sábado, 31 de janeiro de 2009
Os Zelotas, quem foram?
Os Zelotes ou Zelotas. (e a morte de São Paulo)
Todos sabem que João Batista foi decapitado. Essa terrível tradição de matar e levar a cabeça como prova da execução por encomenda atravessou os séculos. Tiradentes teve sua cabeça exposta em praça publica, Lampião e seus seguidores tiveram suas cabeças expostas, e Che Guevara teve seus dedos amputados, como prova de missão cumprida.
O que eu não sabia, e muitos como eu não sabem, é que São Paulo foi decapitado, não pelos romanos, mas em Roma, na via Ostiense, pelos Zelotas. Teve também sua cabeça arrancada como prova de missão cumprida. (352 Apêndices, NT. Vozes) ( imagem acima Perseu de Bevenutto Cellini)
O cristão deveria saber, e não esquecer, que o Judeu, da casta dos Fariseus, convertido ao universalismo cristão a caminho de Damasco, e recebido pelo Sacerdote judeu-cristão Ananias (cujo nome em hebraico quer dizer “O senhor compadeceu-se”,... de Saulo de Tarso, chamado agora Paulo, recolhido a um deserto por longos três anos, agora coluna da Igreja, era tido desde então como traidor da causa israelita, e tinha sua cabeça a prêmio. (nem os romanos, nem os judeus o queriam)
Quem eram os Zelotes? Ou zelotas?
Era um grupo de judeus fanáticos, apegados à lei, nacionalistas e resistentes aos romanos ( isso por si só não é um mal). Sua rebeldia foi a causa principal da expulsão dos Judeus de Roma em 49, e também a principal causa da destruição do templo de Jerusalém em 70. É obvio que os judeus discordarão afinal eles têm sempre razão..., mas foi em nome dessa razão é que os Zelotes decapitaram São Paulo em Roma, provocaram a Segunda Guerra Mundial e estão em vias de provocar a Terceira. Mas não diga isso porque você será visto como anti-semita, embora isso seja verdade, não deve ser dito. A base do pensamento zelota na Palestina foi o fundamento para a criação do Estado de Israel em 1948 como se pode deduzir nas entrelinhas. (Ler o Estado Judeu de T. H.) Se você tem alguma iniciação no judaísmo, saberá que eles (os zelotas) foram o sustentáculo de Judas Galileu quando organizou uma revolta contra os romanos ao tempo do procurador Quintílio Varão e também posteriormente conta o procurador Tibério Alexandre. Embora os judeus se orgulhem da ação dos zelotas entre 66 e 70 (época em que eles decapitaram São Paulo em Roma) eles foram o motivo real pela destruição do Templo. Lamentável teimosia, para tornar o Templo: O eterno muro das lamentações.
Enquanto isso, nos primeiros séculos, milhares de Judeus Cristãos (não somente Jesus e os apóstolos), aderiam à mensagem universalista salvítica destinada a todos os povos e para todos os povos, pela ordenação de Cristo, “ ide dar a noticia a todos os povos” (não no sentido antinacionalista, enquanto ordenação e soberania política), mas no sentido do anti-sectarismo racial, (enquanto presunção de exclusiva salvação racial).
Wallace.
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Não subestimar o que foi aquele tempo.
É preciso não subestimar.
Muitos de nós, por vezes duvidamos da importância dos mosteiros, e do clero, para a preservação das escrituras cristãs, de escritos eclesiológicos, comentários e documentos, durante o período das invasões bárbaras. Isso de deve àquela visão errônea de que Roma estava sendo atacada, e que Jerusalém, Alexandria, Antioquia, haveriam de preservar o cristianismo. Mas não foi assim.
Diz o cronista: Podemos sentir o estado de ânimo temeroso dos cristãos através das palavras de São Jerônimo (morto em 420):
“Meu coração estremece pensando nos desastres do nosso tempo. Eis mais de vinte anos que entre Constantinopla e os Alpes Julianos o sangue romano é derramado diariamente... Quantas damas, quantas virgens de Deus (acredito que falava das consagradas), quantos corpos nobres e delicados não foram joguetes nas mãos dessas feras selvagens? Os Bispos são levados ao cativeiro, os sacerdotes assassinatos juntamente com clérigos de diversas Ordens; as igrejas são devastadas, os cavalos amarrados junto dos altares de Cristo como em estrebaria; os despojos dos mártires são extraídos da terra (creio que se refira a túmulos). Em toda a parte a luto, gemidos e a sombra de morte. O mundo romano desmorona,... Tivesse eu cem línguas, cem bocas, uma voz de Bronze, nunca, nunca eu poderia contar tantas desgraças” (epistolas IX, 16).
Em 410 Alarico penetrou e saqueou Roma, São Jerônimo da o seguinte testemunho em 411:
“Hoje quis aplicar-me ao estudo de Ezequiel; mas, momento preciso em que comecei a ditar (veja que Jerônimo o sábio tradutor da Bíblia, ditava a escribas), senti tal perturbação pensando na catástrofe do Ocidente (referia-se a Roma) que como diz o provérbio me faltaram às palavras. Por longo tempo fiquei em silêncio bem consciente que estamos na época das lagrimas.
Neste mesmo ano, depois que explique três livros de Ezequiel, uma subitânea invasão de bárbaros... desencadeou-se como uma torrente sobre o Egito, a Palestina,a Fenícia( hoje Líbano) a Siria, tudo arrastando consigo” (Epistolas 126, 5)
Escreveu ainda São Jerônimo:
“Quem teria acreditado que essa Roma, construída sobre vitórias obtidas em todo o universo, viesse um dia a desmoronar? Quem teria acreditado que, para os seus povos, Roma viria a ser mãe e sepulcro?... Que todas as regiões do Oriente, do Egito e da África se cobriam de escravos (homens e mulheres) vindos de Roma, outrora senhora do universo?” (Prefacio do Livro III, XXV).
Não foi mole.
Os visigodos foram os primeiros povos germânicos a abraçar o cristianismo. No século III alguns de seus indivíduos tornaram-se católicos por obra de prisioneiros, escravos e ou missionários. Todavia o grande arauto entre eles foi Ufilas (311-383) ariano; ordenado Bispo dos Godos por Eusébio Bispo ariano de Nicomédia. Os visigodos foram o foco de conversão do mundo Oriental, de modo que o s Germanos do Oriente se tornaram cristãos sob o signo da heresia ariana.
Todavia os Francos, também germânicos, na segunda metade de quinto século, passaram do Reno Para a Gália. Clodoveu ou Clovis (481-511) casado com uma cristã resolveu batizar seus dois filhos. Depois de uma vitória contra os alamanos (alamanos, não alemães, os primeiros são origem dos segundos) Clovis recebe o Batismo das mãos de São Remígio de Rheins em 496, e como rei fez batizar seus três mil homens. Assim Clovis se fez católico e não ariano, e apresentou-se as autoridades religiosas como protetor da ortodoxia (não confundir como igrejas ortodoxas separadas coisa que ocorrerá séculos adiante). Essa declaração valeu para a França, terra dos francos (germânicos) o titulo de filha primogênita da Igreja. Os sucessores de Clovis tornaram-se politicamente intrusos da igreja, forçando um breve “Cesaropapismo”, ingerência do poder civil, no poder religioso, agora Ocidental, coisa vivenciada ate então, pela Igreja no Oriente.
Ostrogodos e Vândalos extinguiram-se sob a heresia ariana, já os Francos, Suevos, Visigodos, burgúndios tornaram-se católicos. Toda a preservação da cultura cristã se preservou e irradiou a partir dos Mosteiros, que eram focos de espiritualidade, cultura e missão evangelizadora.
As invasões das tribos germânicas atrasaram em certa medida a vivência do Cristianismo, ainda no século sexto, São Gregório Magno, Papa, referia-se ao paganismo existente na Córsega, Sardenha e regiões distantes. Calcula-se (não sei como) que por volta dos anos 600 era de 6ª 7 milhões de cristãos no Ocidente, numa população total de 10 milhões de almas. Acontece que os germânicos se convertiam segundo os seu lideres, o que por vezes significava uma conversão sem catequese, vivendo um cristianismo cheio de superstições (astrologias e magia).
No próximo texto, para fixar e não fazer confusão dará uma rápida pincelada no desenvolvimento do cristianismo de Estado (380) com Teodósio e seus filhos Arcádio (395-408) no Oriente e Honório (395-423) no Ocidente. Pois é preciso perceber que ao mesmo tempo em que o Império tentava implantar o cristianismo, em seus povos, as “hordas” pagãs invadiam trazendo múltiplas desordens, e convertiam-se para o arianismo. Assim será importante olharmos novamente para o fenômeno do decreto de Teodósio, contra os arianos, que negavam a divindade de Cristo, heresia ate os nossos dias praticados por grupos cristãos extra Igreja. Tanto a iniciativa de Constantino em 311, como a de Teodósio em 380, eram atitudes de combate à idolatria e ao politeísmo (todavia a idolatria nada tem a ver com a proibição de imagens, era o combate aos deuses pagãos, chamados ídolos, a iconografia e os iconoclastas, que combatiam as imagens cristãs, numa errônea interpretação do texto bíblico do Velho testamento, portanto das tradições judaicas, é movimento herético bem posterior, condenado pela Igreja. Quando fizermos essa revisão dos decretos que facilitara a expansão do cristianismo e sua unidade, entraremos, se Deus quiser prudentemente na descrição dos principais desvios da fé sofridos nos séculos IV e V (quarto e quinto). Veremos também o surgimento dos monges copistas que copiavam comentavam e traduziam a literatura cristã e Clássica (Greco Romana) principalmente Aristóteles e Platão numa atividade que se estenderá até o século décimo. O pensamento de Alexandria estava impregnado das praticas mágicas pagãs.
Muitos de nós, por vezes duvidamos da importância dos mosteiros, e do clero, para a preservação das escrituras cristãs, de escritos eclesiológicos, comentários e documentos, durante o período das invasões bárbaras. Isso de deve àquela visão errônea de que Roma estava sendo atacada, e que Jerusalém, Alexandria, Antioquia, haveriam de preservar o cristianismo. Mas não foi assim.
Diz o cronista: Podemos sentir o estado de ânimo temeroso dos cristãos através das palavras de São Jerônimo (morto em 420):
“Meu coração estremece pensando nos desastres do nosso tempo. Eis mais de vinte anos que entre Constantinopla e os Alpes Julianos o sangue romano é derramado diariamente... Quantas damas, quantas virgens de Deus (acredito que falava das consagradas), quantos corpos nobres e delicados não foram joguetes nas mãos dessas feras selvagens? Os Bispos são levados ao cativeiro, os sacerdotes assassinatos juntamente com clérigos de diversas Ordens; as igrejas são devastadas, os cavalos amarrados junto dos altares de Cristo como em estrebaria; os despojos dos mártires são extraídos da terra (creio que se refira a túmulos). Em toda a parte a luto, gemidos e a sombra de morte. O mundo romano desmorona,... Tivesse eu cem línguas, cem bocas, uma voz de Bronze, nunca, nunca eu poderia contar tantas desgraças” (epistolas IX, 16).
Em 410 Alarico penetrou e saqueou Roma, São Jerônimo da o seguinte testemunho em 411:
“Hoje quis aplicar-me ao estudo de Ezequiel; mas, momento preciso em que comecei a ditar (veja que Jerônimo o sábio tradutor da Bíblia, ditava a escribas), senti tal perturbação pensando na catástrofe do Ocidente (referia-se a Roma) que como diz o provérbio me faltaram às palavras. Por longo tempo fiquei em silêncio bem consciente que estamos na época das lagrimas.
Neste mesmo ano, depois que explique três livros de Ezequiel, uma subitânea invasão de bárbaros... desencadeou-se como uma torrente sobre o Egito, a Palestina,a Fenícia( hoje Líbano) a Siria, tudo arrastando consigo” (Epistolas 126, 5)
Escreveu ainda São Jerônimo:
“Quem teria acreditado que essa Roma, construída sobre vitórias obtidas em todo o universo, viesse um dia a desmoronar? Quem teria acreditado que, para os seus povos, Roma viria a ser mãe e sepulcro?... Que todas as regiões do Oriente, do Egito e da África se cobriam de escravos (homens e mulheres) vindos de Roma, outrora senhora do universo?” (Prefacio do Livro III, XXV).
Não foi mole.
Os visigodos foram os primeiros povos germânicos a abraçar o cristianismo. No século III alguns de seus indivíduos tornaram-se católicos por obra de prisioneiros, escravos e ou missionários. Todavia o grande arauto entre eles foi Ufilas (311-383) ariano; ordenado Bispo dos Godos por Eusébio Bispo ariano de Nicomédia. Os visigodos foram o foco de conversão do mundo Oriental, de modo que o s Germanos do Oriente se tornaram cristãos sob o signo da heresia ariana.
Todavia os Francos, também germânicos, na segunda metade de quinto século, passaram do Reno Para a Gália. Clodoveu ou Clovis (481-511) casado com uma cristã resolveu batizar seus dois filhos. Depois de uma vitória contra os alamanos (alamanos, não alemães, os primeiros são origem dos segundos) Clovis recebe o Batismo das mãos de São Remígio de Rheins em 496, e como rei fez batizar seus três mil homens. Assim Clovis se fez católico e não ariano, e apresentou-se as autoridades religiosas como protetor da ortodoxia (não confundir como igrejas ortodoxas separadas coisa que ocorrerá séculos adiante). Essa declaração valeu para a França, terra dos francos (germânicos) o titulo de filha primogênita da Igreja. Os sucessores de Clovis tornaram-se politicamente intrusos da igreja, forçando um breve “Cesaropapismo”, ingerência do poder civil, no poder religioso, agora Ocidental, coisa vivenciada ate então, pela Igreja no Oriente.
Ostrogodos e Vândalos extinguiram-se sob a heresia ariana, já os Francos, Suevos, Visigodos, burgúndios tornaram-se católicos. Toda a preservação da cultura cristã se preservou e irradiou a partir dos Mosteiros, que eram focos de espiritualidade, cultura e missão evangelizadora.
As invasões das tribos germânicas atrasaram em certa medida a vivência do Cristianismo, ainda no século sexto, São Gregório Magno, Papa, referia-se ao paganismo existente na Córsega, Sardenha e regiões distantes. Calcula-se (não sei como) que por volta dos anos 600 era de 6ª 7 milhões de cristãos no Ocidente, numa população total de 10 milhões de almas. Acontece que os germânicos se convertiam segundo os seu lideres, o que por vezes significava uma conversão sem catequese, vivendo um cristianismo cheio de superstições (astrologias e magia).
No próximo texto, para fixar e não fazer confusão dará uma rápida pincelada no desenvolvimento do cristianismo de Estado (380) com Teodósio e seus filhos Arcádio (395-408) no Oriente e Honório (395-423) no Ocidente. Pois é preciso perceber que ao mesmo tempo em que o Império tentava implantar o cristianismo, em seus povos, as “hordas” pagãs invadiam trazendo múltiplas desordens, e convertiam-se para o arianismo. Assim será importante olharmos novamente para o fenômeno do decreto de Teodósio, contra os arianos, que negavam a divindade de Cristo, heresia ate os nossos dias praticados por grupos cristãos extra Igreja. Tanto a iniciativa de Constantino em 311, como a de Teodósio em 380, eram atitudes de combate à idolatria e ao politeísmo (todavia a idolatria nada tem a ver com a proibição de imagens, era o combate aos deuses pagãos, chamados ídolos, a iconografia e os iconoclastas, que combatiam as imagens cristãs, numa errônea interpretação do texto bíblico do Velho testamento, portanto das tradições judaicas, é movimento herético bem posterior, condenado pela Igreja. Quando fizermos essa revisão dos decretos que facilitara a expansão do cristianismo e sua unidade, entraremos, se Deus quiser prudentemente na descrição dos principais desvios da fé sofridos nos séculos IV e V (quarto e quinto). Veremos também o surgimento dos monges copistas que copiavam comentavam e traduziam a literatura cristã e Clássica (Greco Romana) principalmente Aristóteles e Platão numa atividade que se estenderá até o século décimo. O pensamento de Alexandria estava impregnado das praticas mágicas pagãs.
Para você acreditar.
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É possivel que as pessoas habituadas com a virtualidade da Internet, ja não acreditem mais em nada. Então duvidam, e essa é a base da construção da sociedade virtual, a dúvida. A duvida demove o cidadão dos seus objetivos, e o faz vacilar. Assim, o governo Mundial, vai sendo construido, enquanto os valores cristãos vão sendo demolidos. Trago aqui a folha de capa de um livro editado em 1864 portanto a cento e quarenta e cinco anos atrás. É tão grande a importancia desse período para a História do Cristianismo, que o Sionismo, cria um conjunto de jogos pela Internet, que perturba e distrai a analise da "Idade de Ouro", fazendo que as pessoas, não só falsifiquem essa história, mas criem centros afeticos aos estilo dos Conans, e países e reinos imaginarios, como seus bruxos, magia, e ideologias. Tudo para negar a vitória do Cristianismo sobre a massa de " de heresias" do período.
Como pode a doutrina do judeu pacifico e anti-sectário sobreviver ao ataque desse período de força?
É possivel que as pessoas habituadas com a virtualidade da Internet, ja não acreditem mais em nada. Então duvidam, e essa é a base da construção da sociedade virtual, a dúvida. A duvida demove o cidadão dos seus objetivos, e o faz vacilar. Assim, o governo Mundial, vai sendo construido, enquanto os valores cristãos vão sendo demolidos. Trago aqui a folha de capa de um livro editado em 1864 portanto a cento e quarenta e cinco anos atrás. É tão grande a importancia desse período para a História do Cristianismo, que o Sionismo, cria um conjunto de jogos pela Internet, que perturba e distrai a analise da "Idade de Ouro", fazendo que as pessoas, não só falsifiquem essa história, mas criem centros afeticos aos estilo dos Conans, e países e reinos imaginarios, como seus bruxos, magia, e ideologias. Tudo para negar a vitória do Cristianismo sobre a massa de " de heresias" do período.
Como pode a doutrina do judeu pacifico e anti-sectário sobreviver ao ataque desse período de força?
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
Voltando aos Bárbaros.
Voltando aos povos bárbaros: em quem acreditar?
Alguém tentou ridicularizar meu ultimo texto sobre os bárbaros. Me desculpe, mas eu não aceito, nem a critica nem a grosseria. Essa questão dos povos bárbaros é das mais complexas, por exemplo, para a enciclopédia Koogan, para os gregos, os romanos eram bárbaros, veremos tembém que para os romanos, os persas, hebreus, turcos, hunos ( que eram povos de pele amarela e que para alguns autores vinham da Mongolia, e para outros vinham de mais ao norte para além dos montes Urais) Veremos também que egípcios e cartagineses eram bárbaros ate serem colonizados pelos romanos. Além disso, nós transferimos conceitos da Idade Moderna e aplicamos na antiguidade ou na Baixa Idade Media, e portanto deformamos a interpretação dos fatos. Ao Tempo da expansão Romana não havia o conceito Europa, Ásia, America, África, como temos hoje. Vejam vocês que eu tenho um dicionário de 1890 ( final do Império). Nós não encontraremos ali muitas das palavras de uso cotidiano da língua portuguesa, como telefone, Internet, gasolina, nave espacial, televisão, rádio, homossexual, submarino, radar, gerador atômico, virtual, etc. e tal. Compreendem, isso de 1890 para cá. Quando um historiador romano escrevia, ou descrevia territórios, não lhes dava a amplidão que nós damos hoje, nem imaginavam mapas como nós imaginamos depois dos desenhos dos cartógrafos do final da idade Media e inicio da Moderna, muito menos, descreviam as coisas com as preocupações que temos hoje. Ora, seja sensato e pense em Atila, o comandante Huno, com setecentos mil soldados, a população da cidade de Curitiba, sem contar sua Região Metropolitana, andando à pé, ou montada, desde a Mongólia, ao norte da China ate a Itália. Como comiam, como dormiam, como se preservavam do inverno, como bebiam? Ora saia você à pé de Curitiba ate Manaus, numa época em que não houvesse estradas, torneiras, placas indicativas, lanchonetes, telefones, luzes, bussola, mapas para se orientar, e depois venha ridicularizar meu texto.
Indo Europeus, o termo, é sinônimo de Indo-germânico, que é como os filólogos procuram estabelecer a base lingüística comum entre os povos europeus e asiáticos (hindus), difere do grupo Indo Ariano, que é o grupo de línguas faladas hoje na Índia. Então, além de o conceito geo-político de Europa Oriental, e Ásia, não existir na época dos Romanos, não há erro, em atribuir origem aos eslavos como asiáticos, pois a “Europa” correspondente as suas origens, não passava de uma quase península da Ásia, e restringia-se, a uma pequena porção Mediterrânea dominada pelos gregos e, um pouco mais interiorizada no domínio dos macedônios. Hoje, autores já deixaram Átila na Hungria, mas nem sempre foi assim, para outros Átila saiu mesmo da Mongólia pressionado por povos ainda mais ferozes e mais orientais, fossem eles do norte da China, ou do sul Oriental da Rússia. Como você vê, as crianças são reprovadas na escola, por errarem sobre assuntos que nem mesmo os seus professores dominam. No norte da África existiam sim povos bárbaros, tanto para os Gregos como para os romanos, se usarmos os critérios de que bárbaros eram os povos para além das fronteiras conquistadas. Todavia, a África conhecida, não era o continente, era a África Mediterrânea, ainda que saibamos hoje, que o faraó Necao II deu a volta no continente Africano, pelo mar, mil anos antes dos Portugueses e espanhóis. Quando dizemos que os Germanos (aqueles vários povos de língua indo européia ou indo germânica, estavam separados do Império pelos rios Danúbio e Reno, não estamos dizendo que eles se avizinhavam dos rios, nem determinamos as suas latitudes e longitudes de influência geográfica, estamos pura e simplesmente, afirmando que desconhecemos. Sabe-se hoje que os godos, são um povos, entre outros, incluindo os tártaros formadores da Hungria e Bulgária, como formadores da Europa Oriental, imediatamente, imaginamos os seus territórios atuais, mas isso não quer dizer que esses foram os territórios originais, nem que os Tártaros, por exemplo ali se originaram. Os eslavos eram povos bárbaros que hoje se acredita , pelo tronco lingüístico formadores dos Poloneses, Ucranianos e Russos, então, nós só os vemos na Europa Oriental, ou os vemos ate a Sibéria nos confins da Rússia asiática? O que difere, o russo europeu do asiático? O que difere o armênio europeu de seus visinhos asiáticos? Nada, apenas uma convenção “geo-política”. Se é difícil determinar essas sutilezas nos dias de hoje, com os recursos que temos, imagine como era descrever os povos, sua origem e extensão de seus territórios dois milênios, três, quatro milênios atrás. Tudo era feito pelo relato oral, e pela fé, ao narrador. Hoje procuramos fundamentar em relíquias arqueológicas, pistas históricas, datações físico químicas, mas o mosaico não passa disso, um apanhado de fragmentos, uma historia incompleta, um constructo cheio de invasões e conceitos da época de quem escreve. Depois do Marxismo, os historiadores mudaram o perfil da Historia Universal. Eu por exemplo posso comparar um clássico como Laurent ( história da Humanidade) editado em 1865 em Paris com um historiador pós marxismo, ou um deformador, pós Internet. Não eu não sou um historiador, muito menos um sábio, menos ainda um historiador da religião. Eu as vezes me pergunto, porque tenho tanto trabalho para organizar dentro de minhas limitações esse textos que são bem difíceis para mim, e a resposta vem com sabor religioso. Porque o meu peito queima se eu não falar do que eu acredito. É bíblica essa frase: “ai de mim se eu não tentar evangelizar”, e o faço dentro do que sei, não com perfeição é obvio, mas dentro do cuidado que a graça e a oração constante me permitem. Faço isso, como quem abre uma picada, um caminho, para que você possa não me seguir, mas usar a terra por mim pisada, para encontrar verdades ainda mais profundas, e ver aquilo que eu não vi na caminhada, de modo que você possa também fazer, e melhor, o que eu procuro fazer, ou seja, mostrar o quanto, nós, por preguiça vamos perdendo do nosso passado. Abra a Bíblia, coteje os dados, compare.
Alguém tentou ridicularizar meu ultimo texto sobre os bárbaros. Me desculpe, mas eu não aceito, nem a critica nem a grosseria. Essa questão dos povos bárbaros é das mais complexas, por exemplo, para a enciclopédia Koogan, para os gregos, os romanos eram bárbaros, veremos tembém que para os romanos, os persas, hebreus, turcos, hunos ( que eram povos de pele amarela e que para alguns autores vinham da Mongolia, e para outros vinham de mais ao norte para além dos montes Urais) Veremos também que egípcios e cartagineses eram bárbaros ate serem colonizados pelos romanos. Além disso, nós transferimos conceitos da Idade Moderna e aplicamos na antiguidade ou na Baixa Idade Media, e portanto deformamos a interpretação dos fatos. Ao Tempo da expansão Romana não havia o conceito Europa, Ásia, America, África, como temos hoje. Vejam vocês que eu tenho um dicionário de 1890 ( final do Império). Nós não encontraremos ali muitas das palavras de uso cotidiano da língua portuguesa, como telefone, Internet, gasolina, nave espacial, televisão, rádio, homossexual, submarino, radar, gerador atômico, virtual, etc. e tal. Compreendem, isso de 1890 para cá. Quando um historiador romano escrevia, ou descrevia territórios, não lhes dava a amplidão que nós damos hoje, nem imaginavam mapas como nós imaginamos depois dos desenhos dos cartógrafos do final da idade Media e inicio da Moderna, muito menos, descreviam as coisas com as preocupações que temos hoje. Ora, seja sensato e pense em Atila, o comandante Huno, com setecentos mil soldados, a população da cidade de Curitiba, sem contar sua Região Metropolitana, andando à pé, ou montada, desde a Mongólia, ao norte da China ate a Itália. Como comiam, como dormiam, como se preservavam do inverno, como bebiam? Ora saia você à pé de Curitiba ate Manaus, numa época em que não houvesse estradas, torneiras, placas indicativas, lanchonetes, telefones, luzes, bussola, mapas para se orientar, e depois venha ridicularizar meu texto.
Indo Europeus, o termo, é sinônimo de Indo-germânico, que é como os filólogos procuram estabelecer a base lingüística comum entre os povos europeus e asiáticos (hindus), difere do grupo Indo Ariano, que é o grupo de línguas faladas hoje na Índia. Então, além de o conceito geo-político de Europa Oriental, e Ásia, não existir na época dos Romanos, não há erro, em atribuir origem aos eslavos como asiáticos, pois a “Europa” correspondente as suas origens, não passava de uma quase península da Ásia, e restringia-se, a uma pequena porção Mediterrânea dominada pelos gregos e, um pouco mais interiorizada no domínio dos macedônios. Hoje, autores já deixaram Átila na Hungria, mas nem sempre foi assim, para outros Átila saiu mesmo da Mongólia pressionado por povos ainda mais ferozes e mais orientais, fossem eles do norte da China, ou do sul Oriental da Rússia. Como você vê, as crianças são reprovadas na escola, por errarem sobre assuntos que nem mesmo os seus professores dominam. No norte da África existiam sim povos bárbaros, tanto para os Gregos como para os romanos, se usarmos os critérios de que bárbaros eram os povos para além das fronteiras conquistadas. Todavia, a África conhecida, não era o continente, era a África Mediterrânea, ainda que saibamos hoje, que o faraó Necao II deu a volta no continente Africano, pelo mar, mil anos antes dos Portugueses e espanhóis. Quando dizemos que os Germanos (aqueles vários povos de língua indo européia ou indo germânica, estavam separados do Império pelos rios Danúbio e Reno, não estamos dizendo que eles se avizinhavam dos rios, nem determinamos as suas latitudes e longitudes de influência geográfica, estamos pura e simplesmente, afirmando que desconhecemos. Sabe-se hoje que os godos, são um povos, entre outros, incluindo os tártaros formadores da Hungria e Bulgária, como formadores da Europa Oriental, imediatamente, imaginamos os seus territórios atuais, mas isso não quer dizer que esses foram os territórios originais, nem que os Tártaros, por exemplo ali se originaram. Os eslavos eram povos bárbaros que hoje se acredita , pelo tronco lingüístico formadores dos Poloneses, Ucranianos e Russos, então, nós só os vemos na Europa Oriental, ou os vemos ate a Sibéria nos confins da Rússia asiática? O que difere, o russo europeu do asiático? O que difere o armênio europeu de seus visinhos asiáticos? Nada, apenas uma convenção “geo-política”. Se é difícil determinar essas sutilezas nos dias de hoje, com os recursos que temos, imagine como era descrever os povos, sua origem e extensão de seus territórios dois milênios, três, quatro milênios atrás. Tudo era feito pelo relato oral, e pela fé, ao narrador. Hoje procuramos fundamentar em relíquias arqueológicas, pistas históricas, datações físico químicas, mas o mosaico não passa disso, um apanhado de fragmentos, uma historia incompleta, um constructo cheio de invasões e conceitos da época de quem escreve. Depois do Marxismo, os historiadores mudaram o perfil da Historia Universal. Eu por exemplo posso comparar um clássico como Laurent ( história da Humanidade) editado em 1865 em Paris com um historiador pós marxismo, ou um deformador, pós Internet. Não eu não sou um historiador, muito menos um sábio, menos ainda um historiador da religião. Eu as vezes me pergunto, porque tenho tanto trabalho para organizar dentro de minhas limitações esse textos que são bem difíceis para mim, e a resposta vem com sabor religioso. Porque o meu peito queima se eu não falar do que eu acredito. É bíblica essa frase: “ai de mim se eu não tentar evangelizar”, e o faço dentro do que sei, não com perfeição é obvio, mas dentro do cuidado que a graça e a oração constante me permitem. Faço isso, como quem abre uma picada, um caminho, para que você possa não me seguir, mas usar a terra por mim pisada, para encontrar verdades ainda mais profundas, e ver aquilo que eu não vi na caminhada, de modo que você possa também fazer, e melhor, o que eu procuro fazer, ou seja, mostrar o quanto, nós, por preguiça vamos perdendo do nosso passado. Abra a Bíblia, coteje os dados, compare.
domingo, 25 de janeiro de 2009
Os Barbaros.
Os bárbaros.
Demorei um pouco para escrever esse texto, e ainda assim não me sinto bem seguro. Sempre fiz algumas confusões na questão dos povos bárbaros, e confesso que a questão ainda não é clara para mim.
Muito antes do surgimento da expansão dos romanos, os gregos já conheciam os povos a que chamavam de bárbaros, aparentemente numa alusão de sua fala e tradições rústicas pagãs. Nós sabemos sobre esses povos, não pela ótica da história da Igreja, mas mais sobre a informação deixada pelos historiadores romanos. Via da regra, todos nós, talvez influenciados pelo cinema, lembramos, ou ligamos ao nome bárbaro, apenas os povos do norte europeu, ou da Ásia Menor, mas o termo designava todos os povos circundantes do império grego e depois romano, o que equivalia aos povos do norte da África, da Europa, da Ásia, das longínquas estepes da Mongólia e ate da Índia e Pérsia. Bárbaros eram os povos não conquistados. Nós nunca lemos expressões como as “hordas” romanas invadiam a Britânica, a Gália, ou Jerusalém, ou Bizâncio na Turquia (os turcos também eram povos bárbaros, ou Cartago no norte da África, mas lemos, as “horda” de bárbaros invadiam o império do Oriente e do Ocidente, ou seja, temos de algum modo como licitas as invasões romanas, e como ilícitas as contra invasões bárbaras. Mas ainda não me aprofundei o suficiente.
Com relação à história da Igreja, registra a invasão dos Godos, em 250, no Império do Ocidente e a invasão dos bárbaros, dito assim de uma maneira geral após a morte de Aureliano (imperador Romano assassinado) em 277 mais ou menos.
A maioria dos historiadores concorda num ponto, bárbaros eram os povos que não faziam parte do Império. Todavia como já dissemos os gregos bem anteriores também os consideravam assim. Com relação à História Romana, eram três grandes nações os Germanos (Francos, Saxões, Anglos, Godos, Vândalos, Lombardos, Hérulos, e Borguinhões) ai vinha os Eslavos (Polacos, Russos, Ucraínos e Sérvios todos da Ásia) e os temidos Tártaros (Hunos, Mongóis, e Turcos também Asiáticos). As grandes migrações desses povos, não dizem respeito diretamente aos povos romanos, é são bem antigas. Alguns desses povos são de origem Indo européia (esse grande mistério dos troncos lingüísticos dos quais não se sabe se foram europeus a conquistar a Índia ou se foram Hindus a conquistar os territórios europeus). De qualquer modo os historiadores regionalizam à época dos romanos assim: Os germânicos habitavam os Bálcãs, entre o Reno e o Danúbio ate as margens do Mar Báltico. Invadindo o império romano formaram as nações modernas do oeste europeu, como França, Inglaterra, Espanha, e Portugal (suevos). Os hunos habitavam os longínquos montes Urais e o Cáucaso. Assim os historiadores marcam a idade Media, com a queda de Roma sobre os bárbaros em 476, quando Odoacro, que já havia ocupado Roma torna-se rei da Itália, e como a queda do Império Romano do Oriente sobe os bárbaros turcos com a tomada de Constantinopla em 1453. Todavia a história eclesiástica leva, segundo alguns historiadores a idade Media, ate Lutero em 1517. Curioso, no entanto é que São Justino (165 já nos narra a presença de Cristãos entre esses povos, e Santo Irineu morto em 202 também deixa o testemunho da presença de cristãos entre esses povos. Antes, portanto da primeira investida dos Godos ao Império do Ocidente. Curioso também é que Ufilas, bispo godo, que traduziu a Bíblia para o idioma Gótico, foi ao concilio de Nicéia em 325.
Abaixo incluo um mapa que encontrei sobre essas migrações guerreiras, embora sem detalhes e datas relacionadas com a nossa historia eclesial. O cristianismo bárbaro está todo ele ligado ao arianismo (não o arianismo racial, (arianos=indo europeus, embora seja essa a sua origem lingüística) mas ao arianismo, heresia do Bispo Ário).
A historia Romana nos conta que os povos germânicos eram contratados como soldados mercenários do Império. Alarico, em 410, antes, portanto de Odoacro já havia invadido Roma, Atila, o Flagelo de Deus, como um exercito que se estima de (?) setecentos mil homens, destrói setenta cidades do Império, mas para e recua diante do Papa Leão Magno que os enfrenta sozinho, apenas com a palavra, em 453. Mas se Átila recua, Genserico impõe a Roma o castigo pilhando a cidade per quatorze dias em 455. Nessa altura os Lombardos já haviam tomado e se fixado no norte da Itália. Os saxões e Anglos invadem a Grã Bretanha já cristã. Os visigodos se apoderam da Espanha cristã e os Vândalos se apoderam do Norte da África cristã.
Interessante notar, o que os historiadores não sublinham, é que os cristãos, no caso a Igreja, que foi ao encontro dos pagãos contrariando os judeus (nacionalismo racial israelita) vai agora de encontro aos invasores bárbaros contrariando o Império Romano do Oriente que sobreviveu a queda do Império do Ocidente, convertendo esses povos, donde nascerão as primeiras nações (povos, não impérios de nações submetidas) cristãs (a França dos Francos, por exemplo). Durante toda essa queda apenas a Igreja e sua autoridade sobreviveu, tanto no Oriente, como no Ocidente, resistindo às divindades, ritos, sacrifícios e a força desses povos invasores preservando para o mundo, não só a Palavra, mas os ritos cristãos, mais do que isso, civilizaram esses povos, com tudo o que adquirirá dos judeus, persas, gregos e romanos.
A conversão dos povos bárbaros é de máxima importância para a compreensão do cristianismo, e para a história da Igreja Universal, a igreja de Jesus, por ele instituída no magistério de Pedro, o pescador Judeu e seus sucessores. Essa história também é importante, e por ser importante é pouco estudada, pois ela nos denuncia tanto as diversas formas de aculturação da religião, mas mais do que isso, denuncia a importância insofismável da Cátedra de Roma na unidade doutrinária do pensamento cristão desde então. É nesse período que surgirão as grandes heresias e os grandes combates da fé sob o ponto de vista doutrinário. O papado constrói a civilização Cristã. O papado à frente da Europa, dará surgimento à Civilização Cristã.
Demorei um pouco para escrever esse texto, e ainda assim não me sinto bem seguro. Sempre fiz algumas confusões na questão dos povos bárbaros, e confesso que a questão ainda não é clara para mim.
Muito antes do surgimento da expansão dos romanos, os gregos já conheciam os povos a que chamavam de bárbaros, aparentemente numa alusão de sua fala e tradições rústicas pagãs. Nós sabemos sobre esses povos, não pela ótica da história da Igreja, mas mais sobre a informação deixada pelos historiadores romanos. Via da regra, todos nós, talvez influenciados pelo cinema, lembramos, ou ligamos ao nome bárbaro, apenas os povos do norte europeu, ou da Ásia Menor, mas o termo designava todos os povos circundantes do império grego e depois romano, o que equivalia aos povos do norte da África, da Europa, da Ásia, das longínquas estepes da Mongólia e ate da Índia e Pérsia. Bárbaros eram os povos não conquistados. Nós nunca lemos expressões como as “hordas” romanas invadiam a Britânica, a Gália, ou Jerusalém, ou Bizâncio na Turquia (os turcos também eram povos bárbaros, ou Cartago no norte da África, mas lemos, as “horda” de bárbaros invadiam o império do Oriente e do Ocidente, ou seja, temos de algum modo como licitas as invasões romanas, e como ilícitas as contra invasões bárbaras. Mas ainda não me aprofundei o suficiente.
Com relação à história da Igreja, registra a invasão dos Godos, em 250, no Império do Ocidente e a invasão dos bárbaros, dito assim de uma maneira geral após a morte de Aureliano (imperador Romano assassinado) em 277 mais ou menos.
A maioria dos historiadores concorda num ponto, bárbaros eram os povos que não faziam parte do Império. Todavia como já dissemos os gregos bem anteriores também os consideravam assim. Com relação à História Romana, eram três grandes nações os Germanos (Francos, Saxões, Anglos, Godos, Vândalos, Lombardos, Hérulos, e Borguinhões) ai vinha os Eslavos (Polacos, Russos, Ucraínos e Sérvios todos da Ásia) e os temidos Tártaros (Hunos, Mongóis, e Turcos também Asiáticos). As grandes migrações desses povos, não dizem respeito diretamente aos povos romanos, é são bem antigas. Alguns desses povos são de origem Indo européia (esse grande mistério dos troncos lingüísticos dos quais não se sabe se foram europeus a conquistar a Índia ou se foram Hindus a conquistar os territórios europeus). De qualquer modo os historiadores regionalizam à época dos romanos assim: Os germânicos habitavam os Bálcãs, entre o Reno e o Danúbio ate as margens do Mar Báltico. Invadindo o império romano formaram as nações modernas do oeste europeu, como França, Inglaterra, Espanha, e Portugal (suevos). Os hunos habitavam os longínquos montes Urais e o Cáucaso. Assim os historiadores marcam a idade Media, com a queda de Roma sobre os bárbaros em 476, quando Odoacro, que já havia ocupado Roma torna-se rei da Itália, e como a queda do Império Romano do Oriente sobe os bárbaros turcos com a tomada de Constantinopla em 1453. Todavia a história eclesiástica leva, segundo alguns historiadores a idade Media, ate Lutero em 1517. Curioso, no entanto é que São Justino (165 já nos narra a presença de Cristãos entre esses povos, e Santo Irineu morto em 202 também deixa o testemunho da presença de cristãos entre esses povos. Antes, portanto da primeira investida dos Godos ao Império do Ocidente. Curioso também é que Ufilas, bispo godo, que traduziu a Bíblia para o idioma Gótico, foi ao concilio de Nicéia em 325.
Abaixo incluo um mapa que encontrei sobre essas migrações guerreiras, embora sem detalhes e datas relacionadas com a nossa historia eclesial. O cristianismo bárbaro está todo ele ligado ao arianismo (não o arianismo racial, (arianos=indo europeus, embora seja essa a sua origem lingüística) mas ao arianismo, heresia do Bispo Ário).
A historia Romana nos conta que os povos germânicos eram contratados como soldados mercenários do Império. Alarico, em 410, antes, portanto de Odoacro já havia invadido Roma, Atila, o Flagelo de Deus, como um exercito que se estima de (?) setecentos mil homens, destrói setenta cidades do Império, mas para e recua diante do Papa Leão Magno que os enfrenta sozinho, apenas com a palavra, em 453. Mas se Átila recua, Genserico impõe a Roma o castigo pilhando a cidade per quatorze dias em 455. Nessa altura os Lombardos já haviam tomado e se fixado no norte da Itália. Os saxões e Anglos invadem a Grã Bretanha já cristã. Os visigodos se apoderam da Espanha cristã e os Vândalos se apoderam do Norte da África cristã.
Interessante notar, o que os historiadores não sublinham, é que os cristãos, no caso a Igreja, que foi ao encontro dos pagãos contrariando os judeus (nacionalismo racial israelita) vai agora de encontro aos invasores bárbaros contrariando o Império Romano do Oriente que sobreviveu a queda do Império do Ocidente, convertendo esses povos, donde nascerão as primeiras nações (povos, não impérios de nações submetidas) cristãs (a França dos Francos, por exemplo). Durante toda essa queda apenas a Igreja e sua autoridade sobreviveu, tanto no Oriente, como no Ocidente, resistindo às divindades, ritos, sacrifícios e a força desses povos invasores preservando para o mundo, não só a Palavra, mas os ritos cristãos, mais do que isso, civilizaram esses povos, com tudo o que adquirirá dos judeus, persas, gregos e romanos.
A conversão dos povos bárbaros é de máxima importância para a compreensão do cristianismo, e para a história da Igreja Universal, a igreja de Jesus, por ele instituída no magistério de Pedro, o pescador Judeu e seus sucessores. Essa história também é importante, e por ser importante é pouco estudada, pois ela nos denuncia tanto as diversas formas de aculturação da religião, mas mais do que isso, denuncia a importância insofismável da Cátedra de Roma na unidade doutrinária do pensamento cristão desde então. É nesse período que surgirão as grandes heresias e os grandes combates da fé sob o ponto de vista doutrinário. O papado constrói a civilização Cristã. O papado à frente da Europa, dará surgimento à Civilização Cristã.
Observem todavia que a divisão Europa Ásia esta errada no Mapa, ou faz alusão a uma divisão anterior aquela que utilizamos hoje.
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
Os cerentianos e a doutrina de Cristo.
Cerintianos.
Eu me esqueci de falar dos Cerintianos outra seita judia, entendida por alguns como judeu-cristã do final do primeiro século e inicio do segundo, posto que o judeu Cerinto fora contemporâneo de São João Evangelista. Os Cerintianos eram um movimento gnóstico que propunha a heterodoxia judaica acrescentando um tipo de messianismo materialista (monetarista) de mistura com a restauração do culto de Jerusalém. Sabe-se que Cerinto morreu antes de 140. É considerado pelos historiadores bíblicos um dos primeiros heresiarcas e cismáticos na Igreja nascente.
Espalhou sua doutrina na Ásia Menor onde fez grande número de adeptos. Surpreendentemente destacou-se como escritor cristão. Prolongou em sua doutrina a corrente judeu cristão heterodoxica (dependência do cristianismo ao judaísmo). Era milenarista. Ensina a doutrina dos anjos, e que fora um determinado anjo que deu os Mandamentos a Moisés e acrescentava que Javé de Israel era apenas um anjo.
Novamente vemos a importância da reunião dos Bispos, e da correção da Doutrina sob a autoridade transmissível de Cristo à Pedro e dele aos seus sucessores. ( embora em alguns casos se demorasse para perceber a conseqüência de tais erros, que chegaram a ser professados por homens declarados Santos).
Eu me esqueci de falar dos Cerintianos outra seita judia, entendida por alguns como judeu-cristã do final do primeiro século e inicio do segundo, posto que o judeu Cerinto fora contemporâneo de São João Evangelista. Os Cerintianos eram um movimento gnóstico que propunha a heterodoxia judaica acrescentando um tipo de messianismo materialista (monetarista) de mistura com a restauração do culto de Jerusalém. Sabe-se que Cerinto morreu antes de 140. É considerado pelos historiadores bíblicos um dos primeiros heresiarcas e cismáticos na Igreja nascente.
Espalhou sua doutrina na Ásia Menor onde fez grande número de adeptos. Surpreendentemente destacou-se como escritor cristão. Prolongou em sua doutrina a corrente judeu cristão heterodoxica (dependência do cristianismo ao judaísmo). Era milenarista. Ensina a doutrina dos anjos, e que fora um determinado anjo que deu os Mandamentos a Moisés e acrescentava que Javé de Israel era apenas um anjo.
Novamente vemos a importância da reunião dos Bispos, e da correção da Doutrina sob a autoridade transmissível de Cristo à Pedro e dele aos seus sucessores. ( embora em alguns casos se demorasse para perceber a conseqüência de tais erros, que chegaram a ser professados por homens declarados Santos).
domingo, 18 de janeiro de 2009
Os primeiros passos em direção ao quarto século.
Os séculos IV (quarto) e V (quinto).
Hebreus 11: “A fé consiste em realizar o que se espera, é uma certeza a respeito do que não se vê”
Finalmente damos os primeiros passos em direção a esses séculos difíceis.
Para começar, voltamos um pouco, aos inícios, ao caso dos judaizantes.. Voltamos apenas para dizer que isso comprova insofismavelmente que os primeiros cristãos eram massivamente judeus, (por exemplo: em epistola a Tito, leremos: ” há em toda a parte, sobretudo entre os circuncisos (judeus) uma quantidade de insubmissos”), .... E isso dizia respeito a Creta; e assim continuou pelos primeiros trezentos anos, sempre encontraremos maior numero de cristãos na comunidade de judeus dispersas pelo mundo, do que nas comunidades pagãs. Foi uma longa caminhada do cristianismo ate tornar-se religião de Estado em mais ou menos 380, período que corresponde a ¾ de toda a história do Brasil. O engano que temos de interpretação vem do fato de estudarmos mais a questão pela história universal do que pela história Bíblica. Resolvido o caso se o cristão devia ou não ser circuncidados, surge as duas primeiras heresias. A primeira deriva dos judaizantes que se chamava a heresia Ebionistas de Ebionim (pobreza em Hebraico). Esses judeus cristãos tiveram dificuldade de abandonar as conseqüências (interpretações e deformações da Lei) da lei de Moisés, professando que segui-las (os rituais Judeus) era necessário para a salvação, mesmo depois do Concilio de Jerusalém em 49 presidido pelo apóstolo Pedro. Quando morreu o apostolo Tiago, os Ebionistas negaram o seu sucessor Simeão, como bispo da Igreja de Jerusalém, e elegeram um bispo próprio, sendo esse o primeiro cisma da Igreja, nos diz o cronista. Tornaram-se cruéis adversários do cristianismo, em particular de São Paulo, que consideravam um renegado do “ povo Escolhido”.
Os Milenaristas: A esperança de restauração temporal do “Império Israelita Universal”, cujo reino seria exercido pelo “Messias”, esperança ate hoje alimentada pelos judeus, máxime o sionista tomou uma nova forma entre os judeus cristãos. Os Milenaristas. A tese, professadas por muitos judeus cristãos vinha de uma ma interpretação do texto de João (Ap.
20,1(-7) que o demônio havia sido aprisionado por mil anos, e que, portanto os cristãos reinariam, por mil anos em fartura e depois seria a vida eterna. Mas não foram só os hereges, nos diz Negromonte, que adotaram essa tese, também os Ebionistas, os Montanistas, e homens Santos como São Justino, Santo Irineu e Lactâncio o aceitaram. O próprio Santo Agostinho chegou a professá-lo por uns tempos ate tornar-se seu ferrenho opositor. Terminada as perseguições ( centro das esperanças Milenaristas) a heresia extinguiu-se, e já não existia no século IV. Estranho apenas que não tenha havido uma condenação formal (que talvez tenha escapado as minhas pesquisas).
O gnosticismo: Enquanto o Imperador Trajano, perseguia duramente os cristãos, como já vimos, martirizando o Papa Clemente em Roma; o Bispo Simeão sucessor do apostolo Tiago em Jerusalém; Santo Ignácio em Antioquia surgiam e imiscuíam na Igreja os erros gnósticos. Tinha raízes antigas, oriundas de Simão o Mago e era professado pelos Nicolaitas (contemporâneos dos apóstolos) que negavam os mandamentos. Mais tarde com Valentim em Roma, esses erros tomaram corpo (140-160) Combatido por Santo Irineu de Lião, foi condenado pela Igreja.
O Marcionismo: o nome de vem de Marcion, que veio a Roma à época de Antonio Pio. Marcion fora excomungado pelo Bispo de Sínope. Em Roma foi recebido na Igreja, mas logo foi expulso. Abusando da “livre interpretação” do texto de São Paulo, entre a lei e a Fé, ou seja, liberdade diante da lei chegou a estabelecer uma ruptura total entre a tradição judaica e a tradição cristã - caindo no dualismo gnóstico. Fundou uma seita cristã, seguida pó clérigos e bispos perturbando a Igreja em Roma, sempre combatido, por Justino; Tertuliano e Irineu. Foi condenado pela Igreja. ( vejam a importância do magistério Infalível da Igreja em fé e moral).
Montanismo: Na metade do segundo século surge na Frigia um carismático, que se dizia bispo e enviado por Deus para aperfeiçoar a Igreja. Essa corrente gnóstica professava que através de estases os cristãos espirituais (em contraposição aos cristãos psíquicos) dispensavam a autoridade eclesial, pois se colocavam em contacto como deus sem o ministério dos homens, consideravam a existência de uma terceira revelação (como aconteceu posteriormente com Maomé) superior as duas primeiras (existiria assim uma Novíssima Aliança). Condenava o matrimonio e obrigava a procurar o martírio. Tornou-se com o tempo mais “brando” professando o rigorismo moral, mas sempre pregando a desobediência no seguimento do magistério dos apóstolos. Esse rigorismo conquistou o grande Tertuliano, que se tornou um montanista. Todavia desde o começo vários concílios (veja a importância dos colégios dos Bispos reunidos diante da autoridade Papal) condenaram os erros dos Montanistas. No Oriente foram condenados por Zeferino, depois de terem sido denunciados por Praxéias.
Maniqueísmo: mais tarde, bem mais tarde, o gnosticismo aparece numa nova forma, à forma de Mani, um persa, que apresentava o dualismo, Bem e mal, sob a forma dos deuses persas Ormuz deus da Luz, e Ahrimã, deus das trevas ordenado com aparência de cristianismo. Organizou sua Igreja, nos moldes cristãos, como 12 Magistri (juízes) Episcopis (72 vigilantes) e Presbyteri (sacerdotes). Era uma seita imoral, praticava a abstenção da geração, mas não do ato sexual; as comidas impuras; e os trabalhos serviçais. O Grande Santo Agostinho, filho de mãe cristã e pai pagão, foi “maniqueu” antes de se converter. Depois foi seu principal denunciador e opositor. O maniqueísmo, foi condenado pela Igreja, mas difundiu-se tanto no Oriente como no Ocidente.
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Hebreus 11: “A fé consiste em realizar o que se espera, é uma certeza a respeito do que não se vê”
Finalmente damos os primeiros passos em direção a esses séculos difíceis.
Para começar, voltamos um pouco, aos inícios, ao caso dos judaizantes.. Voltamos apenas para dizer que isso comprova insofismavelmente que os primeiros cristãos eram massivamente judeus, (por exemplo: em epistola a Tito, leremos: ” há em toda a parte, sobretudo entre os circuncisos (judeus) uma quantidade de insubmissos”), .... E isso dizia respeito a Creta; e assim continuou pelos primeiros trezentos anos, sempre encontraremos maior numero de cristãos na comunidade de judeus dispersas pelo mundo, do que nas comunidades pagãs. Foi uma longa caminhada do cristianismo ate tornar-se religião de Estado em mais ou menos 380, período que corresponde a ¾ de toda a história do Brasil. O engano que temos de interpretação vem do fato de estudarmos mais a questão pela história universal do que pela história Bíblica. Resolvido o caso se o cristão devia ou não ser circuncidados, surge as duas primeiras heresias. A primeira deriva dos judaizantes que se chamava a heresia Ebionistas de Ebionim (pobreza em Hebraico). Esses judeus cristãos tiveram dificuldade de abandonar as conseqüências (interpretações e deformações da Lei) da lei de Moisés, professando que segui-las (os rituais Judeus) era necessário para a salvação, mesmo depois do Concilio de Jerusalém em 49 presidido pelo apóstolo Pedro. Quando morreu o apostolo Tiago, os Ebionistas negaram o seu sucessor Simeão, como bispo da Igreja de Jerusalém, e elegeram um bispo próprio, sendo esse o primeiro cisma da Igreja, nos diz o cronista. Tornaram-se cruéis adversários do cristianismo, em particular de São Paulo, que consideravam um renegado do “ povo Escolhido”.
Os Milenaristas: A esperança de restauração temporal do “Império Israelita Universal”, cujo reino seria exercido pelo “Messias”, esperança ate hoje alimentada pelos judeus, máxime o sionista tomou uma nova forma entre os judeus cristãos. Os Milenaristas. A tese, professadas por muitos judeus cristãos vinha de uma ma interpretação do texto de João (Ap.
20,1(-7) que o demônio havia sido aprisionado por mil anos, e que, portanto os cristãos reinariam, por mil anos em fartura e depois seria a vida eterna. Mas não foram só os hereges, nos diz Negromonte, que adotaram essa tese, também os Ebionistas, os Montanistas, e homens Santos como São Justino, Santo Irineu e Lactâncio o aceitaram. O próprio Santo Agostinho chegou a professá-lo por uns tempos ate tornar-se seu ferrenho opositor. Terminada as perseguições ( centro das esperanças Milenaristas) a heresia extinguiu-se, e já não existia no século IV. Estranho apenas que não tenha havido uma condenação formal (que talvez tenha escapado as minhas pesquisas).
O gnosticismo: Enquanto o Imperador Trajano, perseguia duramente os cristãos, como já vimos, martirizando o Papa Clemente em Roma; o Bispo Simeão sucessor do apostolo Tiago em Jerusalém; Santo Ignácio em Antioquia surgiam e imiscuíam na Igreja os erros gnósticos. Tinha raízes antigas, oriundas de Simão o Mago e era professado pelos Nicolaitas (contemporâneos dos apóstolos) que negavam os mandamentos. Mais tarde com Valentim em Roma, esses erros tomaram corpo (140-160) Combatido por Santo Irineu de Lião, foi condenado pela Igreja.
O Marcionismo: o nome de vem de Marcion, que veio a Roma à época de Antonio Pio. Marcion fora excomungado pelo Bispo de Sínope. Em Roma foi recebido na Igreja, mas logo foi expulso. Abusando da “livre interpretação” do texto de São Paulo, entre a lei e a Fé, ou seja, liberdade diante da lei chegou a estabelecer uma ruptura total entre a tradição judaica e a tradição cristã - caindo no dualismo gnóstico. Fundou uma seita cristã, seguida pó clérigos e bispos perturbando a Igreja em Roma, sempre combatido, por Justino; Tertuliano e Irineu. Foi condenado pela Igreja. ( vejam a importância do magistério Infalível da Igreja em fé e moral).
Montanismo: Na metade do segundo século surge na Frigia um carismático, que se dizia bispo e enviado por Deus para aperfeiçoar a Igreja. Essa corrente gnóstica professava que através de estases os cristãos espirituais (em contraposição aos cristãos psíquicos) dispensavam a autoridade eclesial, pois se colocavam em contacto como deus sem o ministério dos homens, consideravam a existência de uma terceira revelação (como aconteceu posteriormente com Maomé) superior as duas primeiras (existiria assim uma Novíssima Aliança). Condenava o matrimonio e obrigava a procurar o martírio. Tornou-se com o tempo mais “brando” professando o rigorismo moral, mas sempre pregando a desobediência no seguimento do magistério dos apóstolos. Esse rigorismo conquistou o grande Tertuliano, que se tornou um montanista. Todavia desde o começo vários concílios (veja a importância dos colégios dos Bispos reunidos diante da autoridade Papal) condenaram os erros dos Montanistas. No Oriente foram condenados por Zeferino, depois de terem sido denunciados por Praxéias.
Maniqueísmo: mais tarde, bem mais tarde, o gnosticismo aparece numa nova forma, à forma de Mani, um persa, que apresentava o dualismo, Bem e mal, sob a forma dos deuses persas Ormuz deus da Luz, e Ahrimã, deus das trevas ordenado com aparência de cristianismo. Organizou sua Igreja, nos moldes cristãos, como 12 Magistri (juízes) Episcopis (72 vigilantes) e Presbyteri (sacerdotes). Era uma seita imoral, praticava a abstenção da geração, mas não do ato sexual; as comidas impuras; e os trabalhos serviçais. O Grande Santo Agostinho, filho de mãe cristã e pai pagão, foi “maniqueu” antes de se converter. Depois foi seu principal denunciador e opositor. O maniqueísmo, foi condenado pela Igreja, mas difundiu-se tanto no Oriente como no Ocidente.
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sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
Quando acabarão as perguntas?
Quando terminarão as perguntas?
Se você prestou a atenção nos últimos textos, percebeu que caminhávamos sobre cascas de ovos. Santos que foram hereges, imperadores que instrumentalizaram a fé, irmãos na fé separados pelo carisma de um ou outro líder, campo minado.
Então eu me pergunto em meu coração? Quando terminarão as perguntas? Nunca? Quando morrermos? Ou quando abraçamos a fé? Chego a sentir calafrios.
Então nesses momentos difíceis, onde duvidamos de nós mesmos, eu abro a janela e olho o céu. Quanto desconhecido, quanta pergunta a ser feita e quantas respostas a serem dadas. Então fecho os olhos e imagino a extensão e a profundidade do micro cosmo, e me perturba a alma tantas as questões.
É obvio que um homem possa perturbar-se diante de uma encruzilhada com muitos caminhos desconhecidos. Mas uma vez tomada à decisão, como se diz por ai, seja o que Deus quiser, vamos que vamos.
Se no campo das coisas, as perguntas se acumulam à medida que avançamos nas respostas, nas coisas da alma, a Fé nos trás uma tranqüilidade, um sossego, um hálito de paz, pois ela resolve questões básicas da existência humana. A diferença da fé com uma encruzilhada são duas, numa encruzilhada fazemos uma opção, a fé, pelo contrario nos é dada, principalmente se a pedimos. A opção pelo caminho, nos leva passo a passo ao desconhecido, que é via de regra, parecido com o conhecido. Na Fé, ganhamos uma luz, que antecede os fatos, e ilumina o desconhecido pela confiança, Deus vai a nossa frente, e nos espera no termino da caminhada, posto que sua obra esta pronta, desde muito, e o desconhecido para ele não existe. Prestaram a atenção: A OBRA DE DEUS ESTA PRONTA, ao sexto dia Deus terminou sua obra, e descansou. O homem sim, decaído da perfeição, caminha esse difícil retorno à paz de Deus. Privilegio que os anjos decaídos não mais terão. Nós os homens ainda temos um tempo, um tempo para pedir, um tempo para crer... E no mais é caminhar com prudência pelos labirintos de perguntas que a nós se impõe. Intencionalidade e dúvida características do que é humano.
O assunto que trazemos hoje é dificílimo para mim. Pensem o seguinte: de mais ou menos 1960, os padres deixaram o uso do Latim, passados quase cinquenta anos, os novos padres, os padres das gerações do inter-meio, e os da velha geração que sobreviveram, já não sabem o latim, e dele muito pouco podem tirar, digamos, num conjunto estatístico com qualidades universais. São só cinqüenta anos, e temos na estrutura dos documentos oficiais da Igreja, uma radical mudança do padrão de qualidade. Quando estudamos, em livros a História da Igreja, fatos ocorridos, dezenas de centenas de anos atrás, não nos damos conta dessas mudanças, e tendemos a ver e entender os acontecimentos como lineares, e como se, nossa geração fosse a síntese disso tudo, portanto obrigada e apta para tudo muito bem entender.
É possível que isso seja certo, mas em igual medida é possível que não.
Nada mais difícil do que avaliar como eram as comunidades cristãs do inicio da Igreja. Se considerarmos Ecclesiae com assembléia dos cristãos, imediatamente surge em nossa mente, que indivíduos reunidos com freqüência, tentam construir, ou melhorar o seu local de encontro e culto, portanto haveria de nascer uma “Casa” de Deus, um templo, um culto, e um ou mais responsáveis pela “casa”. Embora Deus falando aos judeus na velha Aliança, tenha chamado a atenção da presunção daqueles que queriam construir uma casa para o criador de tudo, nos veremos na nova Aliança, um elogio para os que têm Zelo pela casa do Senhor. Imediatamente, surgirá alguém, para dizer que Casa, para os hebreus diz respeito à tribo, raça, clã, e o zelo deve-se à Tribo dos escolhidos, ora, mas os escolhidos rejeitaram o Filho de Deus, o herdeiro da Casa em qualquer dos sentidos, e ficaram sem a casa (templo) e sem a proteção (herança) que foi dada, pelo Filho a outros povos e outras Casas. Todavia se olharmos com desassombro, os apóstolos eram as colunas dessa assembléia e desse edifício de reunião dos homens e do culto “fazei isso em memória de mim”. As Assembléias tinham seu templo, sua construção de reunião, e os zeladores, não do templo, mas da assembléia e do culto, eram, como não podiam deixar de ser, escolhidos, a partir de Pedro, a pedra fundamental, numa hierarquia, na profissão da fé, e na retidão da celebração da eucaristia (fração do pão) que pelas palavras de Cristo se tornam sangue e carne dele, para a salvação de todos (nesse ponto esta sendo chamada a razão todos os cultos e religiões de sacrifícios de toda a história da Humanidade). Venham para meu sangue e carne, presunçosos chantagistas e negociantes da vontade do Pai, parece dizer o Filho, porque a Vontade do Pai deve ser cumprida ate o fim, pois ela se estende para além das cadeias da morte. A vontade do Pai impera na eternidade. Ou vocês amam a Deus e o honram, ou são seus inimigos.
Assim, como lá ninguém estava, exceto Cristo, costuma-se avaliar as comunidades cristãs primitivas no século primeiro através dos escritos chamados neotestamentários, as epistolas de São Paulo, os Atos dos Apóstolos e o Apocalipse. Irradiando-se da Palestina tomou o sentido Norte Oeste, ou seja, da Síria para o Ocidente, em direção a Roma. No litoral norte da África havia duas principais, Alexandria, no Egito, e Cirene (cidade de Simão o Cireneu, que, portanto era africano, o homem que ajudou Jesus a carregar a cruz) na Pentápolis. No território da Palestina (Terra Santa) formaram-se as Igrejas de Jerusalém, Lidia (que eu pensava ser na (África), Jope, Pela, Samaria. Ptolomeida, Cafarnaum, Tiro (antiga capital dos fenícios) e Sidon. Na Siria (o território sírio era maior do que é hoje), mais ao norte, floresceram as igrejas de Damasco, Trípolis e Antioquia.
Havia na ilha de Chipre ( ver mapa) a de Salamis e Pafos. Edessa uma das mais veneradas igrejas e comunidade no norte da Mesopotâmia. Ao longo da Ásia Menor merecem destaque as igrejas de Tarso (cidade origem de São Paulo) Selêucida, Derbe, Icônio, Listra, Atália, Perge, Antioquia da Pisídia, Colossos, Laodiceia, Filadélfia, Mileto, Éfeso, Tiatira, Esmirna, Pérgamo (a cidade dos pergaminhos), e Troade.
Na Grécia (incluindo a Macedônia, parte continental norte) Filipos na Macedônia; Tessalonica, Apolônia, Atenas, Égira e Corinto, Patras e Nicópolis. Na Itália, desde os primórdios, como podemos ler nos documentos cristãos, houve a de Roma e a de Putéoli. A implantação mais números e fecunda deu-se na parte ocidental da Ásia Menor. Ela coincide com o campo de atuação missionária de São Paulo, tanto nas demais regiões da Europa como na África foram escassas as comunidades cristãs nesse primeiro século, 49-100. Quando haviam estavam localizadas nos grandes centros ou nos portos marítimos
Se você prestou a atenção nos últimos textos, percebeu que caminhávamos sobre cascas de ovos. Santos que foram hereges, imperadores que instrumentalizaram a fé, irmãos na fé separados pelo carisma de um ou outro líder, campo minado.
Então eu me pergunto em meu coração? Quando terminarão as perguntas? Nunca? Quando morrermos? Ou quando abraçamos a fé? Chego a sentir calafrios.
Então nesses momentos difíceis, onde duvidamos de nós mesmos, eu abro a janela e olho o céu. Quanto desconhecido, quanta pergunta a ser feita e quantas respostas a serem dadas. Então fecho os olhos e imagino a extensão e a profundidade do micro cosmo, e me perturba a alma tantas as questões.
É obvio que um homem possa perturbar-se diante de uma encruzilhada com muitos caminhos desconhecidos. Mas uma vez tomada à decisão, como se diz por ai, seja o que Deus quiser, vamos que vamos.
Se no campo das coisas, as perguntas se acumulam à medida que avançamos nas respostas, nas coisas da alma, a Fé nos trás uma tranqüilidade, um sossego, um hálito de paz, pois ela resolve questões básicas da existência humana. A diferença da fé com uma encruzilhada são duas, numa encruzilhada fazemos uma opção, a fé, pelo contrario nos é dada, principalmente se a pedimos. A opção pelo caminho, nos leva passo a passo ao desconhecido, que é via de regra, parecido com o conhecido. Na Fé, ganhamos uma luz, que antecede os fatos, e ilumina o desconhecido pela confiança, Deus vai a nossa frente, e nos espera no termino da caminhada, posto que sua obra esta pronta, desde muito, e o desconhecido para ele não existe. Prestaram a atenção: A OBRA DE DEUS ESTA PRONTA, ao sexto dia Deus terminou sua obra, e descansou. O homem sim, decaído da perfeição, caminha esse difícil retorno à paz de Deus. Privilegio que os anjos decaídos não mais terão. Nós os homens ainda temos um tempo, um tempo para pedir, um tempo para crer... E no mais é caminhar com prudência pelos labirintos de perguntas que a nós se impõe. Intencionalidade e dúvida características do que é humano.
O assunto que trazemos hoje é dificílimo para mim. Pensem o seguinte: de mais ou menos 1960, os padres deixaram o uso do Latim, passados quase cinquenta anos, os novos padres, os padres das gerações do inter-meio, e os da velha geração que sobreviveram, já não sabem o latim, e dele muito pouco podem tirar, digamos, num conjunto estatístico com qualidades universais. São só cinqüenta anos, e temos na estrutura dos documentos oficiais da Igreja, uma radical mudança do padrão de qualidade. Quando estudamos, em livros a História da Igreja, fatos ocorridos, dezenas de centenas de anos atrás, não nos damos conta dessas mudanças, e tendemos a ver e entender os acontecimentos como lineares, e como se, nossa geração fosse a síntese disso tudo, portanto obrigada e apta para tudo muito bem entender.
É possível que isso seja certo, mas em igual medida é possível que não.
Nada mais difícil do que avaliar como eram as comunidades cristãs do inicio da Igreja. Se considerarmos Ecclesiae com assembléia dos cristãos, imediatamente surge em nossa mente, que indivíduos reunidos com freqüência, tentam construir, ou melhorar o seu local de encontro e culto, portanto haveria de nascer uma “Casa” de Deus, um templo, um culto, e um ou mais responsáveis pela “casa”. Embora Deus falando aos judeus na velha Aliança, tenha chamado a atenção da presunção daqueles que queriam construir uma casa para o criador de tudo, nos veremos na nova Aliança, um elogio para os que têm Zelo pela casa do Senhor. Imediatamente, surgirá alguém, para dizer que Casa, para os hebreus diz respeito à tribo, raça, clã, e o zelo deve-se à Tribo dos escolhidos, ora, mas os escolhidos rejeitaram o Filho de Deus, o herdeiro da Casa em qualquer dos sentidos, e ficaram sem a casa (templo) e sem a proteção (herança) que foi dada, pelo Filho a outros povos e outras Casas. Todavia se olharmos com desassombro, os apóstolos eram as colunas dessa assembléia e desse edifício de reunião dos homens e do culto “fazei isso em memória de mim”. As Assembléias tinham seu templo, sua construção de reunião, e os zeladores, não do templo, mas da assembléia e do culto, eram, como não podiam deixar de ser, escolhidos, a partir de Pedro, a pedra fundamental, numa hierarquia, na profissão da fé, e na retidão da celebração da eucaristia (fração do pão) que pelas palavras de Cristo se tornam sangue e carne dele, para a salvação de todos (nesse ponto esta sendo chamada a razão todos os cultos e religiões de sacrifícios de toda a história da Humanidade). Venham para meu sangue e carne, presunçosos chantagistas e negociantes da vontade do Pai, parece dizer o Filho, porque a Vontade do Pai deve ser cumprida ate o fim, pois ela se estende para além das cadeias da morte. A vontade do Pai impera na eternidade. Ou vocês amam a Deus e o honram, ou são seus inimigos.
Assim, como lá ninguém estava, exceto Cristo, costuma-se avaliar as comunidades cristãs primitivas no século primeiro através dos escritos chamados neotestamentários, as epistolas de São Paulo, os Atos dos Apóstolos e o Apocalipse. Irradiando-se da Palestina tomou o sentido Norte Oeste, ou seja, da Síria para o Ocidente, em direção a Roma. No litoral norte da África havia duas principais, Alexandria, no Egito, e Cirene (cidade de Simão o Cireneu, que, portanto era africano, o homem que ajudou Jesus a carregar a cruz) na Pentápolis. No território da Palestina (Terra Santa) formaram-se as Igrejas de Jerusalém, Lidia (que eu pensava ser na (África), Jope, Pela, Samaria. Ptolomeida, Cafarnaum, Tiro (antiga capital dos fenícios) e Sidon. Na Siria (o território sírio era maior do que é hoje), mais ao norte, floresceram as igrejas de Damasco, Trípolis e Antioquia.
Havia na ilha de Chipre ( ver mapa) a de Salamis e Pafos. Edessa uma das mais veneradas igrejas e comunidade no norte da Mesopotâmia. Ao longo da Ásia Menor merecem destaque as igrejas de Tarso (cidade origem de São Paulo) Selêucida, Derbe, Icônio, Listra, Atália, Perge, Antioquia da Pisídia, Colossos, Laodiceia, Filadélfia, Mileto, Éfeso, Tiatira, Esmirna, Pérgamo (a cidade dos pergaminhos), e Troade.
Na Grécia (incluindo a Macedônia, parte continental norte) Filipos na Macedônia; Tessalonica, Apolônia, Atenas, Égira e Corinto, Patras e Nicópolis. Na Itália, desde os primórdios, como podemos ler nos documentos cristãos, houve a de Roma e a de Putéoli. A implantação mais números e fecunda deu-se na parte ocidental da Ásia Menor. Ela coincide com o campo de atuação missionária de São Paulo, tanto nas demais regiões da Europa como na África foram escassas as comunidades cristãs nesse primeiro século, 49-100. Quando haviam estavam localizadas nos grandes centros ou nos portos marítimos
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
Os grandes sacerdotes da Igreja Cristã.
Os grandes Padres da Igreja Cristã.
Platão disse algo assim: "Podemos perdoar uma criança por ter medo do escuro, mas não podemos perdoar os homens, pelo seu medo da luz"
"O Senhor abre os olhos aos cegos, o Senhor levanta os abatidos, o Senhor ama os justos" Salmo 146-148.
Antes de entrarmos nos próximos séculos, vamos escrever algo sobre os Santos Padres, como eram chamados, esses grandes escritores e doutores da fé. No sentido lato, nos diz o cronista o século IV (quarto) e considerado o século de ouro da doutrina Universal de Jesus Cristo (também chamada católica, palavra grega que quer dizer aquela que congrega universalmente). Contribuíram para esse esplendor:
a) A paz entre a Igreja dos cristãos e o Império.
b) As grandes heresias (arianismo, nestorianismo, pelagianismo) e sua controvérsia que exigiram um radical aprofundamento da doutrina cristã;
c) A reunião sistemática de inúmeros Concílios (regionais e Oicumenos, ou seja, de toda a terra habitada por cristãos) que congregou os grandes teólogos.
d) O aparecimento de tantos gênios como nunca se vira em toda a história da Igreja.
No Império do Oriente (que compreendia a Ásia Menor, toda a Terra Santa, a Síria, o Egito até Cartago no Norte da África.
Ali, em Alexandria no Egito, Àfrica, a escola de Alexandria como era chamada ganha brilho universal com Santo Atanásio, São Basílio, São Gregório de Nissa e São Gregório Nazianzeno.
Em Antioquia (* Ásia Menor) dedicam-se entre outros São Crisóstomo, com rigorismo racionalista, que infelizmente gerará duas heresias terríveis: O arianismo, do Bispo Ário que contaminou o império e o imperador, e o nestorianismo, do Bispo Nestório.
Atanásio nascido em 295- 376 (portanto morreu com 86 anos) simples cônego foi à figura principal do Concilio de Nicéia. Combateu o arianismo com coragem, o que lhe valeu o exílio por cinco vezes, tendo ficado 17 anos escondido nos velhos túmulos do Egito onde produziu números escritos de defesa da Igreja.
Basílio nasceu em 330-379 (viveu 49 anos); também enfrentou o imperador ariano. Regulamentou a função dos clérigos e desenvolveu os estudos eclesiásticos, com ele na Capadocia começam as escolas de oficio para a juventude, os albergues para peregrinos, os leprosários, as casas de retiro para doentes. Seus livros mais famosos são Hexameron, e Homilias.
Gregório de Nazianzo viveu entre 330 e 390, portanto por sessenta anos, foi amigo de São Basílio e Bispo de Constantinopla, capital do Império do Oriente, ai combateu o arianismo. Foi mestre de São Jerônimo o tradutor da Bíblia, e de São Gregório de Nissa.
Gregório de Nissa era irmão de Basílio, era eloqüente brilhando no Concilio de Constantinopla, era considerada Coluna da Ortodoxia (retidão) e foi quem redigiu o símbolo Constantinopolitano, completando o símbolo de Nicéia, que por sua vez tinha como corpo o Símbolo dos Apóstolos escrito entre 49 (Concilio de Jerusalém presidido por São Pedro), e 100 com São João.
São João Crisóstomo viveu entre 344-407, é considerado o maior de todos os Santos Padres de língua grega, teve formação erudita e vivia nas cavernas da Antioquia, tinha sido sacerdote, mas só descia das cavernas para pregar em publico em Constantinopla. Foi o maior orador da antiguidade cristã, por isso chamado de Crisóstomo (boca de ouro).
No império do Ocidente, já se desenvolvia o uso do latim, para os ofícios e documentos da Igreja. Assim os historiadores se chamavam aqueles, de os quatro grandes doutores da língua grega, chamaram a esses,os quatro grandes doutores da língua latina. Santo Ambrosio, São Jerônimo que traduziu a Bíblia em Jerusalém, Santo Agostinho (Africano) e Leão Magno Papa. Para que não fiquem confusões, Agostinho, por exemplo, era nascido no norte da África, no Império do Oriente, mas por ter pregado e escrito em latim, é considerado um dos grandes do ocidente.
Ambrosio viveu entre 333 e 397, portanto 64 anos. Foi bispo de Milão. Foi ele que deteve o arianismo no império do Ocidente, pois pregava diariamente e escrevia muito, foi conselheiro de três imperadores, e converteu Santo Agostinho, é o doutor da independência da Igreja do Estado Imperial.
Jerônimo estudou em Roma, tornou-se monge em Aquileia, foi mais para o oriente para aprender o grego e o aramaico a fim de entender a Bíblia no Original conhecido, estudou exegese com Nazianzeno. Assim o papa Damasceno, incumbido de traduzir a Bíblia, para afastar ou dificultar os erros e a fraude. Assim em Belém (da Judéia) em 382, sua tradução hoje chamada Vulgata se tornou de uso corrente em toda a Igreja.( sempre considerando que não havia imprensa, e que essa vulgarização era relativa, e destinava-se ao uso dos sacerdotes ( padres, clerigos). Foi considerado o mais sábios dos padres antigos, o próprio Santo Agostinho o consultava, Jerônimo penitenciava-se no deserto.
Agostinho viveu entre 354_430, portanto 76 anos. Sua mãe era cristã, fez sua formação em Cartago, antiga colônia semita da África, passando á Itália no outro lado do Mediterrâneo, fixou-se em Milão. Abraçou o maniqueísmo, que não o satisfez na sua busca pela verdade. Conheceu Santo Ambrosio por quem foi batizado na páscoa de 387 depois volta a Tagaste na África onde nasceu, e torna-se monge. Foi ordenado sacerdote em 391 dedicou-se a combater o maniqueísmo na África, que fora sua crença, e tornou-se Bispo de Hipona, na África.
Morreu em 430 quando os Vândalos invadiram Hipona, ( eu não sabia disso) Ele é considerado por alguns autores o maior doutor da Igreja em todos os tempos. Deixou varias obras escritas em latim, Confissões e De Civitate Dei (a Cidade de Deus) são as mais conhecidas.
São Leão Magno, Papa, em data um pouco posterior 461 deixou inúmeros escritos que são considerados monumentos da ciência eclesiástica, porém, sua fama vem de sua notável atuação como Papa como ainda veremos adiante.
Platão disse algo assim: "Podemos perdoar uma criança por ter medo do escuro, mas não podemos perdoar os homens, pelo seu medo da luz"
"O Senhor abre os olhos aos cegos, o Senhor levanta os abatidos, o Senhor ama os justos" Salmo 146-148.
Antes de entrarmos nos próximos séculos, vamos escrever algo sobre os Santos Padres, como eram chamados, esses grandes escritores e doutores da fé. No sentido lato, nos diz o cronista o século IV (quarto) e considerado o século de ouro da doutrina Universal de Jesus Cristo (também chamada católica, palavra grega que quer dizer aquela que congrega universalmente). Contribuíram para esse esplendor:
a) A paz entre a Igreja dos cristãos e o Império.
b) As grandes heresias (arianismo, nestorianismo, pelagianismo) e sua controvérsia que exigiram um radical aprofundamento da doutrina cristã;
c) A reunião sistemática de inúmeros Concílios (regionais e Oicumenos, ou seja, de toda a terra habitada por cristãos) que congregou os grandes teólogos.
d) O aparecimento de tantos gênios como nunca se vira em toda a história da Igreja.
No Império do Oriente (que compreendia a Ásia Menor, toda a Terra Santa, a Síria, o Egito até Cartago no Norte da África.
Ali, em Alexandria no Egito, Àfrica, a escola de Alexandria como era chamada ganha brilho universal com Santo Atanásio, São Basílio, São Gregório de Nissa e São Gregório Nazianzeno.
Em Antioquia (* Ásia Menor) dedicam-se entre outros São Crisóstomo, com rigorismo racionalista, que infelizmente gerará duas heresias terríveis: O arianismo, do Bispo Ário que contaminou o império e o imperador, e o nestorianismo, do Bispo Nestório.
Atanásio nascido em 295- 376 (portanto morreu com 86 anos) simples cônego foi à figura principal do Concilio de Nicéia. Combateu o arianismo com coragem, o que lhe valeu o exílio por cinco vezes, tendo ficado 17 anos escondido nos velhos túmulos do Egito onde produziu números escritos de defesa da Igreja.
Basílio nasceu em 330-379 (viveu 49 anos); também enfrentou o imperador ariano. Regulamentou a função dos clérigos e desenvolveu os estudos eclesiásticos, com ele na Capadocia começam as escolas de oficio para a juventude, os albergues para peregrinos, os leprosários, as casas de retiro para doentes. Seus livros mais famosos são Hexameron, e Homilias.
Gregório de Nazianzo viveu entre 330 e 390, portanto por sessenta anos, foi amigo de São Basílio e Bispo de Constantinopla, capital do Império do Oriente, ai combateu o arianismo. Foi mestre de São Jerônimo o tradutor da Bíblia, e de São Gregório de Nissa.
Gregório de Nissa era irmão de Basílio, era eloqüente brilhando no Concilio de Constantinopla, era considerada Coluna da Ortodoxia (retidão) e foi quem redigiu o símbolo Constantinopolitano, completando o símbolo de Nicéia, que por sua vez tinha como corpo o Símbolo dos Apóstolos escrito entre 49 (Concilio de Jerusalém presidido por São Pedro), e 100 com São João.
São João Crisóstomo viveu entre 344-407, é considerado o maior de todos os Santos Padres de língua grega, teve formação erudita e vivia nas cavernas da Antioquia, tinha sido sacerdote, mas só descia das cavernas para pregar em publico em Constantinopla. Foi o maior orador da antiguidade cristã, por isso chamado de Crisóstomo (boca de ouro).
No império do Ocidente, já se desenvolvia o uso do latim, para os ofícios e documentos da Igreja. Assim os historiadores se chamavam aqueles, de os quatro grandes doutores da língua grega, chamaram a esses,os quatro grandes doutores da língua latina. Santo Ambrosio, São Jerônimo que traduziu a Bíblia em Jerusalém, Santo Agostinho (Africano) e Leão Magno Papa. Para que não fiquem confusões, Agostinho, por exemplo, era nascido no norte da África, no Império do Oriente, mas por ter pregado e escrito em latim, é considerado um dos grandes do ocidente.
Ambrosio viveu entre 333 e 397, portanto 64 anos. Foi bispo de Milão. Foi ele que deteve o arianismo no império do Ocidente, pois pregava diariamente e escrevia muito, foi conselheiro de três imperadores, e converteu Santo Agostinho, é o doutor da independência da Igreja do Estado Imperial.
Jerônimo estudou em Roma, tornou-se monge em Aquileia, foi mais para o oriente para aprender o grego e o aramaico a fim de entender a Bíblia no Original conhecido, estudou exegese com Nazianzeno. Assim o papa Damasceno, incumbido de traduzir a Bíblia, para afastar ou dificultar os erros e a fraude. Assim em Belém (da Judéia) em 382, sua tradução hoje chamada Vulgata se tornou de uso corrente em toda a Igreja.( sempre considerando que não havia imprensa, e que essa vulgarização era relativa, e destinava-se ao uso dos sacerdotes ( padres, clerigos). Foi considerado o mais sábios dos padres antigos, o próprio Santo Agostinho o consultava, Jerônimo penitenciava-se no deserto.
Agostinho viveu entre 354_430, portanto 76 anos. Sua mãe era cristã, fez sua formação em Cartago, antiga colônia semita da África, passando á Itália no outro lado do Mediterrâneo, fixou-se em Milão. Abraçou o maniqueísmo, que não o satisfez na sua busca pela verdade. Conheceu Santo Ambrosio por quem foi batizado na páscoa de 387 depois volta a Tagaste na África onde nasceu, e torna-se monge. Foi ordenado sacerdote em 391 dedicou-se a combater o maniqueísmo na África, que fora sua crença, e tornou-se Bispo de Hipona, na África.
Morreu em 430 quando os Vândalos invadiram Hipona, ( eu não sabia disso) Ele é considerado por alguns autores o maior doutor da Igreja em todos os tempos. Deixou varias obras escritas em latim, Confissões e De Civitate Dei (a Cidade de Deus) são as mais conhecidas.
São Leão Magno, Papa, em data um pouco posterior 461 deixou inúmeros escritos que são considerados monumentos da ciência eclesiástica, porém, sua fama vem de sua notável atuação como Papa como ainda veremos adiante.
Juliano o Imperador Apóstata.
Juliano o apostata (361- 363)
Os descendentes e herdeiros do Império, Constantino II (337-340) e Constâncio (337-361) continuaram a obra de cristianização iniciada por Constantino, o que veremos com mais detalhe à frente quando escrevermos sobre as primeiras heresias. Todavia em 361 assume o Império, Juliano, filho de um meio irmão de Constantino Magno (I), embora aparentemente educado no cristianismo, recebeu influencia do neoplatonico Maximo de Éfeso, de modo que sob a aparência de católico logo ao tomar posse declarou-se adepto da religião helenista antiga, ato que lhe valeu entre os cristãos o cognome de Apostata (desertor). Praticava o culto ao sol, como seus sacrifícios (diferentes do dos hebreus ( ver o episódio do bode expiatório), mas em tese igual a todos os outros encontrados na história das Religiões) e a magia.
Curioso, e não podemos deixar de registrar, que o sacrifício de Cristo, filho Único de Deus, acabava de uma vez por todas com os sacrifícios humanos, pois não haveria nada de superior a oferecer, do que o próprio Filho de Deus. Os sacrifícios de animais desenvolviam-se sempre para os sacrifícios humanos... Com o sacrifício de Cristo, não havia nada de melhor a oferecer. Esse foi um grande e decisivo passo para civilizar o culto religioso praticado por todas as religiões em todos os tempos. Embora não fosse esse o sentido do Sacrifício Cristão, pois esse foi instituído pelo próprio Cristo (fazei isso em memória de mim) na sua ultima ceia, havia no ato uma mensagem cabal a todos os homens (parem com essa loucura).
Voltando a Juliano, ele quis promover a restauração cultural pagã transferindo os direitos conquistados pela Igreja aos templos pagãos. Os Galileus, como eram chamados o cristão nos diz a Mater Ecclesiae, deveriam deixar os cargos públicos de elevada hierarquia. ( deve-se dizer, que os espetáculos publicos de sacrificio de cristãos, não era só um espetáculo de circo como afirmam, mas era sem dúvida um sacrificio humano aos deuses).
Juliano tentou então criar a Igreja de Estado Neoplatônica, copiando, como fez o comunismo na Rússia, os moldes da Igreja Católica, pois essa era a única existente.
No intuito de prejudicar os Galileus e sua Igreja, favoreceu as heresias e cisões entre os cristãos. Para demonstrar que Cristo havia se enganado (MT 24,2) permitiu aos judeus que voltassem a Terra Santa para reconstruir o Templo de Jerusalém, mas curiosamente estes não conseguiram o reerguer. O próprio Imperador combateu por escrito ao cristianismo, numa obra conhecida como “Contra os Galileus”, dos quais não se conhece original, apenas se conhece fragmento na obra de contestação escrita por São Cirilo de Alexandria.
Juliano não quis matar aos Galileus, pois dizia que o sangue dos mártires seria como mel para as abelhas, e que os Galileus correriam aos milhares para eles. Todavia houve em seu reinado derramamento de sangue cristão.
Curioso, Juliano morreu em uma missão militar contra os persas, aos 32 anos, tendo governado apenas três anos, diz uma lenda, nunca comprovada historicamente, que em seu leito de morte, teria dito “venceste Galileu”. O que se sabe é que o escritor cristão Santo Atanásio o comparou a uma “nuvem pequena que se dissolveu rapidamente”.
Obs: o Neoplatonismo teve origem em Alexandria no Egito no século terceiro depois de Cristo, surgia como uma fusão de crenças dos persas dos egípcios e dos judeus. Não era e não é uma filosofia, mas era e é um culto religioso e místico, velado, que incluía a “teurgia” (arte de fazer deus descer em uma alma em êxtase).
Os descendentes e herdeiros do Império, Constantino II (337-340) e Constâncio (337-361) continuaram a obra de cristianização iniciada por Constantino, o que veremos com mais detalhe à frente quando escrevermos sobre as primeiras heresias. Todavia em 361 assume o Império, Juliano, filho de um meio irmão de Constantino Magno (I), embora aparentemente educado no cristianismo, recebeu influencia do neoplatonico Maximo de Éfeso, de modo que sob a aparência de católico logo ao tomar posse declarou-se adepto da religião helenista antiga, ato que lhe valeu entre os cristãos o cognome de Apostata (desertor). Praticava o culto ao sol, como seus sacrifícios (diferentes do dos hebreus ( ver o episódio do bode expiatório), mas em tese igual a todos os outros encontrados na história das Religiões) e a magia.
Curioso, e não podemos deixar de registrar, que o sacrifício de Cristo, filho Único de Deus, acabava de uma vez por todas com os sacrifícios humanos, pois não haveria nada de superior a oferecer, do que o próprio Filho de Deus. Os sacrifícios de animais desenvolviam-se sempre para os sacrifícios humanos... Com o sacrifício de Cristo, não havia nada de melhor a oferecer. Esse foi um grande e decisivo passo para civilizar o culto religioso praticado por todas as religiões em todos os tempos. Embora não fosse esse o sentido do Sacrifício Cristão, pois esse foi instituído pelo próprio Cristo (fazei isso em memória de mim) na sua ultima ceia, havia no ato uma mensagem cabal a todos os homens (parem com essa loucura).
Voltando a Juliano, ele quis promover a restauração cultural pagã transferindo os direitos conquistados pela Igreja aos templos pagãos. Os Galileus, como eram chamados o cristão nos diz a Mater Ecclesiae, deveriam deixar os cargos públicos de elevada hierarquia. ( deve-se dizer, que os espetáculos publicos de sacrificio de cristãos, não era só um espetáculo de circo como afirmam, mas era sem dúvida um sacrificio humano aos deuses).
Juliano tentou então criar a Igreja de Estado Neoplatônica, copiando, como fez o comunismo na Rússia, os moldes da Igreja Católica, pois essa era a única existente.
No intuito de prejudicar os Galileus e sua Igreja, favoreceu as heresias e cisões entre os cristãos. Para demonstrar que Cristo havia se enganado (MT 24,2) permitiu aos judeus que voltassem a Terra Santa para reconstruir o Templo de Jerusalém, mas curiosamente estes não conseguiram o reerguer. O próprio Imperador combateu por escrito ao cristianismo, numa obra conhecida como “Contra os Galileus”, dos quais não se conhece original, apenas se conhece fragmento na obra de contestação escrita por São Cirilo de Alexandria.
Juliano não quis matar aos Galileus, pois dizia que o sangue dos mártires seria como mel para as abelhas, e que os Galileus correriam aos milhares para eles. Todavia houve em seu reinado derramamento de sangue cristão.
Curioso, Juliano morreu em uma missão militar contra os persas, aos 32 anos, tendo governado apenas três anos, diz uma lenda, nunca comprovada historicamente, que em seu leito de morte, teria dito “venceste Galileu”. O que se sabe é que o escritor cristão Santo Atanásio o comparou a uma “nuvem pequena que se dissolveu rapidamente”.
Obs: o Neoplatonismo teve origem em Alexandria no Egito no século terceiro depois de Cristo, surgia como uma fusão de crenças dos persas dos egípcios e dos judeus. Não era e não é uma filosofia, mas era e é um culto religioso e místico, velado, que incluía a “teurgia” (arte de fazer deus descer em uma alma em êxtase).
domingo, 11 de janeiro de 2009
A vitória contra os primeiros erros.
Vitoria sobre o erro.
O desenvolvimento escrito da doutrina.
Podemos ler na Sagrada Escritura que Jesus lia nas sinagogas, e escrevia no chão, mas curiosamente não nos deixou nenhum escrito. Quando eu penso que em 2003 havia no Paraná, 500.000 analfabetos, como pensar ao tempo de Cristo, o numero dos letrados. Dos doze apóstolos apenas cinco nos deixaram escritos ( Matheus, João, Pedro, Tiago e Judas) e todos escreveram após a morte de Jesus Cristo. É curioso e podemos sim pensar que algum não soubesse escrever; as epistolas (cartas) endereçadas a comunidades longínquas parecem surgir a partir dos anos 49 e 50. Termina os escritos apostólicos aparentemente como o evangelho de São João aproximadamente ao ano 100. O primeiro evangelista a escrever foi Matheus em 50, em aramaico, os outros foram escritos em grego. Os evangelistas Lucas e Marcos não foram discípulos imediatos de Cristo, e fazem parte dos escritores contemporâneos dos Apóstolos, sendo seus discípulos diretos ou indiretos deixaram, alem dos dois Evangelhos (Marcos e Lucas) obras em geral muito simples, instruções e exortações aos bons costumes, explicações da Sagrada Escritura e resumo da doutrina Cristã.
Se vocês pensarem que Jesus morreu entre 33 e 36, quando João redigiu seu Evangelho haviam se passado 64 anos. Disso tudo nós tiramos uma certeza, a pregação inicial foi verbal, segundo a ordem de Cristo: Ide e pregai o Evangelho (o que é o mesmo que dizer ide dar a boa noticia, pois a palavra Evangélicon, grega, quer dizer Boa Nova, ou Boa Noticia. Mas tudo ia sendo feito de forma oral. A epistola mais antiga conhecida é a de São Paulo, escrita em 49, ou seja, 13 anos depois da Morte e ressurreição do Senhor. O primeiro Evangelho 14 anos depois da Morte de Nosso Senhor; em seguida temos os escritores eclesiásticos. Discípulos de São Pedro aparecem os escritos de São Clemente de Roma 4quarto Papa, em carta aos coríntios, e Santo Inácio de Antioquia que escreve sete cartas a diversas comunidades. Discípulo de São João Evangelista, São Policarpo foi a ultima testemunha dos apóstolos.
Entre os anos 70 e 90 surge a Didaqué de autor desconhecido, testemunho muito rico da vida cristã. Vários outros escritos, porém considerados de menor importância. O mais importante documento da idade apostólica é o Símbolo dos Apóstolos de origem apostólica, doutrina simples, se alusão a heresias, nenhuma especulação teológica e linguagem e pensamento característico dos escritos apostólicos.
Na seqüência surgem os Apologetas (ou apologistas) escritores do segundo século que defendem a fé diante dos primeiros inimigos, já falamos algo sobre eles em outro texto, mas é bom lembrar, para fixar. Assim Roma (enquanto Império, ou seja, estendida ate a Terra Santa) começa a resistência ao pensamento cristão combatida, não só pela força, mas pelos intelectuais pagãos. Tácito chamou o cristianismo de detestável superstição. Celso negando o Messias procurava destruir os fundamentos do cristianismo. Marco Aurélio (imperador) procurava valorizar a crença pagã com conteúdo religioso (o neoplatonismo). Os apologistas defendem a fé, falam aos imperadores e filósofos, condenando a barbaria, os erros e os sofismas. Nesse embate do segundo século participa um grupo de cristão ilustres que é o orgulho do cristianismo. Quadrato, de quem se conhece apenas fraguimentos. Aristides, demonstrando que o culto pagão é falso e imoral. Taciano, o apologista virulento, combate sem meias palavras o paganismo onde não vê nada de útil. Antenágoras expondo a verdade a todos sem meias palavras. Justino em duas apologias nos deixa um testemunho claro da eucaristia.Minúcio Felix, escrevendo para sábios faz de seu Otávio, a pérola da apologética cristã. E a maior figura do segundo século, Santo Irineu, Bispo de Lião (Leão), escrevendo o seu “Tratado contra as heresias”.
O século terceiro o numero dos cristãos é maior, as perseguições já tem outro conteúdo, e a comunidade cristã estruturada em Igreja Visível, enfrenta as divisões internas, desvios, heresias, cismas, o que resulta num aprofundamento dogmático, e definições precisas; é o século dos grandes apologistas e controversistas:
A escola de Alexandria: (no Egito, cidade fundada por Alexandre o (Macedônio), durante a expansão do império Helenístico de língua grega). Ali surge Clemente de Alexandria, contrapondo-se ao gnosticismo, a apologia de Cristo contra o paganismo e judaísmo, a exposição da vida cristã, e o aprofundamento da doutrina de Cristo. Também em Alexandria surge Orígenes ( 185-255) corrigindo interpretações da Bíblia ( mas acabou condenado em alguns erros pelos papas. Deve-se sempre lembrar que não existia imprensa. Os textos manuscritos, em couro ( pergaminho) ou papiro, se houvesse existido aos milhares, haveríamos de ter hoje muito mais documento do que se tem em termos de originais, o que prova, que o conceito de Bíblia era diferente do que temos hoje.
Também no norte da África floresceram grandes cristandades, entre negros e semitas (ver historia das colônias semitas do Norte da África, e gregas, e Romanas. A historia do cristianismo registra ai quatro grandes escritores: Arnóbio que passa de adversário a defensor do cristianismo; Lactâncio chamado o Cícero Cristão e historiador do fim trágico sofrido pelos imperadores perseguidores da Igreja; São Cipriano Bispo de Cartago e Tertuliano, o mais notável dos apologistas conhecidos, que se tornou aderente a heresia Montanista (seguidores de Montano) que, já naquela época, atribuíam a si uma ligação direta com o Espírito Santo, negando o Magistério eclesial instituído com a entrega das chaves a Pedro pelo próprio Cristo.
Deixaremos para um próximo texto o quarto século, chamado século de ouro, e as principais cismas e heresias, para que se compreenda a importância do colégio dos Bispos de todas as terras habitadas por cristãos submetidos ao Papa (infalível em Fé e Moral) para a solução doutrinaria e pacífica desses conflitos que foram surgindo, desviando as almas do que Jesus Cristo houvera dito. Falaremos dos Judaizantes ( ebionistas e cerintianos);milenaristas;gnosticismo; marcionismo; montanismo;maniqueísmo; arianismo;docetistas; nestorianismo;monofisismo;monotelismo;pelagianismo; semipelagianismo; e os rebatizantes, finalmente a penitência. Não costumamos fazer promessas de textos, pois algumas vezes não conseguimos realizá-los, todavia, é o caminho a ser tomado no combate aos principais erros dos tempos iniciais da Igreja.
O desenvolvimento escrito da doutrina.
Podemos ler na Sagrada Escritura que Jesus lia nas sinagogas, e escrevia no chão, mas curiosamente não nos deixou nenhum escrito. Quando eu penso que em 2003 havia no Paraná, 500.000 analfabetos, como pensar ao tempo de Cristo, o numero dos letrados. Dos doze apóstolos apenas cinco nos deixaram escritos ( Matheus, João, Pedro, Tiago e Judas) e todos escreveram após a morte de Jesus Cristo. É curioso e podemos sim pensar que algum não soubesse escrever; as epistolas (cartas) endereçadas a comunidades longínquas parecem surgir a partir dos anos 49 e 50. Termina os escritos apostólicos aparentemente como o evangelho de São João aproximadamente ao ano 100. O primeiro evangelista a escrever foi Matheus em 50, em aramaico, os outros foram escritos em grego. Os evangelistas Lucas e Marcos não foram discípulos imediatos de Cristo, e fazem parte dos escritores contemporâneos dos Apóstolos, sendo seus discípulos diretos ou indiretos deixaram, alem dos dois Evangelhos (Marcos e Lucas) obras em geral muito simples, instruções e exortações aos bons costumes, explicações da Sagrada Escritura e resumo da doutrina Cristã.
Se vocês pensarem que Jesus morreu entre 33 e 36, quando João redigiu seu Evangelho haviam se passado 64 anos. Disso tudo nós tiramos uma certeza, a pregação inicial foi verbal, segundo a ordem de Cristo: Ide e pregai o Evangelho (o que é o mesmo que dizer ide dar a boa noticia, pois a palavra Evangélicon, grega, quer dizer Boa Nova, ou Boa Noticia. Mas tudo ia sendo feito de forma oral. A epistola mais antiga conhecida é a de São Paulo, escrita em 49, ou seja, 13 anos depois da Morte e ressurreição do Senhor. O primeiro Evangelho 14 anos depois da Morte de Nosso Senhor; em seguida temos os escritores eclesiásticos. Discípulos de São Pedro aparecem os escritos de São Clemente de Roma 4quarto Papa, em carta aos coríntios, e Santo Inácio de Antioquia que escreve sete cartas a diversas comunidades. Discípulo de São João Evangelista, São Policarpo foi a ultima testemunha dos apóstolos.
Entre os anos 70 e 90 surge a Didaqué de autor desconhecido, testemunho muito rico da vida cristã. Vários outros escritos, porém considerados de menor importância. O mais importante documento da idade apostólica é o Símbolo dos Apóstolos de origem apostólica, doutrina simples, se alusão a heresias, nenhuma especulação teológica e linguagem e pensamento característico dos escritos apostólicos.
Na seqüência surgem os Apologetas (ou apologistas) escritores do segundo século que defendem a fé diante dos primeiros inimigos, já falamos algo sobre eles em outro texto, mas é bom lembrar, para fixar. Assim Roma (enquanto Império, ou seja, estendida ate a Terra Santa) começa a resistência ao pensamento cristão combatida, não só pela força, mas pelos intelectuais pagãos. Tácito chamou o cristianismo de detestável superstição. Celso negando o Messias procurava destruir os fundamentos do cristianismo. Marco Aurélio (imperador) procurava valorizar a crença pagã com conteúdo religioso (o neoplatonismo). Os apologistas defendem a fé, falam aos imperadores e filósofos, condenando a barbaria, os erros e os sofismas. Nesse embate do segundo século participa um grupo de cristão ilustres que é o orgulho do cristianismo. Quadrato, de quem se conhece apenas fraguimentos. Aristides, demonstrando que o culto pagão é falso e imoral. Taciano, o apologista virulento, combate sem meias palavras o paganismo onde não vê nada de útil. Antenágoras expondo a verdade a todos sem meias palavras. Justino em duas apologias nos deixa um testemunho claro da eucaristia.Minúcio Felix, escrevendo para sábios faz de seu Otávio, a pérola da apologética cristã. E a maior figura do segundo século, Santo Irineu, Bispo de Lião (Leão), escrevendo o seu “Tratado contra as heresias”.
O século terceiro o numero dos cristãos é maior, as perseguições já tem outro conteúdo, e a comunidade cristã estruturada em Igreja Visível, enfrenta as divisões internas, desvios, heresias, cismas, o que resulta num aprofundamento dogmático, e definições precisas; é o século dos grandes apologistas e controversistas:
A escola de Alexandria: (no Egito, cidade fundada por Alexandre o (Macedônio), durante a expansão do império Helenístico de língua grega). Ali surge Clemente de Alexandria, contrapondo-se ao gnosticismo, a apologia de Cristo contra o paganismo e judaísmo, a exposição da vida cristã, e o aprofundamento da doutrina de Cristo. Também em Alexandria surge Orígenes ( 185-255) corrigindo interpretações da Bíblia ( mas acabou condenado em alguns erros pelos papas. Deve-se sempre lembrar que não existia imprensa. Os textos manuscritos, em couro ( pergaminho) ou papiro, se houvesse existido aos milhares, haveríamos de ter hoje muito mais documento do que se tem em termos de originais, o que prova, que o conceito de Bíblia era diferente do que temos hoje.
Também no norte da África floresceram grandes cristandades, entre negros e semitas (ver historia das colônias semitas do Norte da África, e gregas, e Romanas. A historia do cristianismo registra ai quatro grandes escritores: Arnóbio que passa de adversário a defensor do cristianismo; Lactâncio chamado o Cícero Cristão e historiador do fim trágico sofrido pelos imperadores perseguidores da Igreja; São Cipriano Bispo de Cartago e Tertuliano, o mais notável dos apologistas conhecidos, que se tornou aderente a heresia Montanista (seguidores de Montano) que, já naquela época, atribuíam a si uma ligação direta com o Espírito Santo, negando o Magistério eclesial instituído com a entrega das chaves a Pedro pelo próprio Cristo.
Deixaremos para um próximo texto o quarto século, chamado século de ouro, e as principais cismas e heresias, para que se compreenda a importância do colégio dos Bispos de todas as terras habitadas por cristãos submetidos ao Papa (infalível em Fé e Moral) para a solução doutrinaria e pacífica desses conflitos que foram surgindo, desviando as almas do que Jesus Cristo houvera dito. Falaremos dos Judaizantes ( ebionistas e cerintianos);milenaristas;gnosticismo; marcionismo; montanismo;maniqueísmo; arianismo;docetistas; nestorianismo;monofisismo;monotelismo;pelagianismo; semipelagianismo; e os rebatizantes, finalmente a penitência. Não costumamos fazer promessas de textos, pois algumas vezes não conseguimos realizá-los, todavia, é o caminho a ser tomado no combate aos principais erros dos tempos iniciais da Igreja.
sábado, 10 de janeiro de 2009
Curiosidade, um capítulo da história que poucos conhecem.
Uma história pouco conhecida.
Mais ou menos no ano 100 depois de Cristo, os judeus, apavorados com o crescimento do cristianismo dentro de seu povo, se reuniram em um sínodo, o sínodo de rabinos de Jâmnia, ou Jabenes. Nesse sínodo os rabinos procuraram desmontar as bases escrituristicas dos cristão oferecendo-lhes resistência, que se referiam aos textos da tradição rabínica ( Thorá (Berith)), ou como entendemos hoje, o Velho Testamento. Assim os rabinos definiam como critério para se saber se um livro era inspirado por Deus:
Os critérios rabinicos não são os critérios cristãos. Jesus traz a nova e definitiva Aliança (Berith).
Todavia é bom comentar, porque a negação desses livros, será retomada pelo chamados protestantes.
São assim quatro os critérios rabínicos: A) fossem escritos em hebraico( nenhum livro cristão foi escrito em hebraico) portanto não em aramaico ou em grego. B) na terra de Israel, não no estrangeiro (somente Matheus foi escrito em Israel, todavia vou verificar se apenas Matheu escreveu na Terra Santa, pois eu, com certeza sei que João escreveu na Ilha de Patmos). C) Antes de Esdras no século V antes de Cristo. (todavia não se conhece hoje nenhum fragmento, por menor que seja dessa época, a documentação existente hoje, nos leva a supor que durante o sínodo dos Rabinos, também não existisse nenhum fragmento escritural original dessa época). D) em conformidade com a lei de Moisés.
Todavia no sínodo de Trulos II, em 692 depois de Cristo, no Oriente (Ásia Menor,) definiu a Igreja o Canon bíblico, incluindo os sete livros chamados deuterocanonicos (déuteron = depois) de Esdras que os judeus de Jâmnia não aceitaram, e que serão os livros rejeitado pelos protestantes por volta dos anos 1450 dC. Assim, os protestantes voltavam a fazer o jogo dos judeus.
Para que você entenda o que é Canônico: Kanná em grego é um caniço (hoje por assimilação chamamos cana... de açúcar, por exemplo) e era um caniço de medir, portanto era um padrão de medida como o metro. Cãnon, portanto era o conjunto de livros dentro da regra, da medida( metaforicamente) de vida ver Gl 16,16. Os antigos falavam em cânon da fé ou da verdade (medida ou régua da fé e da verdade) que era o critério para julgar a vida dos cristãos. Nesse sentido, cânon passou a designar catálogo, tabela registro, e nesse sentido passou a chamar-se para os cristãos o catalogo dos livros da Bíblia, que desde Trulos II, reuniu os livros, proto e deuterocanonicos como livros sagrados. Próton do grego primeiro (da primeira hora), ou seja, desde sempre. Déuteron, do grego = segundo, posterior, (em segunda estância).
Assim são três as línguas dos textos sagrados do Cristianismo: o Hebraico, o aramaico e o grego, e posteriormente, o latim.
1)O Hebraico, língua que se supõe tenham sido escritos os livros protocanônicos do Antigo Testamento (Thorá, Berith). Dizemos se supõe porque não se conhece originais dessa época do seculo V aC. O hebraico escrito, reservado ao oficio das sinagogas, era escrito ate o oitavo século depois de Cristo, somente com as consoantes, sem vogais, e o leitor deveria completar mentalmente com as vogais. Um exemplo e português: peguem as consoantes l e m, agora inclua as vogais: lama, leme, lume, alma... etc. Isso gerava no hebraico propositadamente ( para interesse dos rabinos) interpretações duplas, havendo regras para o chamada interpretação “exotérica” dos textos. Tal curiosidade pode ser comprovada no seguinte episódio. Em Roma há uma estátua de Miguelangelo, que representa Moises com chifres. Isso se deve, porque São Jerônimo ao traduzir o Q e R do hebraico, que poderia ser lido entre outras formas qaran (brilhante) e, por exemplo, qeren (chifre), pois São Jerônimo leu em Esdr 34, 29s ao invés de rosto luminoso, rosto com chifres. Assim a palavra AH do hebraico poderia significar irmãos ou primos, (Mc 6,3) e Bikor podia significar primogênito ou bem amado (Lc 2,7), costumes esse que se tornaram erros e fonte de discussão inútil do texto sagrado.
2)O Aramaico, língua aproximada do hebraico, na qual foram redigidos trechos de livros protocanônicos do Antigo Testamento, excluídos pelos judeus de Jâmnia por não terem sido escritos em Hebraico, mas curiosamente trechos de Esdras (outro dos critérios dos judeus) foram escrito em aramaico. Dos documentos que se conhece, ou que são apenas citados (pois também não se conhece o texto origina de Matheus que foi escrito em aramaico) temos a seguinte realidade: Esdr 4,8-6; 7,12-26; Dn 2,4-7,28; uma única frase em Jr 10,11 e duas palavras em Genesis 31,47. Se hoje, em 2009 não conhecemos os textos hebraicos antigos, é muito provável que os hebreus ao tempo de Cristo, também não conhecessem textos dos tempos da saída de Ur, ou do Egito com Moisés. O que se preservava em um mundo de ANALFABETOS ERAM AS TRADIÇÕES ORAIS. É preciso dizer, que o aramaico era a língua falada por Jesus Cristo, o hebraico falado estava extinto no uso popular entre judeus já nessa época, pois a partir do século quinto antes de Cristo ( à época de Esdras) essa língua tornou-se a língua internacional dos judeus.( há autores que dizem que o hebraico estava extinto por completo á época de Cristo , tanto no oficio das sinagogas, como no uso falado).
3)O Grego em que foram redigidos os livros do Novo Testamento, ou nova Aliança. Temos muito próximo dos originais Sb, 2Mc. Além disso conhecemos ( não eu, mas os autores da história Biblica)fragmentos deuterocanonicos cujos textos originais se perderam, todavia encontra-se em traduções gregas. O grego bíblico aparece impregnado de semitismos (vocábulos de origem hebraica e aramaica), pois foi utilizado por escritores hebreus.
Mais ou menos no ano 100 depois de Cristo, os judeus, apavorados com o crescimento do cristianismo dentro de seu povo, se reuniram em um sínodo, o sínodo de rabinos de Jâmnia, ou Jabenes. Nesse sínodo os rabinos procuraram desmontar as bases escrituristicas dos cristão oferecendo-lhes resistência, que se referiam aos textos da tradição rabínica ( Thorá (Berith)), ou como entendemos hoje, o Velho Testamento. Assim os rabinos definiam como critério para se saber se um livro era inspirado por Deus:
Os critérios rabinicos não são os critérios cristãos. Jesus traz a nova e definitiva Aliança (Berith).
Todavia é bom comentar, porque a negação desses livros, será retomada pelo chamados protestantes.
São assim quatro os critérios rabínicos: A) fossem escritos em hebraico( nenhum livro cristão foi escrito em hebraico) portanto não em aramaico ou em grego. B) na terra de Israel, não no estrangeiro (somente Matheus foi escrito em Israel, todavia vou verificar se apenas Matheu escreveu na Terra Santa, pois eu, com certeza sei que João escreveu na Ilha de Patmos). C) Antes de Esdras no século V antes de Cristo. (todavia não se conhece hoje nenhum fragmento, por menor que seja dessa época, a documentação existente hoje, nos leva a supor que durante o sínodo dos Rabinos, também não existisse nenhum fragmento escritural original dessa época). D) em conformidade com a lei de Moisés.
Todavia no sínodo de Trulos II, em 692 depois de Cristo, no Oriente (Ásia Menor,) definiu a Igreja o Canon bíblico, incluindo os sete livros chamados deuterocanonicos (déuteron = depois) de Esdras que os judeus de Jâmnia não aceitaram, e que serão os livros rejeitado pelos protestantes por volta dos anos 1450 dC. Assim, os protestantes voltavam a fazer o jogo dos judeus.
Para que você entenda o que é Canônico: Kanná em grego é um caniço (hoje por assimilação chamamos cana... de açúcar, por exemplo) e era um caniço de medir, portanto era um padrão de medida como o metro. Cãnon, portanto era o conjunto de livros dentro da regra, da medida( metaforicamente) de vida ver Gl 16,16. Os antigos falavam em cânon da fé ou da verdade (medida ou régua da fé e da verdade) que era o critério para julgar a vida dos cristãos. Nesse sentido, cânon passou a designar catálogo, tabela registro, e nesse sentido passou a chamar-se para os cristãos o catalogo dos livros da Bíblia, que desde Trulos II, reuniu os livros, proto e deuterocanonicos como livros sagrados. Próton do grego primeiro (da primeira hora), ou seja, desde sempre. Déuteron, do grego = segundo, posterior, (em segunda estância).
Assim são três as línguas dos textos sagrados do Cristianismo: o Hebraico, o aramaico e o grego, e posteriormente, o latim.
1)O Hebraico, língua que se supõe tenham sido escritos os livros protocanônicos do Antigo Testamento (Thorá, Berith). Dizemos se supõe porque não se conhece originais dessa época do seculo V aC. O hebraico escrito, reservado ao oficio das sinagogas, era escrito ate o oitavo século depois de Cristo, somente com as consoantes, sem vogais, e o leitor deveria completar mentalmente com as vogais. Um exemplo e português: peguem as consoantes l e m, agora inclua as vogais: lama, leme, lume, alma... etc. Isso gerava no hebraico propositadamente ( para interesse dos rabinos) interpretações duplas, havendo regras para o chamada interpretação “exotérica” dos textos. Tal curiosidade pode ser comprovada no seguinte episódio. Em Roma há uma estátua de Miguelangelo, que representa Moises com chifres. Isso se deve, porque São Jerônimo ao traduzir o Q e R do hebraico, que poderia ser lido entre outras formas qaran (brilhante) e, por exemplo, qeren (chifre), pois São Jerônimo leu em Esdr 34, 29s ao invés de rosto luminoso, rosto com chifres. Assim a palavra AH do hebraico poderia significar irmãos ou primos, (Mc 6,3) e Bikor podia significar primogênito ou bem amado (Lc 2,7), costumes esse que se tornaram erros e fonte de discussão inútil do texto sagrado.
2)O Aramaico, língua aproximada do hebraico, na qual foram redigidos trechos de livros protocanônicos do Antigo Testamento, excluídos pelos judeus de Jâmnia por não terem sido escritos em Hebraico, mas curiosamente trechos de Esdras (outro dos critérios dos judeus) foram escrito em aramaico. Dos documentos que se conhece, ou que são apenas citados (pois também não se conhece o texto origina de Matheus que foi escrito em aramaico) temos a seguinte realidade: Esdr 4,8-6; 7,12-26; Dn 2,4-7,28; uma única frase em Jr 10,11 e duas palavras em Genesis 31,47. Se hoje, em 2009 não conhecemos os textos hebraicos antigos, é muito provável que os hebreus ao tempo de Cristo, também não conhecessem textos dos tempos da saída de Ur, ou do Egito com Moisés. O que se preservava em um mundo de ANALFABETOS ERAM AS TRADIÇÕES ORAIS. É preciso dizer, que o aramaico era a língua falada por Jesus Cristo, o hebraico falado estava extinto no uso popular entre judeus já nessa época, pois a partir do século quinto antes de Cristo ( à época de Esdras) essa língua tornou-se a língua internacional dos judeus.( há autores que dizem que o hebraico estava extinto por completo á época de Cristo , tanto no oficio das sinagogas, como no uso falado).
3)O Grego em que foram redigidos os livros do Novo Testamento, ou nova Aliança. Temos muito próximo dos originais Sb, 2Mc. Além disso conhecemos ( não eu, mas os autores da história Biblica)fragmentos deuterocanonicos cujos textos originais se perderam, todavia encontra-se em traduções gregas. O grego bíblico aparece impregnado de semitismos (vocábulos de origem hebraica e aramaica), pois foi utilizado por escritores hebreus.
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
Constantino em seu tempo.
e disse-lhes:Porque sois tão timidos? Ainda não tendes fé? (Mc 4,40)
Constantino e a Paz de Milão. ( texto base Mater Ecclesiae)
Como dissemos no início, a História Antiga da Igreja estava dividida em dois blocos, se assim podemos dizer. O primeiro já descreveu, dos tempos iniciais, pela ótica do Império, ate Constantino (306-337).
Constantino era filho de Constancio Cloro, Imperador Romano, responsável pelo Império do Ocidente. Constantino subiu ao trono da Gália (hoje França) em 306. Seu cunhado Licinio ficou responsável pela parte Oriental do Império.
Em 312 Constantino teve que enfrentar Mexâncio, que dominava Roma. A sua religiosidade não era a da mitologia fantástica dos antigos romanos, mas cultuava algo como um princípio vago de monoteísmo, Apolo Sol. Antes da Batalha contra Mexâncio Constantino aproximou-se mais do cristianismo. Diz o historiador Eusébio de Cesárea em 337, que antes de entrar em guerra Constantino viu uma cruz luminosa com os dizeres “Toukoi Nika” (com esse sinal vencerás ha quem apresenta a expresão em latim). Na noite seguinte Jesus Cristo aparece a Constantino, da mesma maneira que aparece a São Paulo; disse que fizesse um estandarte (um lábaro) com aqueles dizeres. (esse episodio é contado de muitas formas, sem, no entanto, perder a linha geral). No entanto é certo que Constantino venceu Mexâncio junto à ponte Milvia em Roma em 28 de outubro de 312. Embora ainda não fosse batizado Constantino cada vez mais aceitava o cristianismo; prova é que em fevereiro de 313 promulgou o célebre Edito de Milão que reconhecia a religião cristã como lícita e dotada de plena liberdade, mas não ainda uma Religião de Estado, o que só aconteceria em 380. Em conseqüência, como já dissemos, os templos, os bens, as terras tomadas aos cristãos foram restituídas. Este gesto para os historiadores teve importância impar, pois desfazia pela primeira vez o vínculo do Império com o paganismo.
Constantino governava apenas o Ocidente do Império. No Oriente seu cunhado Licínio assumiu atitude oposta em relação ao Cristianismo. Possivelmente por causa da rivalidade política com Constantino, embora inicialmente tenha aceitado o edito de Milão,( que vinha da terra mãe do Imperio) Licinio a partir de 320 foi sufocando a vida dos cristãos dificultando-lhes ate a celebração do culto sagrado. Constantino, porém em guerra venceu e destronou Licínio, tornando-se o único Senhor do Império.
Assim, o Imperador ajudado pelos cristãos favoreceu ainda mais o cristianismo, embora, os historiadores achem que suas concepções religiosas não fossem rigorosamente a do cristianismo, estava ele convencido da superioridade da religião cristã. Em 324 envia ao Oriente um edito que aconselha seus súditos a que abandonem os templos do engano, e entrassem na Casa da Vida, e proibia as perseguições religiosas de quem quer que fosse.
Belas igrejas são construídas a partir daí, ( Latrão) a de São Pedro em Roma, mandado construir pelo próprio Constantino, em Belém, em Jerusalém, procurando homenagear os lugares históricos do início do Cristianismo, igrejas que tomaram o nome de basílicas do grego Basiliké que é adjetivo de basileu, (Imperador), e, portanto, significa Igreja Imperial, mais precisamente igreja do Império. Os templos pagãos foram caindo em ruínas diz um historiador, especialmente o de Venus cujo culto era imoral; o matrimonio e a família recebeu a proteção do Estado segundo os princípios da moral cristã. O domingo, dia do Sol para os Pagãos passou a celebrar a Ressurreição de Cristo. Embora não se possa afirmar que Constantino tenha sido batizado no final de sua vida, acredita-se fosse cristão.
Muito importante também foi à transferência da capital do Império de Roma para Bizâncio, na Ásia Menor, cidade geograficamente e estrategicamente mais central ao território Imperial, que passou a chamar-se Constantinopla (Hoje Istambul na Turquia). Outra razão das mudanças era a instabilidade civil de Roma, acuada pelas odes de guerreiros bárbaros ( diz o texto base, informação que precisa ser melhor estudada),e como conseqüência Roma foi sendo abandonada pelo poder imperial, e na mesma medida cada vez se tornava mais importante sob o ponto de vista do cristianismo. O Império (burocrata)se retirava e o cristianismo crescia livremente. Em Roma haviam morrido Paulo e Pedro, e lá habitava o sucessor de São Pedro, o papa, a quem cada vez mais as populações pediam conselho nas questões disciplinares e religiosas. Constantino governou ate 337, e o cisma religioso entre Igreja Oriental e Ocidental, só ocorreria em 1054. Pode-se hoje entender os motivos, mas são motivos que se acumulam pelos próximo 700 e poucos anos, bem mais que toda a nossa história, no Brasil.
Morto Constantino depois de um longo reinado em comparação aos seus antecessores (31 anos) morre, o imperador da construção das basílicas, chamado pelos cristãos do Ocidente Santo juntamente com sua mãe Helena ( essa canonizada), e Magno pelos cristãos do Oriente, Constantino reconhecendo o Cristianismo admitia a vantagem política e o êxito político naqueles tempos. Não é diferente hoje. No entanto o conjunto universal de sua obra Cristã nos impede de chamá-lo de um beato hipócrita. Em Danil Rops (L`Eclesie dês Apôtres et desMaryrs, Paris 1948) poderemos ler afirmações como essas: “ Dedico pleno respeito à regular e legítima Igreja Católica” ou mais adiante: “Ninguém pode negar que sou um fiel servidor de Deus”. As frases são vagas, mas assim como não se pode negar a importância da destruição do Templo, para a confirmação do cristianismo: o mesmo se deve dizer de Constantino. Os seus erros e seus acertos facilitaram que a Palavra chegasse ate nós e preservada.
Ele acreditava ser portador de uma missão especial para harmonizar o Estado e a Igreja (entenda-se aqui sempre a Igreja enquanto corpo místico de Cristo, que na pratica são irreconciliáveis (a conversão do mundo esta muito além de nosso tempo) Assim ele se dizia Episkopos (vigilante) de fora enquanto falou aos Bispos em Concilio Regional: Sois Epikopoi, vigilantes de dentro, e eu, porém foi constituído vigilante dos que estão fora da Igreja. Pode-se antever o interesse político, o que foi interessante para o crescimento do cristianismo instrumentalizado, todavia isso, ele achava, como gerente do império, que lhe tornava habilitado a mandar nas questões políticas da Igreja, e por meio dela na dos cristãos. A ingerência de Constantino nos assuntos da Igreja, ao contrário do que se possa supor, não encontrou apoio no Ocidente, (Roma) mas sim entre os Bispos do Oriente. Repentinamente libertada no Oriente ( os Bispos Orientais), os Bispos se entusiasmaram de tal modo, com a possibilidade de não terem que recorrer à longínqua Roma, e ter apoio e poder ao alcance em Constantinopla (na Ásia Menor), que não só passaram a obedecer ao Imperador como passaram a pedir sua intervenção em questões religiosas, como por exemplo, sobre os arianos, e donatistas ( é umainterpretação nossa). Esse fato, em tradição, e na seqüência se tornaria nocivos a Igreja nos séculos quarto e quinto gerando o que se chamou Cesaropapismo do Oriente. Todavia o mesmo não ocorreu no Ocidente, pois as populações abandonadas do Ocidente não mereciam mais as atenções dos Imperadores Bizantinos (Bizâncio a Cidade asiatica que se chamou Constantinopla) sobre modo diante das incursões bárbaras sofridas por Roma; de modo que a Igreja latina pode seguir livremente (não sem lutas com os bárbaros) o seu curso doutrinal e expansão e implementação. Todavia deve-se fazer notar ainda que a interferência dos Césares (Tzares no Oriente) não deturpou a estrutura e a doutrina do Cristianismo, as mensagens do Evangelho foram vividas em constante combate e firmeza pelo Povo Cristão de modo a entregar as gerações subseqüentes a Palavra vivida, não porém a Biblia cuja custodia ficou com a Igreja. Note-se sempre, que a imensa massa das populações era analfabeta, e que não andavam com a bíblia na Mão(a imprensa não fora ainda inventada). Somente séculos depois se tentará uma massificação da alfabetização do Povo, justamente nas escolas Catedralícias início do que entendemos por escola formal nos dias de hoje. O fato de terem cooperado entre si o Estado e a Igreja não é um mal em si (não os tire do mundo, mas os livres do Mal). Assim com exceção de um maniqueísmo (dualismo, nós somos o bem e eles são o mal) sócio político, do interesse do Império para atingir seus fins, como já o fizera aos tempos pagãos, nada, por outro lado, impede a Igreja de que se um governante se professar cristão, que Ela, possa então contar com ele como um filho a quem também compete proclamar o Evangelho.
wallacereq@gmail.com
Constantino e a Paz de Milão. ( texto base Mater Ecclesiae)
Como dissemos no início, a História Antiga da Igreja estava dividida em dois blocos, se assim podemos dizer. O primeiro já descreveu, dos tempos iniciais, pela ótica do Império, ate Constantino (306-337).
Constantino era filho de Constancio Cloro, Imperador Romano, responsável pelo Império do Ocidente. Constantino subiu ao trono da Gália (hoje França) em 306. Seu cunhado Licinio ficou responsável pela parte Oriental do Império.
Em 312 Constantino teve que enfrentar Mexâncio, que dominava Roma. A sua religiosidade não era a da mitologia fantástica dos antigos romanos, mas cultuava algo como um princípio vago de monoteísmo, Apolo Sol. Antes da Batalha contra Mexâncio Constantino aproximou-se mais do cristianismo. Diz o historiador Eusébio de Cesárea em 337, que antes de entrar em guerra Constantino viu uma cruz luminosa com os dizeres “Toukoi Nika” (com esse sinal vencerás ha quem apresenta a expresão em latim). Na noite seguinte Jesus Cristo aparece a Constantino, da mesma maneira que aparece a São Paulo; disse que fizesse um estandarte (um lábaro) com aqueles dizeres. (esse episodio é contado de muitas formas, sem, no entanto, perder a linha geral). No entanto é certo que Constantino venceu Mexâncio junto à ponte Milvia em Roma em 28 de outubro de 312. Embora ainda não fosse batizado Constantino cada vez mais aceitava o cristianismo; prova é que em fevereiro de 313 promulgou o célebre Edito de Milão que reconhecia a religião cristã como lícita e dotada de plena liberdade, mas não ainda uma Religião de Estado, o que só aconteceria em 380. Em conseqüência, como já dissemos, os templos, os bens, as terras tomadas aos cristãos foram restituídas. Este gesto para os historiadores teve importância impar, pois desfazia pela primeira vez o vínculo do Império com o paganismo.
Constantino governava apenas o Ocidente do Império. No Oriente seu cunhado Licínio assumiu atitude oposta em relação ao Cristianismo. Possivelmente por causa da rivalidade política com Constantino, embora inicialmente tenha aceitado o edito de Milão,( que vinha da terra mãe do Imperio) Licinio a partir de 320 foi sufocando a vida dos cristãos dificultando-lhes ate a celebração do culto sagrado. Constantino, porém em guerra venceu e destronou Licínio, tornando-se o único Senhor do Império.
Assim, o Imperador ajudado pelos cristãos favoreceu ainda mais o cristianismo, embora, os historiadores achem que suas concepções religiosas não fossem rigorosamente a do cristianismo, estava ele convencido da superioridade da religião cristã. Em 324 envia ao Oriente um edito que aconselha seus súditos a que abandonem os templos do engano, e entrassem na Casa da Vida, e proibia as perseguições religiosas de quem quer que fosse.
Belas igrejas são construídas a partir daí, ( Latrão) a de São Pedro em Roma, mandado construir pelo próprio Constantino, em Belém, em Jerusalém, procurando homenagear os lugares históricos do início do Cristianismo, igrejas que tomaram o nome de basílicas do grego Basiliké que é adjetivo de basileu, (Imperador), e, portanto, significa Igreja Imperial, mais precisamente igreja do Império. Os templos pagãos foram caindo em ruínas diz um historiador, especialmente o de Venus cujo culto era imoral; o matrimonio e a família recebeu a proteção do Estado segundo os princípios da moral cristã. O domingo, dia do Sol para os Pagãos passou a celebrar a Ressurreição de Cristo. Embora não se possa afirmar que Constantino tenha sido batizado no final de sua vida, acredita-se fosse cristão.
Muito importante também foi à transferência da capital do Império de Roma para Bizâncio, na Ásia Menor, cidade geograficamente e estrategicamente mais central ao território Imperial, que passou a chamar-se Constantinopla (Hoje Istambul na Turquia). Outra razão das mudanças era a instabilidade civil de Roma, acuada pelas odes de guerreiros bárbaros ( diz o texto base, informação que precisa ser melhor estudada),e como conseqüência Roma foi sendo abandonada pelo poder imperial, e na mesma medida cada vez se tornava mais importante sob o ponto de vista do cristianismo. O Império (burocrata)se retirava e o cristianismo crescia livremente. Em Roma haviam morrido Paulo e Pedro, e lá habitava o sucessor de São Pedro, o papa, a quem cada vez mais as populações pediam conselho nas questões disciplinares e religiosas. Constantino governou ate 337, e o cisma religioso entre Igreja Oriental e Ocidental, só ocorreria em 1054. Pode-se hoje entender os motivos, mas são motivos que se acumulam pelos próximo 700 e poucos anos, bem mais que toda a nossa história, no Brasil.
Morto Constantino depois de um longo reinado em comparação aos seus antecessores (31 anos) morre, o imperador da construção das basílicas, chamado pelos cristãos do Ocidente Santo juntamente com sua mãe Helena ( essa canonizada), e Magno pelos cristãos do Oriente, Constantino reconhecendo o Cristianismo admitia a vantagem política e o êxito político naqueles tempos. Não é diferente hoje. No entanto o conjunto universal de sua obra Cristã nos impede de chamá-lo de um beato hipócrita. Em Danil Rops (L`Eclesie dês Apôtres et desMaryrs, Paris 1948) poderemos ler afirmações como essas: “ Dedico pleno respeito à regular e legítima Igreja Católica” ou mais adiante: “Ninguém pode negar que sou um fiel servidor de Deus”. As frases são vagas, mas assim como não se pode negar a importância da destruição do Templo, para a confirmação do cristianismo: o mesmo se deve dizer de Constantino. Os seus erros e seus acertos facilitaram que a Palavra chegasse ate nós e preservada.
Ele acreditava ser portador de uma missão especial para harmonizar o Estado e a Igreja (entenda-se aqui sempre a Igreja enquanto corpo místico de Cristo, que na pratica são irreconciliáveis (a conversão do mundo esta muito além de nosso tempo) Assim ele se dizia Episkopos (vigilante) de fora enquanto falou aos Bispos em Concilio Regional: Sois Epikopoi, vigilantes de dentro, e eu, porém foi constituído vigilante dos que estão fora da Igreja. Pode-se antever o interesse político, o que foi interessante para o crescimento do cristianismo instrumentalizado, todavia isso, ele achava, como gerente do império, que lhe tornava habilitado a mandar nas questões políticas da Igreja, e por meio dela na dos cristãos. A ingerência de Constantino nos assuntos da Igreja, ao contrário do que se possa supor, não encontrou apoio no Ocidente, (Roma) mas sim entre os Bispos do Oriente. Repentinamente libertada no Oriente ( os Bispos Orientais), os Bispos se entusiasmaram de tal modo, com a possibilidade de não terem que recorrer à longínqua Roma, e ter apoio e poder ao alcance em Constantinopla (na Ásia Menor), que não só passaram a obedecer ao Imperador como passaram a pedir sua intervenção em questões religiosas, como por exemplo, sobre os arianos, e donatistas ( é umainterpretação nossa). Esse fato, em tradição, e na seqüência se tornaria nocivos a Igreja nos séculos quarto e quinto gerando o que se chamou Cesaropapismo do Oriente. Todavia o mesmo não ocorreu no Ocidente, pois as populações abandonadas do Ocidente não mereciam mais as atenções dos Imperadores Bizantinos (Bizâncio a Cidade asiatica que se chamou Constantinopla) sobre modo diante das incursões bárbaras sofridas por Roma; de modo que a Igreja latina pode seguir livremente (não sem lutas com os bárbaros) o seu curso doutrinal e expansão e implementação. Todavia deve-se fazer notar ainda que a interferência dos Césares (Tzares no Oriente) não deturpou a estrutura e a doutrina do Cristianismo, as mensagens do Evangelho foram vividas em constante combate e firmeza pelo Povo Cristão de modo a entregar as gerações subseqüentes a Palavra vivida, não porém a Biblia cuja custodia ficou com a Igreja. Note-se sempre, que a imensa massa das populações era analfabeta, e que não andavam com a bíblia na Mão(a imprensa não fora ainda inventada). Somente séculos depois se tentará uma massificação da alfabetização do Povo, justamente nas escolas Catedralícias início do que entendemos por escola formal nos dias de hoje. O fato de terem cooperado entre si o Estado e a Igreja não é um mal em si (não os tire do mundo, mas os livres do Mal). Assim com exceção de um maniqueísmo (dualismo, nós somos o bem e eles são o mal) sócio político, do interesse do Império para atingir seus fins, como já o fizera aos tempos pagãos, nada, por outro lado, impede a Igreja de que se um governante se professar cristão, que Ela, possa então contar com ele como um filho a quem também compete proclamar o Evangelho.
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segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
Atenção.
" Eu porém esperei no Senhor, no Deus de minha Salvação" Miqueias 7,7.
Naturalmente você sabe como funciona. Você gostou de um texto e quer enviar para alguém? É muito fácil, você vai ao pé do texto, sua parte mais baixa e lá você verá um desenho de um envelope, clique nele, então surgirá nova página como um lugar para voce colocar o E mail, ou os E-mails, de quem você deseja enviar, agora clique em enviar, foi com imagens e tudo(link com o Blog), é facil, e você estará divulgando a História da Igreja.
Agora se você já sabia de tudo isso, e quer aprofundar ainda mais, vai aqui alguma sugestão:
BihlMeyer, História da Igreja Ed Paulinas.
Grandi-Galli, História da Igreja, Lisboa 1964.
Pierrard, História da Igreja, Ed Paulinas.
Rougier-Aubert-Kenowles Nova História da Igreja editoras Vozes.
Fazemos esse trabalho pensando em você. Sempre que você tiver dúvidas, remeta-as para a Igreja, sua instância mais alta é a Congregação para a Defesa da Fé em Roma.
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Agora se você já sabia de tudo isso, e quer aprofundar ainda mais, vai aqui alguma sugestão:
BihlMeyer, História da Igreja Ed Paulinas.
Grandi-Galli, História da Igreja, Lisboa 1964.
Pierrard, História da Igreja, Ed Paulinas.
Rougier-Aubert-Kenowles Nova História da Igreja editoras Vozes.
Fazemos esse trabalho pensando em você. Sempre que você tiver dúvidas, remeta-as para a Igreja, sua instância mais alta é a Congregação para a Defesa da Fé em Roma.
Aprofundando IV.
Aprofundando IV.
A segunda fase dos anos sangrentos.
Estamos omitindo as lutas dos Judeus em suas terras, pois nosso objetivo é o cristianismo, que nascendo de judeus, se propaga entre eles, nas muitas localidades do Império onde havia e habitavam judeus da Diáspora (Europa, Ásia e África), e depois se desenvolveu entre pagãos, soldados e escravos primeiramente.
Desde Décio 249-251 ate Constantino (313).
Como vemos estamos nos limiares do terceiro século. Decio decide restaurar a gloria do Império vivida em anos anteriores consolidando-o contra inimigos externos e internos, ora num Império “Teocrático”, para tanto haveria de reforçar a religião oficial do Império, visando combater principalmente os cristãos, que ele considerava como os inimigos mais perigosos do Estado. Assim em 250 decretou que todo cidadão (é preciso verificar aqui, qual era o conceitos de cidadania romana à época) do Império deveriam manifestar publicamente e expressamente sua adesão a religião de Estado e para isso deveriam oferecer um sacrifício propiciatório; quem o fizesse receberia do Império uma carta, um certificado chamado "Libelus" de dever cumprido, quem resistisse seria submetido a penas (cárcere, confisco de bens, exílio, trabalhos forçados... e até a pena de morte). A Igreja já havia crescido no mundo visível, já não se reunia apenas nas catacumbas. Assim os Bispos estavam na mira do Imperador, o que fariam? O Imperador Decio dizia que era mais fácil tolera um inimigo do Império do que o Bispo Cristão de Roma. Os cristãos colhidos de surpresa pelo decreto em todo o Império fraquejaram em parte, quarenta anos de paz amoleceram os vínculos de sangue com os mártires do passado. Mas houve nesse período mártires de ambos os sexos.
Após dois anos de paz sob o Imperador Gaio (251-253), Valeriano (253-260) vendo o Estado em grande miséria quis remediar-lhe mediante novo golpe contra os cristãos. Visou então enfraquecer a organização das comunidades cristãs atacando os Bispos, sacerdotes e diáconos, que era como se organizava o cristianismo de então, e mandou-os oferecer sacrifícios aos deuses sob pena de exílio. A vista aos cemitérios dos santos (homens exemplares e mártires da fé) foi proibida, e as reuniões de culto cristão eram punidas com a morte. Naquela época, a exemplo dos judeus, já havia muitos cristãos exercendo funções junto ao Palácio Imperial; foram condenados, todavia a trabalhos forçados e a condição de escravos, porém em seguida Valeriano foi preso na guerra persa (259) e a tormenta foi se amainando.
Diocleciano (284-305) assumiu o governo imperial muito abalado por diversos tipos de desordens internas, promoveu então uma reforma de estado, e como não podia deixar de ser, isso implicava em uma nova tentativa de restabelecer a religião de Estado que lhe dava unidade. O cristianismo estava muito difundido, contando já com sete a dez milhões de fieis ( isso era muito diante da densidade populacional dos fins do século segundo que era em todo o império de 50 milhões.. ( vejam que o Lula governa um Império, em extensão territorial e populacional muito maior do que foi o Império Romano). Aqui existe um duvida histórica, que atribui a Prisca esposa de Diocleciano, e sua filha Valéria, que seriam favoráveis ao cristianismo, alem de altos oficiais do exercito e da Corte. Na verdade desencadeou-se nesse período a ultima e mais grave perseguição aos cristãos e sua Igreja, foram destruídos os templos, queimados os livros Sagrados cristãos. Em 304 um decreto de Diocleciano obrigava a todos os cristão a sacrificar aos ídolos ( politeístas) o que provocou execuções em massa.
Todo esse esforço perseguidor haveria de ser em vão; o Estado haveria de capitular diante da tenacidade dos discípulos de Cristo. Assim Constantino, um dos sucessores de Diocleciano houve por bem publicar o Edito de Milão em 313 que concedia aos habitantes do império, e principalmente aos cristos a liberdade religiosa e de culto. Às comunidades cristãs se faria a restituição de bens, de templos e das terras confiscadas durante as perseguições. Assim dissolvia-se pela raiz o vinculo do Império Romano com o culto pagão; abria-se um novo tempo na política religiosa do Estado, e inaugurava-se na África, Ásia, e Europa um novo segmento da História do Cristianismo.
Aprofundando III
Aprofundando III.
Mais detalhes sobre os anos sangrentos.
Os Evangelhos foram escritos entre os anos 50 e 100, esses cinqüenta anos, e os anos que os sucedem são de máxima importância para a compreensão do cristianismo. Os imperadores, todos era chamados Césares, cuja tradição do império oriental transformará em Tzares.
Distinguimos duas fases na era das perseguições: a primeira vai ate o imperador Felipe o árabe (244-249); a segunda começa com Décio, seu sucessor (249-251), como você esta vendo os Imperadores ficavam no poder menos do que hoje fica um o presidente da republica no Brasil. A primeira fase foi mais longa, contudo menos cruel aos anos de perseguição se seguiu os anos de paz. Ao contrário, a segunda fase desenvolveu sistematicamente a sanha do império contra os cristãos (nos diz a Matter Ecclesiae).
De Nero (54 a 68) a Filipe (144-149).
Nero foi um imperador cruel. Na noite de 18 para 19 de julho de 64 começou um incêndio em Roma, que duraram seis dias e devastou três quartos da cidade. A opinião publica atribuía a desgraça a loucura de Nero. Este teria procurado desviar de si às suspeitas atribuindo aos judeu-cristãos, ou cristãos étnicos, a culpa pelo incêndio. Oferecia então ao povo um espetáculo cruel e sangrento, mandando prender os judeus cristãos e convertidos goim, acusados de ateísmo, orgia e misantropia e na noite de 15 de agosto de 64, no Circo de Nero, onde atualmente se ergue o átrio da Basílica de São Pedro, submeteu a tormentos públicos, crucificação, tochas vivas, e representação cruenta de cenas mitológicas, à gusa de espetáculo expiatório para o povo. De então por diante o nome cristão era banido do império, ser cristão equivalia a arriscar-se a morrer.
Após Vespasiano e Tito, imperadores mais tranqüilos; Domiciano (81-96) reacendeu as perseguições, fazendo-se chamar oficialmente “Dominus ac Deus” (Senhor e Deus). O Apóstolo são João foi exilado para a ilha de Patmos. (cf. Ap 1,9)
O imperador Trajano (98-117) fixou uma norma de conduta para os oficiais do Império: os cristãos são ateus; por isso, desde que convictos hão de ser punidos; mas não devem ser procurados; as denuncias anônimas não tem valor; caso neguem ou reneguem as suas convicções sejam postos em liberdade. Esta norma estabelece no direito Romano jurisprudência para o futuro.
Marco Aurélio (151-180) desencadeou outra perseguição fundada na manifestação popular que acusava os cristãos pelas desgraças sofridas e que atingiam a sociedade de seu tempo (o povo sempre procurando culpados, e os poderosos usando-os como bodes expiatórios).
Sétimo Severo (193-211) em 202 assinou um decreto que atingia tanto os judeus não cristãos como os cristãos; estes últimos surpreendiam o Império pelo crescimento e adesões já atingindo as camadas mais altas da sociedade romana (lembre-se que sociedade romana aqui significa de Roma à Ásia Menor, e dela ate Cartago no Norte da África, passando pelo Egito e Palestina). Proibiu, pois as conversões ao cristianismo, que agora deveriam ser procurados. Assim catecúmenos e neófitos (cristãos recém batizados) foram violentamente golpeados, especialmente no Norte da África, onde existiam em maior número e provavelmente eram negros.
Seguiram quarenta anos de relativa Paz.
Mais detalhes sobre os anos sangrentos.
Os Evangelhos foram escritos entre os anos 50 e 100, esses cinqüenta anos, e os anos que os sucedem são de máxima importância para a compreensão do cristianismo. Os imperadores, todos era chamados Césares, cuja tradição do império oriental transformará em Tzares.
Distinguimos duas fases na era das perseguições: a primeira vai ate o imperador Felipe o árabe (244-249); a segunda começa com Décio, seu sucessor (249-251), como você esta vendo os Imperadores ficavam no poder menos do que hoje fica um o presidente da republica no Brasil. A primeira fase foi mais longa, contudo menos cruel aos anos de perseguição se seguiu os anos de paz. Ao contrário, a segunda fase desenvolveu sistematicamente a sanha do império contra os cristãos (nos diz a Matter Ecclesiae).
De Nero (54 a 68) a Filipe (144-149).
Nero foi um imperador cruel. Na noite de 18 para 19 de julho de 64 começou um incêndio em Roma, que duraram seis dias e devastou três quartos da cidade. A opinião publica atribuía a desgraça a loucura de Nero. Este teria procurado desviar de si às suspeitas atribuindo aos judeu-cristãos, ou cristãos étnicos, a culpa pelo incêndio. Oferecia então ao povo um espetáculo cruel e sangrento, mandando prender os judeus cristãos e convertidos goim, acusados de ateísmo, orgia e misantropia e na noite de 15 de agosto de 64, no Circo de Nero, onde atualmente se ergue o átrio da Basílica de São Pedro, submeteu a tormentos públicos, crucificação, tochas vivas, e representação cruenta de cenas mitológicas, à gusa de espetáculo expiatório para o povo. De então por diante o nome cristão era banido do império, ser cristão equivalia a arriscar-se a morrer.
Após Vespasiano e Tito, imperadores mais tranqüilos; Domiciano (81-96) reacendeu as perseguições, fazendo-se chamar oficialmente “Dominus ac Deus” (Senhor e Deus). O Apóstolo são João foi exilado para a ilha de Patmos. (cf. Ap 1,9)
O imperador Trajano (98-117) fixou uma norma de conduta para os oficiais do Império: os cristãos são ateus; por isso, desde que convictos hão de ser punidos; mas não devem ser procurados; as denuncias anônimas não tem valor; caso neguem ou reneguem as suas convicções sejam postos em liberdade. Esta norma estabelece no direito Romano jurisprudência para o futuro.
Marco Aurélio (151-180) desencadeou outra perseguição fundada na manifestação popular que acusava os cristãos pelas desgraças sofridas e que atingiam a sociedade de seu tempo (o povo sempre procurando culpados, e os poderosos usando-os como bodes expiatórios).
Sétimo Severo (193-211) em 202 assinou um decreto que atingia tanto os judeus não cristãos como os cristãos; estes últimos surpreendiam o Império pelo crescimento e adesões já atingindo as camadas mais altas da sociedade romana (lembre-se que sociedade romana aqui significa de Roma à Ásia Menor, e dela ate Cartago no Norte da África, passando pelo Egito e Palestina). Proibiu, pois as conversões ao cristianismo, que agora deveriam ser procurados. Assim catecúmenos e neófitos (cristãos recém batizados) foram violentamente golpeados, especialmente no Norte da África, onde existiam em maior número e provavelmente eram negros.
Seguiram quarenta anos de relativa Paz.
domingo, 4 de janeiro de 2009
Aprofundando II
Aprofundando II.
"No caminho da sabedoria te ensinei, e pelas carreiras direitas te fiz andar"; Proverbios.
Os aspectos negativos das perseguições.
Enumeramos as cinco seguintes:
Já São Paulo notava que a mensagem da Cruz é “escândalo para os judeus e loucura para os gregos” (1Cor 1,23) O cristianismo exigia e exige renuncia a vida devassa e a morte ao velho homem para possibilitar a formação de uma nova conduta numa nova criatura em cada individuo; cf. Ef 4,22.
O politeísmo era o culto oficial do Império; parecia ameaçado (no conjunto de valores que davam suporte a autoridade do Estado) pelo monoteísmo cristão, que parecia ate mesmo ateísmo. Os cristãos pareciam infensos aos homens e ao Estado, pois estavam solapando as bases destes. Notemos, todavia que os romanos eram tolerantes para com as religiões dos povos conquistados colocavam os deuses deste (conquistados) no Panteon em Roma; teriam feito isso também com Jesus Cristo, mas o cristão de modo nenhum aceitava compactuar com o politeísmo. Verdade também que o judaísmo era estritamente monoteísta, não obstante conseguia (rabi= mestre= hábil) bom relacionamento com as autoridades do Império como podemos ler Mc 14,16-24. Acontece, porém, que o Judaísmo era uma religião nacional, racial, de pouco proselitismo, ao passo que o cristianismo tinha destinação universal, voltada para todos os homens. Desse Universalismo empresta o nome Católico, ou seja, catodo, aquele que atrai a si, que congrega a todos, Universal ao pé da letra.
Em particular, o culto do Imperador divinizado foi se difundindo desde os fins do primeiro século. Veio a ser a pedra de toque da lealdade civil e do patriotismo, quem o recusasse era acusado de traição ao Império.
Toda a vida civil, em família e na sociedade, era impregnada do espírito e das expressões do paganismo; assim as festas do lar comemoravam os deuses domésticos, os dimanes; os espetáculos públicos, os torneios esportivos, as feiras de comercio, o regime militar deixavam transparecer sua inspiração Politeísta. Os cristãos eram fieis aos seus deveres de cidadãos (daí a César o que é de Cesar, e a Deus o que é de Deus, disse Jesus. (MT 22,21;Rm 13,1; 1Pd 2,13-17) mas não podiam participar ou abonar manifestações que, direta ou indiretamente, professassem o Politeísmo.
O modo de vida singular dos cristãos (ontem e hoje) provocou-lhes, da parte dos pagãos e judeus, calunias fantasiosas e duras. Eram acusados a três títulos principais:
Ateísmo, o que seria também anti-patriotismo e misantropia (ódio ao gênero humano).
Banquetes de Orgia: nos quais comiam carne de crianças, pois assim se entendia a Eucaristia, a carne e o sangue do Menino Jesus, por vezes celebradas as ocultas nos momentos de perseguição. O culto cristão se dirigia a um asno crucificado (tal era o mal entendido que a crucificação redentora, que era entendida como burrice. Os cristãos eram acusados de serem causa de calamidades publicas, como peste, inundações, fome, invasões de bárbaros... era m tidos como castigo dos deuses que o cristão irritava com seu ateísmo, acusação que persistiu até o século quinto, mesmo enquanto as outras queixas iam cessando. Os cristãos pareciam inimigos do gênero humano, facção que foge a luz (Lucifuga natio). Recrutada nas classes mais desprezíveis da sociedade por isso mesmo desprezado. Magos, artistas, adivinhos, astrólogos, e comerciantes de escravos os hostilizavam, pois prejudicavam suas atividades. Compreende-se que tal clima tenha suscitado violentas perseguições que ocorreram, grosso modo de 64 a 313.
"No caminho da sabedoria te ensinei, e pelas carreiras direitas te fiz andar"; Proverbios.
Os aspectos negativos das perseguições.
Enumeramos as cinco seguintes:
Já São Paulo notava que a mensagem da Cruz é “escândalo para os judeus e loucura para os gregos” (1Cor 1,23) O cristianismo exigia e exige renuncia a vida devassa e a morte ao velho homem para possibilitar a formação de uma nova conduta numa nova criatura em cada individuo; cf. Ef 4,22.
O politeísmo era o culto oficial do Império; parecia ameaçado (no conjunto de valores que davam suporte a autoridade do Estado) pelo monoteísmo cristão, que parecia ate mesmo ateísmo. Os cristãos pareciam infensos aos homens e ao Estado, pois estavam solapando as bases destes. Notemos, todavia que os romanos eram tolerantes para com as religiões dos povos conquistados colocavam os deuses deste (conquistados) no Panteon em Roma; teriam feito isso também com Jesus Cristo, mas o cristão de modo nenhum aceitava compactuar com o politeísmo. Verdade também que o judaísmo era estritamente monoteísta, não obstante conseguia (rabi= mestre= hábil) bom relacionamento com as autoridades do Império como podemos ler Mc 14,16-24. Acontece, porém, que o Judaísmo era uma religião nacional, racial, de pouco proselitismo, ao passo que o cristianismo tinha destinação universal, voltada para todos os homens. Desse Universalismo empresta o nome Católico, ou seja, catodo, aquele que atrai a si, que congrega a todos, Universal ao pé da letra.
Em particular, o culto do Imperador divinizado foi se difundindo desde os fins do primeiro século. Veio a ser a pedra de toque da lealdade civil e do patriotismo, quem o recusasse era acusado de traição ao Império.
Toda a vida civil, em família e na sociedade, era impregnada do espírito e das expressões do paganismo; assim as festas do lar comemoravam os deuses domésticos, os dimanes; os espetáculos públicos, os torneios esportivos, as feiras de comercio, o regime militar deixavam transparecer sua inspiração Politeísta. Os cristãos eram fieis aos seus deveres de cidadãos (daí a César o que é de Cesar, e a Deus o que é de Deus, disse Jesus. (MT 22,21;Rm 13,1; 1Pd 2,13-17) mas não podiam participar ou abonar manifestações que, direta ou indiretamente, professassem o Politeísmo.
O modo de vida singular dos cristãos (ontem e hoje) provocou-lhes, da parte dos pagãos e judeus, calunias fantasiosas e duras. Eram acusados a três títulos principais:
Ateísmo, o que seria também anti-patriotismo e misantropia (ódio ao gênero humano).
Banquetes de Orgia: nos quais comiam carne de crianças, pois assim se entendia a Eucaristia, a carne e o sangue do Menino Jesus, por vezes celebradas as ocultas nos momentos de perseguição. O culto cristão se dirigia a um asno crucificado (tal era o mal entendido que a crucificação redentora, que era entendida como burrice. Os cristãos eram acusados de serem causa de calamidades publicas, como peste, inundações, fome, invasões de bárbaros... era m tidos como castigo dos deuses que o cristão irritava com seu ateísmo, acusação que persistiu até o século quinto, mesmo enquanto as outras queixas iam cessando. Os cristãos pareciam inimigos do gênero humano, facção que foge a luz (Lucifuga natio). Recrutada nas classes mais desprezíveis da sociedade por isso mesmo desprezado. Magos, artistas, adivinhos, astrólogos, e comerciantes de escravos os hostilizavam, pois prejudicavam suas atividades. Compreende-se que tal clima tenha suscitado violentas perseguições que ocorreram, grosso modo de 64 a 313.
Aprofundando.
Perseguições hoje.
Aprofundando a questão das perseguições.
OBS: O texto que apresento aqui não é de minha autoria, mas faz parte de um curso sobre a História da Igreja. O texto é claro e elucidativo.
O cristianismo expandiu com rapidez surpreendente apesar dos muitos obstáculos que teria que superar (não fosse obra de Deus) no mundo judeu e pagão. Vejamos, pois quais os principais fatores que favoreceram a sua difusão e quais os grandes obstáculos que se lhe opuseram.
Distinguimos quatro pontos positivos:
1) O mundo Greco Romano estava decadente no plano da filosofia e dos costumes. Com efeito, o fracasso da razão, levava aos cidadãos do Império a procurar uma resposta diferente, que não fosse um mero produto do gênio do homem, mas viesse do alto, disto dão testemunho as religiões de mistérios e certas tendências do monoteísmo dentro do Império.
No plano ético, o gozo, a futilidade e a procura de prestigio dominavam apesar da severa doutrinação dos estóicos. O pobre era desprezado em favor do rico e poderoso; também a mulher sofria marginalização; mais ainda, o escravo, tido como base econômica do Império, era tratado como coisa.
Ora a essa sociedade o Evangelho propunha a valorização de toda e qualquer pessoa humana, feita a imagem e semelhança de Deus (cf. Gl3, 27-29; Cl 3,11) a caridade para com todos, o amor a pobreza e a renuncia. Desvendava o sentido da vida inspirado no amor daquele que primeiro nos amou (1 Jo 4,19) e que nos chamou ao consorcio de sua bem-aventurança a ser alcançada em Cristo.
(2) Como foi insinuado o cristianismo aparecia como algo inteiramente novo e inaudito (2Cor 5,17), mas correspondente as inspirações mais profundas do ser humano. Por isso podia dizer Tertuliano, que foi montanista, o jurista Africano, nascido em Cartago, cidadão romano, convertido à fé cristã no fim do século II: “A Alma humana é naturalmente cristã; encontra-se no Evangelho a respostas aos seus anseios inatos”.
Com outras palavras: O Cristianismo não tinha a seu favor nem a riqueza considerada como tal, nem tropas que lhe desse poder, nem apoio imperial, mas contava com o poder de atração e o fulgor da verdade (o autor parece temer dizer que Deus tinha interesse na difusão do cristianismo) especialmente no que dizia respeito ao sofrimento, da retribuição e do além, que encontravam, e encontram, no Evangelho uma solução que não é só filosófica (a filosofia é incapaz de resolvê-las), mas que a sã razão pode aceitar pela fé sem trair a sua dignidade. (a Fe, não é um raciocínio, e não é um sentimento, a fé é um dom de Deus, que a uns é dado gratuitamente e a outros é possível pedir). Muitos estudiosos Greco-romanos, depois de haver percorrido diversas escolas filosófico-religiosas, encontraram finalmente na Igreja (pois sem ela não conheceríamos o Evangelho) a verdadeira sabedoria, que eles estimavam como a única na qual podiam confiar (São Justino (santo judeu) em Dialogo com Trifão n 8).
3) Além de proferir a verdade, os cristãos a traduziam em coerência de vida. Embora não se fechassem em grupos ou facções, os discípulos de cristo primavam pela retidão de Costumes, pelo amor fraterno, pela castidade... Tertuliano nos transmite a observação feita pelos pagãos: “Vede como se amam mutuamente e como estão prontos a morrer um pelo outro” (ah! Se isso fosse uma verdade hoje, onde igrejas não querem pobres). Em Apologeticum 39. Notório testemunho da conduta crista é a epistola a Diagoneto, dirigida por um cristão desconhecido a um interlocutor pagão.
Mesmo diante das ameaças dos perseguidores, muitos discípulos de Cristo se mantinham intrépidos e aceitavam a própria morte. A sua firmeza heróica dissolvia calunias e convencia muitos dos que lhe eram alheios, como notam alguns escritores antigos: Tertuliano morto em 220 diria “Mais numerosos nos tornamos todas as vezes que somos por vos ceifados; o sangue dos cristãos é semente.” (Apologeticum 50).
E Latâncio diria: Cresce a religião de Deus quanto mais é premida (Instituições V 19-9).
4) Os cristãos tinham o zelo missionário, expressão do fervor de sua fé. Homens e Mulheres, escravos e livres, comerciantes e soldados sentiam o dever de transmitira a Boa Nova, cientes que assim estavam servindo a seus irmãos.
sábado, 3 de janeiro de 2009
Os primeiros escritores combatentes.
Os primeiros combates.
Diz São João Evangelista: Não rogo que os tire do mundo, mas que os guardes do maligno (Jô.17-15).
Assim sendo, com a ajuda de Deus, esse primeiro grupo de cristãos, introduzidos, mesmo sendo étnicos na Israel celeste pelo batismo, (Jesus, Paulo e Pedro todos judeus foram batizados, abandonando a Israel raça, ou racial) iluminados pelo Espírito Santo e fortalecidos pela Eucaristia, haveriam de enfrentar seus primeiros embates.
Todos sabem que qualquer grupo de homens reunidos sistematicamente elege seus lideres de maneira formal ou informal, e esses movidos pela vaidade, às vezes por presunção, iniciam suas particulares “leituras” onde iniciam os desvios do Norte, dos objetivos principais, a Igreja já não era de Cristo e dos Apóstolos, mas de tal ou fulano e seus liderados.
Donde se conclui pela necessidade da Infalibilidade do Magistério, sob pena do Evangelho ser instrumentalizado por grupos de “Leitores muito particulares” das realidades bíblicas, risco que também nós que escrevemos esse texto corremos, por isso, se você leitor tem dúvida sobre algo aqui dito, recorra a Igreja. O que passamos a contar comprova exatamente isso. Os escritos que comprovam esse combate, é o que se chama por convenção de Apologetas, são eles São Justino ( judeu da Palestina) morto em 165; Tertuliano advogado e converso tardio morto em 220; Minúcio Felix no século III; e o autor anônimo da Epistola a Diagoneto. O estudioso, muito lucrará com a leitura de dois livros espetaculares: Antologia dos Santos Padres de D. Cirilo Folch Gomes, e Os Padres da Igreja de A. Hermman.
Mas o que combatiam esses guerreiros da pena?
Além dos judeus, que se negavam a aceitar o Messias, pois; O Messias, não trouxera a Gloria da Israel Terrestre, havia ainda os pagãos, que não eram incultos nem inábeis, e os cristãos que se desviavam, em grupinhos de interpretação própria, desenvolvendo um cristianismo de gaveta, donde se conclui que a sobrevivência da Igreja, e da doutrina de Jesus Cristo, é por assim dizer, um milagre histórico. Como um grupo de judeus aderentes a Cristo, humildes, simplórios pastores, sobreviveram e galgaram tão manifesta influência na conduta da comunidade Universal? Um verdadeiro Milagre Sociológico, se assim podemos dizer.
A acusação dos pagãos: Como vemos, ou vimos, entre o inicio do cristianismo, a conversão do Imperador Constantino, passaram-se 313 anos, todavia ate o Império tornar o cristianismo religião Oficial de Estado (380) levamos mais quase 70 anos. Entrávamos no quarto século da era cristã. Nesse período cabe mais de dois terços da Historia do Brasil. Espantosamente os cristãos eram tidos pelos pagãos como ateus, ou seja, não cultuavam os deuses do Império, nem reconheciam a César como um deus; eram escarnecidos por “Adorarem uma cabeça de Asno”, pois achava verdadeira burrice a cruz, verdadeira loucura, as reuniões oculta dos cristãos onde comiam a carne e bebiam o sangue do menino Jesus, portanto comiam crianças, com pão, e escondiam-se pelas orgias que faziam. Tudo de ruim, como hoje muitos católicos e evangélicos fazem com outras seitas, era atribuído aos cristãos. Os intelectuais não podiam aceitar que aquela gentinha que desconhecia os mitos, a mitologia romana e grega e sua intricada simbologia, alguma até apresentando deuses de família (os dimanes), gentinha recrutada entre os mais humildes da sociedade e da população só poderiam ser ingênuos. Todavia, hoje a Igreja está em Pé, vigorosa e viva, e aquelas escolas se não desapareceram impiamente, sobrevivem na escuridão das seitas de trevas. Outras vezes as críticas eram muito bem fundadas e advinham de correntes existentes dentro do cristianismo, como, por exemplo, o “montanismo” e as correntes “gnósticas”, sendo que nem os pagãos nem os Judeus distinguiam a Igreja dos Apóstolos dos grupelhos desviados, pois era preciso ser cristão para entender a dinâmica da fé.
O Gnosticismo: A Gnose é palavra traduzível por conhecimento. Tratava de um sincretismo religioso que procurava fundir a Filosofia Greco Romana, com religiões de mistério Orientais, como o Cristianismo, a mística Grega, e a revelação judaico cristã, portanto em sua base, diminuía de saída a Pessoa de Jesus Cristo ( Deus e Homem). Por isso já em 1Tm 6-20 há uma advertência as contradições de uma falsa gnose ( Pseudonymos Gnosis). A epistola de Pseudo Barnabé, já citada vinha por essa linha. Atraia com a promessa de um conhecimento superior, acima do dos cristãos, que daria uma resposta cabal a origem do mundo, a redenção e a felicidade definitiva dos homens. Esbarrava na moral, que deveria ser superada. O criador do mundo era um EON inferior, que era identificado com o Deus do Antigo Testamento.
O Montanismo era uma rigorosa seita cristã do século II, de seguidores de Montano (nome próprio do líder do movimento), que se dizia interprete do Espírito Santo. Conhecedor do Espírito se julgava liberto para fazer suas interpretações.
Os bispos se uniram para enfrentar os desvios da fé. Assim lemos em Contra as Heresias III, 3, 1-3: “É com essa Igreja (de Roma) em razão da sua mais poderosa autoridade de fundação, que deve concordar toda a Igreja, isto é, devem concordar os fieis procedentes de qualquer parte; nela sempre se conservou toda a tradição que vem dos apóstolos.”
Wallacereq@gmail.com para o G23 HI.
Diz São João Evangelista: Não rogo que os tire do mundo, mas que os guardes do maligno (Jô.17-15).
Assim sendo, com a ajuda de Deus, esse primeiro grupo de cristãos, introduzidos, mesmo sendo étnicos na Israel celeste pelo batismo, (Jesus, Paulo e Pedro todos judeus foram batizados, abandonando a Israel raça, ou racial) iluminados pelo Espírito Santo e fortalecidos pela Eucaristia, haveriam de enfrentar seus primeiros embates.
Todos sabem que qualquer grupo de homens reunidos sistematicamente elege seus lideres de maneira formal ou informal, e esses movidos pela vaidade, às vezes por presunção, iniciam suas particulares “leituras” onde iniciam os desvios do Norte, dos objetivos principais, a Igreja já não era de Cristo e dos Apóstolos, mas de tal ou fulano e seus liderados.
Donde se conclui pela necessidade da Infalibilidade do Magistério, sob pena do Evangelho ser instrumentalizado por grupos de “Leitores muito particulares” das realidades bíblicas, risco que também nós que escrevemos esse texto corremos, por isso, se você leitor tem dúvida sobre algo aqui dito, recorra a Igreja. O que passamos a contar comprova exatamente isso. Os escritos que comprovam esse combate, é o que se chama por convenção de Apologetas, são eles São Justino ( judeu da Palestina) morto em 165; Tertuliano advogado e converso tardio morto em 220; Minúcio Felix no século III; e o autor anônimo da Epistola a Diagoneto. O estudioso, muito lucrará com a leitura de dois livros espetaculares: Antologia dos Santos Padres de D. Cirilo Folch Gomes, e Os Padres da Igreja de A. Hermman.
Mas o que combatiam esses guerreiros da pena?
Além dos judeus, que se negavam a aceitar o Messias, pois; O Messias, não trouxera a Gloria da Israel Terrestre, havia ainda os pagãos, que não eram incultos nem inábeis, e os cristãos que se desviavam, em grupinhos de interpretação própria, desenvolvendo um cristianismo de gaveta, donde se conclui que a sobrevivência da Igreja, e da doutrina de Jesus Cristo, é por assim dizer, um milagre histórico. Como um grupo de judeus aderentes a Cristo, humildes, simplórios pastores, sobreviveram e galgaram tão manifesta influência na conduta da comunidade Universal? Um verdadeiro Milagre Sociológico, se assim podemos dizer.
A acusação dos pagãos: Como vemos, ou vimos, entre o inicio do cristianismo, a conversão do Imperador Constantino, passaram-se 313 anos, todavia ate o Império tornar o cristianismo religião Oficial de Estado (380) levamos mais quase 70 anos. Entrávamos no quarto século da era cristã. Nesse período cabe mais de dois terços da Historia do Brasil. Espantosamente os cristãos eram tidos pelos pagãos como ateus, ou seja, não cultuavam os deuses do Império, nem reconheciam a César como um deus; eram escarnecidos por “Adorarem uma cabeça de Asno”, pois achava verdadeira burrice a cruz, verdadeira loucura, as reuniões oculta dos cristãos onde comiam a carne e bebiam o sangue do menino Jesus, portanto comiam crianças, com pão, e escondiam-se pelas orgias que faziam. Tudo de ruim, como hoje muitos católicos e evangélicos fazem com outras seitas, era atribuído aos cristãos. Os intelectuais não podiam aceitar que aquela gentinha que desconhecia os mitos, a mitologia romana e grega e sua intricada simbologia, alguma até apresentando deuses de família (os dimanes), gentinha recrutada entre os mais humildes da sociedade e da população só poderiam ser ingênuos. Todavia, hoje a Igreja está em Pé, vigorosa e viva, e aquelas escolas se não desapareceram impiamente, sobrevivem na escuridão das seitas de trevas. Outras vezes as críticas eram muito bem fundadas e advinham de correntes existentes dentro do cristianismo, como, por exemplo, o “montanismo” e as correntes “gnósticas”, sendo que nem os pagãos nem os Judeus distinguiam a Igreja dos Apóstolos dos grupelhos desviados, pois era preciso ser cristão para entender a dinâmica da fé.
O Gnosticismo: A Gnose é palavra traduzível por conhecimento. Tratava de um sincretismo religioso que procurava fundir a Filosofia Greco Romana, com religiões de mistério Orientais, como o Cristianismo, a mística Grega, e a revelação judaico cristã, portanto em sua base, diminuía de saída a Pessoa de Jesus Cristo ( Deus e Homem). Por isso já em 1Tm 6-20 há uma advertência as contradições de uma falsa gnose ( Pseudonymos Gnosis). A epistola de Pseudo Barnabé, já citada vinha por essa linha. Atraia com a promessa de um conhecimento superior, acima do dos cristãos, que daria uma resposta cabal a origem do mundo, a redenção e a felicidade definitiva dos homens. Esbarrava na moral, que deveria ser superada. O criador do mundo era um EON inferior, que era identificado com o Deus do Antigo Testamento.
O Montanismo era uma rigorosa seita cristã do século II, de seguidores de Montano (nome próprio do líder do movimento), que se dizia interprete do Espírito Santo. Conhecedor do Espírito se julgava liberto para fazer suas interpretações.
Os bispos se uniram para enfrentar os desvios da fé. Assim lemos em Contra as Heresias III, 3, 1-3: “É com essa Igreja (de Roma) em razão da sua mais poderosa autoridade de fundação, que deve concordar toda a Igreja, isto é, devem concordar os fieis procedentes de qualquer parte; nela sempre se conservou toda a tradição que vem dos apóstolos.”
Wallacereq@gmail.com para o G23 HI.
Os primeiros.
Os primeiros escritores cristãos.
Hoje seria difícil termos uma idéia do que os primeiros cristãos escreveram se não fosse a Igreja e seu amor pelos livros. Alias Bíblia é palavra que se traduz por coleção de livros, donde o amor pelos livros cultuado desde o inicio pelos cristãos. Quando falamos em Evangelho, estamos no referindo ao Novo Testamento, a Boa Noticia, à Nova Aliança. O Velho Testamento, ou antiga Aliança hebraica (cujos livros originais mais antigos ainda preservados, são mais recentes que os mais antigos documentos cristãos), tem sua importância histórica e tradicional (oralidade), e porque explica a promessa do Messias Jesus. Afora isso, o apego ao pé da letra a ele, faz o jogo do judaísmo (a preservação de sua antiga aliança), não o fundamento do cristianismo, ou Nova e DEFINITIVA ALIANÇA. Todavia a Igreja considera ambos os escritos como Literatura Sacra.
Então, assim sendo, logo após e durante a feitura dos livros do Novo Testamento, mais ou menos entre 50 e 100 dC, houve os escritores apostólicos, chamados Padres Apostólicos, ou como querem outros simplesmente os Padres da Igreja. São chamados assim porque estiveram em contacto direto com os apóstolos. Pode-se entender que na época muito poucas pessoas escreviam. Seguem-lhe no século II e III os assim chamados, por convenção os “apologistas”, ou os defensores da Fé Cristã contra os inimigos do seu tempo. Embora existam outros, costuma-se enumerar pela antiguidade e autenticidade e sua semelhança conceitual com o Novo Testamento a ponto de alguns fazerem parte dos documentos canônicos, como por exemplo, a Didaquê; a epistola (epistola quer dizer: carta) de Clemente, e a do Pseudo- Barnabé; jamais escreveram tratados apologéticos, ou teológicos, mas cartas geralmente em língua grega (falada por judeus e pagãos) que abordavam assuntos de disciplina, recomendando a unidade da Igreja (sempre tão ameaçada ate os dias de hoje) e a autoridade dos apóstolos.
Os Padres Apostólicos segundo o Curso de Historia da Igreja dos Padres Beneditinos:
1) São Clemente de Roma, morto em 102 o terceiro na sucessão após Pedro Apostolo;
2) Santo Ignácio, bispo de Antioquia, morto em 107, condenado a morte na perseguição de Trajano (imperador de Roma).
3) Papias morto em = ou - 130 foi bispo de Hierápolis na Ásia Menor.
4) São Policarpo morto em 156, bispo de Esmirna viu e ouviu São João Evangelista.
5) A Didaquê, também chamada doutrina dos Doze Apóstolos de autor desconhecido que em resumo é um catecismo simples da vida cristã e um ritual que trata do Batismo, da Eucaristia, da celebração do Domingo, do jejum... Acreditamos escrito já ao final do primeiro século. Porque outros textos fazem referência a ele.
6) A Epistola do Pseudo Barnabé, (TÍPICO DOCUMENTO JUDEU) documento que ao inicio foi erroneamente atribuído ao companheiro de São Paulo, Barnabé. O autor desconhecido quer valorizar o Antigo Testamento como mensagem dirigida aos cristãos (pois os cristãos não se preocupavam com as escrituras judaicas).
7) O Mestre de Ermas (às vezes também o encontramos designado como O Pastor de Hermas) autor que nunca se podem identificar cujos escritos tratam da penitência. A designação Pastor, no caso nada tem com as igrejas evangélicas, porque nada disso existia até então.
São esses os principais documentos dos Padres (pais) mais Antigos. Esses, e os Evangelhos formam o conjunto conhecido dos textos do 1º século até a metade do segundo século. É de se supor existam outras cartas e documentos, não canônicos, ou seja, encontrados em contradição dos textos sagrados, assim como existiram os Evangelhos apócrifos. A guarda do sentido Original se supõe pela Autoridade dos Apóstolos, pela Luz do Espírito Santo, e pela Infalibilidade Papal em Fé e Moral, promessa feita por Nosso Senhor ao Primeiro, São Pedro, e aos seus sucessores.
Hoje seria difícil termos uma idéia do que os primeiros cristãos escreveram se não fosse a Igreja e seu amor pelos livros. Alias Bíblia é palavra que se traduz por coleção de livros, donde o amor pelos livros cultuado desde o inicio pelos cristãos. Quando falamos em Evangelho, estamos no referindo ao Novo Testamento, a Boa Noticia, à Nova Aliança. O Velho Testamento, ou antiga Aliança hebraica (cujos livros originais mais antigos ainda preservados, são mais recentes que os mais antigos documentos cristãos), tem sua importância histórica e tradicional (oralidade), e porque explica a promessa do Messias Jesus. Afora isso, o apego ao pé da letra a ele, faz o jogo do judaísmo (a preservação de sua antiga aliança), não o fundamento do cristianismo, ou Nova e DEFINITIVA ALIANÇA. Todavia a Igreja considera ambos os escritos como Literatura Sacra.
Então, assim sendo, logo após e durante a feitura dos livros do Novo Testamento, mais ou menos entre 50 e 100 dC, houve os escritores apostólicos, chamados Padres Apostólicos, ou como querem outros simplesmente os Padres da Igreja. São chamados assim porque estiveram em contacto direto com os apóstolos. Pode-se entender que na época muito poucas pessoas escreviam. Seguem-lhe no século II e III os assim chamados, por convenção os “apologistas”, ou os defensores da Fé Cristã contra os inimigos do seu tempo. Embora existam outros, costuma-se enumerar pela antiguidade e autenticidade e sua semelhança conceitual com o Novo Testamento a ponto de alguns fazerem parte dos documentos canônicos, como por exemplo, a Didaquê; a epistola (epistola quer dizer: carta) de Clemente, e a do Pseudo- Barnabé; jamais escreveram tratados apologéticos, ou teológicos, mas cartas geralmente em língua grega (falada por judeus e pagãos) que abordavam assuntos de disciplina, recomendando a unidade da Igreja (sempre tão ameaçada ate os dias de hoje) e a autoridade dos apóstolos.
Os Padres Apostólicos segundo o Curso de Historia da Igreja dos Padres Beneditinos:
1) São Clemente de Roma, morto em 102 o terceiro na sucessão após Pedro Apostolo;
2) Santo Ignácio, bispo de Antioquia, morto em 107, condenado a morte na perseguição de Trajano (imperador de Roma).
3) Papias morto em = ou - 130 foi bispo de Hierápolis na Ásia Menor.
4) São Policarpo morto em 156, bispo de Esmirna viu e ouviu São João Evangelista.
5) A Didaquê, também chamada doutrina dos Doze Apóstolos de autor desconhecido que em resumo é um catecismo simples da vida cristã e um ritual que trata do Batismo, da Eucaristia, da celebração do Domingo, do jejum... Acreditamos escrito já ao final do primeiro século. Porque outros textos fazem referência a ele.
6) A Epistola do Pseudo Barnabé, (TÍPICO DOCUMENTO JUDEU) documento que ao inicio foi erroneamente atribuído ao companheiro de São Paulo, Barnabé. O autor desconhecido quer valorizar o Antigo Testamento como mensagem dirigida aos cristãos (pois os cristãos não se preocupavam com as escrituras judaicas).
7) O Mestre de Ermas (às vezes também o encontramos designado como O Pastor de Hermas) autor que nunca se podem identificar cujos escritos tratam da penitência. A designação Pastor, no caso nada tem com as igrejas evangélicas, porque nada disso existia até então.
São esses os principais documentos dos Padres (pais) mais Antigos. Esses, e os Evangelhos formam o conjunto conhecido dos textos do 1º século até a metade do segundo século. É de se supor existam outras cartas e documentos, não canônicos, ou seja, encontrados em contradição dos textos sagrados, assim como existiram os Evangelhos apócrifos. A guarda do sentido Original se supõe pela Autoridade dos Apóstolos, pela Luz do Espírito Santo, e pela Infalibilidade Papal em Fé e Moral, promessa feita por Nosso Senhor ao Primeiro, São Pedro, e aos seus sucessores.
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