sábado, 3 de janeiro de 2009

Os primeiros.

Os primeiros escritores cristãos.
Hoje seria difícil termos uma idéia do que os primeiros cristãos escreveram se não fosse a Igreja e seu amor pelos livros. Alias Bíblia é palavra que se traduz por coleção de livros, donde o amor pelos livros cultuado desde o inicio pelos cristãos. Quando falamos em Evangelho, estamos no referindo ao Novo Testamento, a Boa Noticia, à Nova Aliança. O Velho Testamento, ou antiga Aliança hebraica (cujos livros originais mais antigos ainda preservados, são mais recentes que os mais antigos documentos cristãos), tem sua importância histórica e tradicional (oralidade), e porque explica a promessa do Messias Jesus. Afora isso, o apego ao pé da letra a ele, faz o jogo do judaísmo (a preservação de sua antiga aliança), não o fundamento do cristianismo, ou Nova e DEFINITIVA ALIANÇA. Todavia a Igreja considera ambos os escritos como Literatura Sacra.
Então, assim sendo, logo após e durante a feitura dos livros do Novo Testamento, mais ou menos entre 50 e 100 dC, houve os escritores apostólicos, chamados Padres Apostólicos, ou como querem outros simplesmente os Padres da Igreja. São chamados assim porque estiveram em contacto direto com os apóstolos. Pode-se entender que na época muito poucas pessoas escreviam. Seguem-lhe no século II e III os assim chamados, por convenção os “apologistas”, ou os defensores da Fé Cristã contra os inimigos do seu tempo. Embora existam outros, costuma-se enumerar pela antiguidade e autenticidade e sua semelhança conceitual com o Novo Testamento a ponto de alguns fazerem parte dos documentos canônicos, como por exemplo, a Didaquê; a epistola (epistola quer dizer: carta) de Clemente, e a do Pseudo- Barnabé; jamais escreveram tratados apologéticos, ou teológicos, mas cartas geralmente em língua grega (falada por judeus e pagãos) que abordavam assuntos de disciplina, recomendando a unidade da Igreja (sempre tão ameaçada ate os dias de hoje) e a autoridade dos apóstolos.
Os Padres Apostólicos segundo o Curso de Historia da Igreja dos Padres Beneditinos:
1) São Clemente de Roma, morto em 102 o terceiro na sucessão após Pedro Apostolo;
2) Santo Ignácio, bispo de Antioquia, morto em 107, condenado a morte na perseguição de Trajano (imperador de Roma).
3) Papias morto em = ou - 130 foi bispo de Hierápolis na Ásia Menor.
4) São Policarpo morto em 156, bispo de Esmirna viu e ouviu São João Evangelista.
5) A Didaquê, também chamada doutrina dos Doze Apóstolos de autor desconhecido que em resumo é um catecismo simples da vida cristã e um ritual que trata do Batismo, da Eucaristia, da celebração do Domingo, do jejum... Acreditamos escrito já ao final do primeiro século. Porque outros textos fazem referência a ele.
6) A Epistola do Pseudo Barnabé, (TÍPICO DOCUMENTO JUDEU) documento que ao inicio foi erroneamente atribuído ao companheiro de São Paulo, Barnabé. O autor desconhecido quer valorizar o Antigo Testamento como mensagem dirigida aos cristãos (pois os cristãos não se preocupavam com as escrituras judaicas).
7) O Mestre de Ermas (às vezes também o encontramos designado como O Pastor de Hermas) autor que nunca se podem identificar cujos escritos tratam da penitência. A designação Pastor, no caso nada tem com as igrejas evangélicas, porque nada disso existia até então.
São esses os principais documentos dos Padres (pais) mais Antigos. Esses, e os Evangelhos formam o conjunto conhecido dos textos do 1º século até a metade do segundo século. É de se supor existam outras cartas e documentos, não canônicos, ou seja, encontrados em contradição dos textos sagrados, assim como existiram os Evangelhos apócrifos. A guarda do sentido Original se supõe pela Autoridade dos Apóstolos, pela Luz do Espírito Santo, e pela Infalibilidade Papal em Fé e Moral, promessa feita por Nosso Senhor ao Primeiro, São Pedro, e aos seus sucessores.