língua, mas os gregos jamais se chamaram assim na Antiguidade. Estudamos um Império Grego, que nunca foi grego, mas sim helenístico, lemos sobre Hércules, que jamais foi chamado assim. Seu nome era Heracles.
Considerado o mundo geográfico como é hoje, se você partisse por terra, da Índia para a Europa, ou vice versa, teríamos que passar ou pelo Iraque, Palestina e Siria, ate a Turquia, ou pelo Cáucaso, vindo do Irã. Os helenos eram povos indo europeus como os romanos, e também os bárbaros e iranianos. Ninguém sabe de fato se isso é verdadeiro, pois isso não passa de uma tese sobre a origem das palavras, que levam a esses grupos antigos a terem radicais comuns. Repetimos isso, e dividimos os povos como se essa divisão justificasse alguma coisa em termos de origem.
Imaginem uma mãe que teve dez filhos. Todos tiveram origem na mesma mãe terra. Uns nasceram antes, outros depois, alguns como no caso de gêmeos, simultaneamente, alguns nasceram na mesma (cidade) local, outros noutros locais, mas a origem é comum. A explicação é diversa.
O Cáucaso é uma barreira natural, de montanhas altíssimas e nevadas, separando a Armênia, Geórgia e Rússia. Ela corre em orientação levemente inclinada para noroeste, no sentido leste oeste, ligando o Mar Negro ao Cáspio. Um dos seus maiores vulcões chega a atingir 5.000 metros de altura. Digo com isso que essa barreira natural, ou fixou povos migrantes, no seu entorno, ou deu-lhes trabalho para vencer os obstáculos. Vulcões todos sabem, são usinas de fundição natural, derretendo rochas e minerais metálicos ou não em ligas variadas. Os povos que viveram nas proximidades de vulcões rapidamente deixaram a idade da pedra, para a idade dos metais e o uso do fogo. Isso os avantajava diante de outros povos que não conheciam a fundição, nem as águas termais, nem tinham por fantasia as profundezas da terra.
Assim o Cáucaso, é tido como origem de muitos povos, incluindo os Helenos e Romanos em um dos seus ramos formadores.
Diz o bom senso, que os homens, salvo uma teimosia absoluta, e orgulho aventureiro, procuram dar solução aos problemas pelos caminhos mais fáceis. Ora contornar o Cáucaso, é de bom senso fazê-lo pelas águas do Mar, fosse pelo Mar Negro, fosse pelo Cáspio. Então esses povos, além de terem a experiência da metalurgia natural, teriam tido da navegação. Mas antes de navegar, como toda a história da humanidade comprova, eles seguiam os leitos dos rios, e as margens dos mares, portanto, podemos supor que esses povos através dos séculos, circundaram tanto as margens do Mar Cáspio (mar interior) como tentaram a volta no entorno do Negro (mar aberto) Isso significa acreditar que esses povos conheceram as estepes da Rússia, a Armênia de hoje, a Geórgia, a Siria, a Turquia, e cruzaram o estreito do Egeu, para adentra-se na Europa, se esse era o sentido de sua migração, ou da Europa vieram pelos mesmos caminhos para chegar à longínqua Índia.
Você acha impossível, dada a questão do semitismo a meio caminho, mas não acha impossível que essas populações do Cáucaso, ou de mais orientais paragens tenham atravessado o estreito de Bering para popular as Américas. E se foi ao contrário?
Monteiro Lobato nos diz que eles eram de grande estatura, brancos, e belos, e foram sem duvida formadores dos Helenos. Eu não vou discutir.
Mas apenas como curiosidade, existe um livro do pós Guerra, que nos conta que um aviador Russo, teria visto algo parecido com a estrutura de um navio, no topo de uma das montanhas dos montes Urais. Essa cordilheira, mais extensa do que o Cáucaso, corta a Rússia em dois, de norte a Sul, dividindo-a em duas regiões geograficamente bem definidas. O Piloto fotografou aquilo que lhe pareceu um enorme barco. Voltou ao lugar da descoberta, voado, mas o gelo já havia acobertado aquilo que ele acreditou ser a Arca de Noé. Vou dizer que o fato seja verdadeiro, mas não se pode negar a possibilidade, posto que, se assim fosse, os povos todos haveriam ter descido as montanhas da Cordilheira Asiática conhecida como Montes Urais. Todavia esse Dilúvio Universal, nunca foi comprovado pela geomorfologia, o que não nega, mas levanta suspeita quanto a sua possibilidade histórica. Todavia outras pistas narradas na Sagrada Escritura, também foram negadas pela ciência, e hoje são fatos incontestáveis, como testemunhos arqueológicos indiscutíveis.
Origem na África, na Europa, na Ásia, na América, na Oceania, que diferença faz? Origem comum em Adão, nos filhos de Noé após o Dilúvio, ou na filiação sobrenatural em Jesus Cristo, o apelo é o mesmo, somos povos sim, com territórios sim, mas somos irmãos na Espécie Humana.